Biografia

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Augusto Meira, 1873 - 1964

José Augusto Meira Dantas nasceu no Rio Grande do Norte, cidade de Ceará-Mirim, em 1873 e faleceu em 1964. Era filho de Olyntho José Meira, presidente das Províncias do Pará e do Rio Grande do Norte, patrono da cadeira 33 da Academia Paraense de Letras. Estudou as primeiras letras e humanidades com seu pai, os exames finais realizados em Natal ou na Paraíba. Ingressou na Faculdade de Direito do Recife, concluindo o curso com distinção, o que lhe proporcionou um prêmio de viagem à Europa, pela láurea conquistada. Dedicado aos livros, com forte vocação para a poesia, desde muito jovem escrevia versos, preferentemente, sonetos, líricos e românticos. Foi professor catedrático da Faculdade de Direito do Pará. Deputado Estadual do Pará, em várias legislaturas, senados da Republica e deputado federal. Foi promotor público em Santarém e em Belém. Membro fundador da Academia Paraense de Letras, que tem como patrono seu pai. Augusto Meira era, antes de tudo, um humanista, jurisconsulto, jornalista, escritor, poeta, professor, político, deixou fabuloso manancial literário aos “séculos futuros”. Escreveu: Estudos de filosofia, religião e história: Direito e arbítrio; O Príncipe de Miller: Tirania dos erros; Amazonas versus Pará; Selva selvagem; Caminho da glória; secreto esplendor; Auréolas; Lírio e verbenas, entre outros. Sendo sua obra poética fundamental o poema épico Brasileis, que escreveu no período de 11 de julho de 1921 a 9 de dezembro de 1922. É um épico do Brasil desde antes da descoberta até o fim da guerra do Paraguai. Têm 14 cantos, 2.299 estrofes. Além de ser rimados, 8.816 versos, é abrangente, estuda os navegadores, a terra, os rios, a floresta, os nativos, os negros, os colonizadores, os episódios heroicos da dominação portuguesa e dos ideais brasileiros de independência.