Me. Alam José da Silva Lima
Técnico em Gestão Cultural da FCP – Historiador.
Introdução:
A Biblioteca Pública do Pará, atual Arthur Vianna, teve um processo de criação bem difícil e lento. Da sua idealização, nos anos de 1839 até a sua fundação “oficial” a 25 de março de 1871, foram muitos os anos de luta para que esse importante estabelecimento, de cultura e conhecimento, fosse entregue para a população da Província do Pará.
Nesta palestra, iremos discorrer sobre a criação da Biblioteca Pública e de como a doação de livros foi de fundamental importância para a formação do seu rico acervo.
Contextualização histórica:
A ideia de se criar uma Biblioteca Pública em Belém nasceu no final da revolta da Cabanagem (1835-1840), durante o período do Segundo Reinado brasileiro (1840-1889).
Em 27 de abril de 1839, foi lido em Sessão da Câmara Municipal de Belém, um ofício assinado pelo deputado, o Sr. José Nápoles Teles de Menezes, acompanhado de uma correspondência oriunda da Europa.
Nesse ofício, o Sr. Menezes apresentava aos vereadores o seu projeto que foi inspirado pela carta de um estudante paraense de medicina em Lisboa, na qual “aconselhava aos seus comprovincianos paraenses a dedicação às letras e a cooperação no desenvolvimento intelectual da Província”.
Para que o conselho funcionasse, seria necessário que o povo paraense tivesse acesso ao conhecimento, que naquele momento somente existia nos livros. Nesse sentido, o projeto de Menezes versava sobre a criação de uma biblioteca pública na Província paraense.
Interessante destacar que o autor de tão importante projeto, o deputado José Nápoles Teles de Menezes, seja praticamente desconhecido da posteridade, pois não possuímos quase nada a seu respeito.
Os vereadores, na ocasião, queriam mais detalhes do projeto, o que o Sr. Menezes providenciou rapidamente.
Em reunião de 22 de maio do mesmo ano, levou-se o assunto da biblioteca para o Presidente da Província, o Dr. Bernardo de Souza Franco (1839-1840), que aprovou prontamente a proposta apresentada.
No entanto, para sair do papel eram necessários dois requisitos: em primeiro lugar os recursos financeiros, em segundo, ter pessoal qualificado. Não haviam os dois, provavelmente devido ainda aos efeitos destrutivos da Cabanagem na economia e sociedade da Província.
Uma comissão foi criada, composta por vários cidadãos: o Sr. José Nápoles Teles de Menezes, o Dr. Joaquim Frutuoso Pereira Guimarães, o Cônego Silvestre Antunes Pereira da Serra, e o Dr. Luiz Barroso Bastos. Foram suplentes o Sr. Luiz Calandrini da Silva Pacheco e o Sr. Joaquim Antônio Alves.
Os membros da comissão enfrentaram dificuldades para a viabilidade da biblioteca pública, pois faltava compreensão, por parte de algumas pessoas, da necessidade de tal estabelecimento, além do questionamento da origem da verba para o empreendimento.
A esperança veio com a votação da Lei de N.º 43 de 15/10/1839 que definia o orçamento para os anos de 1840-41. No capítulo 5º, artigo 11 da mesma lei a respeito da Instrução Pública na Província, se destinava uma verba de 600$000 réis para a criação da biblioteca.
Havia também uma proposta da Câmara Municipal para a arrecadação de fundos, através de uma subscrição pública. Esta conseguiu a promessa de 1: 348$000 réis, dos quais somente foi arrecadado 1: 016$000 de réis, dos quais foram reduzidos posteriormente para 1: 000$000 de réis.
Com a quantia arrecadada, e com as primeiras doações de obras por parte dos moradores de Belém, se esperava que o projeto da biblioteca pública saísse do papel em pouco tempo. No entanto, apesar dos esforços de todos, se passariam 32 anos até que a biblioteca pública fosse “oficialmente” inaugurada, pois ficou numa espécie de “limbo”, relegada a vários espaços da capital, onde foram guardadas as obras que foram inicialmente adquiridas pelas doações ou compradas.
Através da Resolução de N.º 134, de 14 de outubro de 1846, se anexou a “biblioteca” ao Liceu Paraense, fundado em 28 de julho de 1841 (atual Colégio Estadual Paes de Carvalho). Estava sujeita ao Conselho de Instrução Pública da Província.
A “biblioteca pública” assim ficou atrelada a uma instituição de ensino, sendo utilizada somente pelos alunos do Liceu e posteriormente pelos alunos do “Collegio Paraense” (antigo Liceu). Estava localizada no andar térreo do edifício, onde funcionariam também o Museu Paraense, etc.
Nos anos seguintes, passaria por vários espaços que a administração da Província indicasse para o funcionamento do Liceu Paraense.
Liceu Paraense. Local no qual funcionou a Biblioteca Pública antes e depois da inauguração “oficial”. Foto: Album do Pará em 1899.
Outra vista do Liceu Paraense, local onde funcionou a Biblioteca Pública. Foto: Belém da Saudade, 1996.
Em 1851, foi transferida com o Liceu, para um prédio na rua Formosa (atual 13 de maio). No mesmo ano, foi novamente transferida para a Rua Nova de Sant’Ana, canto da Travessa das Mercês (atual Frutuoso Guimarães).
Entre os anos de 1861-1863 foi, juntamente com o “Collegio Paraense”, transferida para um espaço no Convento do Carmo.
Em 1868 foi novamente transferida, dessa vez para um palacete na Praça Saldanha Marinho.
Não temos informações precisas de que nesse tempo o acervo tenha sido consultado pelo público, além dos alunos do Collegio Paraense.
Igreja e Convento do Carmo. Local para onde foi transferida a Biblioteca Pública em 1861-1863. Foto: Caccavoni. Album descrittivo Annuario dello Stato del Pará, 1898.
Outra vista da Igreja e Convento do Carmo, local onde esteve alocada a Biblioteca Pública em 1861-1863. Foto: Belém da Saudade, 1996.
Finalmente, no dia 25 de março de 1871 era inaugurada “oficialmente” a “Bibliotheca Publica”, como era então chamada. Na ocasião, estavam presentes, o Presidente da Província o Sr. Joaquim Pires Machado Portella, autoridades civis, eclesiásticas, militares, além do povo paraense. A cerimônia foi realizada no Palácio da Residência (atual Palácio do Governo/ Lauro Sodré).
Depois, todos seguiram para o edifício do Liceu Paraense, local onde estava novamente sediada a Biblioteca Pública. Aqui foi realizado o famoso discurso do Bispo diocesano de Belém, Dom Macedo Costa (1861-1890), sobre aquele dia tão especial para a Província paraense. Nesse momento, a Biblioteca já possuía 3000 volumes, acondicionados em grandes estantes.
O evento foi destaque dos jornais “Diario do Gram-Pará”, “Jornal do Pará” e “Diario de Belém”, no dia 28 de março. O “Diario do Gram-Pará” destacava que, além da Biblioteca Pública, o Museu Paraense (futuro Museu Goeldi) também foi inaugurado e instalado no prédio do Liceu.
O “Diario de Belém” apresentava uma notícia bem curta sobre o evento, contendo uma poesia do Sr. G. Ribeiro sobre a inauguração da Biblioteca.
O “Jornal do Pará” destacou a inauguração da Biblioteca e do Museu, parabenizando o Presidente da Província, Sr. Joaquim Machado Portella por ter “realizado a sua nobre e grandiosa idéa”.
Jornal do Pará, N.º 69, de 28 de março de 1871. A edição traz matéria sobre a inauguração da Bibliotheca Publica, parabenizando o Presidente da Província, Joaquim Pires Machado Portella, pelo feito.
Jornal do Pará, nº 69. Trecho comentando sobre a inauguração da Bibliotheca Publica em um dos salões do Liceu Paraense.
Outra imagem do Jornal do Pará, n 69. Trecho do jornal comentando sobre o discurso do Bispo Diocesano de Belém, D. Macedo Costa, a respeito do papel das bibliotecas.
Trecho do Jornal do Pará, nº 69, parabenizando o Exc. Presidente da Província do Pará, Joaquim Pires Machado Portella, pela ideia de criação da Biblioteca Pública.
A doação de obras para a formação do acervo da Biblioteca Pública:
Nos primeiros tempos em que a Biblioteca Pública ainda era um sonho distante, começaram as doações de obras, fundamentais para a formação do que viria a ser o seu acervo inicial. Dessa primeira tentativa, possuímos poucos detalhes.
Um dos doadores conhecidos foi o Sr. Dr. Francisco da Silva Castro, que doou 53 obras em 1840. Na época, o Presidente da Província, Joaquim Pires Machado Portella (1870-1871), realizou um novo esforço para a criação de uma biblioteca pública em Belém. Este fez um “apelo” aos cidadãos patriotas de Belém, para que acudissem ao projeto da biblioteca, com doações de obras ou de dinheiro.
O seu apelo foi noticiado na edição de nº. 15 do “Jornal do Pará”, de 19 de janeiro de 1871. A matéria dizia que o Presidente “acaba de dirigir-se por carta á diversos cavalheiros pedindo donativos de livros, ou de alguma quantia modica, para compra de revistas, jornaes e obras importantes, afim de levar a efeito sua generosa idéa.”
Em outro trecho dizia: “ Mas para levantar-se esse edificio intellectual, faltam os materiaes precisos, que são os livros, os jornaes, as revistas nacionaes e estrangeiras e tudo quanto póde servir para uma bibliotheca que satisfaça o fim que tem em vista o illustre administrador da provincia.”
Continuando o jornal: “Neste sentido dirige-se s. exc. aos paraenses pedindo-lhes que concorram cada um na razão de suas forças para que em breve esteja inaugurada essa obra cuja importância e utilidade todos reconhecem”.
O “Jornal do Pará” passou a partir de então, a divulgar as doações de obras e de dinheiro que se seguiram ao apelo do Presidente Portella.
No dia 22 de janeiro:
- O Presidente Portella – 30 volumes;
- O Dr. Heraclio Vespasiano Fiock Romano – 59 vols.;
- O Dr. Francisco Antônio Pinheiro – 28 vols.;
- O Dr. Francisco da Silva Castro – 2 volumes;
- O cônsul do Peru, o sr. José Miguel Rios – 2 vols., e 10$000 réis.
No dia 23 de janeiro:
- Dona Clara Freire Cordeiro de Castro – 17 vols.
No dia 25 de janeiro:
- Dr. Tocantins – 25 volumes;
- Dr. Quadros – 20 volumes;
- Dr. Adolpho Kaulfuss – 1 volume (Inferno de Dante);
- Dr. Chefe de polícia – 20$000 réis.
No dia 27 de janeiro:
- Dr. Luiz Miguel Quadros – 44 vols., 55 folhetos;
- Sr. Manoel Toscano de Vasconcelos Sobrinho – 8 volumes;
- Sr. Francisco de Paula Barreto – 50$000 réis.
No dia 31 de janeiro:
- Senador Ambrozio Leitão da Cunha – 140 volumes;
- Sr. Domingos Soares Ferreira Penna – 11 vols. (“Historia natural y Moral de las Indias” do padre Joseph d’Acosta- obra rara);
- Padre Julião Joaquim de Abreu – 14 vols.;
- Sr. Ignacio Brandão Pereira Cabral – 54 vols.;
- Major José Joaquim da Gama e Silva – 25 vols.;
- Capitão José Luiz da Gama e Silva – 5 vols. (“Voyage de la Perouse, au tour du Monde”– obra rara;
- Sr. Abel Augusto Cezar de Araujo – 13 vols.;
- Sr. Carlos Seidl – 34 volumes.
No dia 01 de fevereiro:
- Dr. Domingos Antonio Raiol – 55 vols.;
- Dr. Antonio Joaquim de Oliveira Campos – 10 vols.;
- Dr. Guilherme Francisco Cruz – 20 vols.;
- Dr. José Ferreira Cantão – 31 volumes.
No dia 02 de fevereiro:
- Dr. Hermogenes Socrates Tavares de Vasconcelos – 20$000 réis;
- Major Antonio Nicolau Monteiro Baena – 12 vols.;
- Capitão de fragata, Manoel Carneiro da Rocha – 7 vols.;
- Cônego Sebastião Borges de Castilho – 20$000 réis.
No dia 03 de fevereiro:
- Dr. José Henriques Cordeiro de Castro Junior – 16 vols.;
- Sr. João Diogo Clemente Malcher – 18 vols.;
- Dr. Luiz Miguel Quadros – 14 vols.;
- Dr. Jayme Pombo Bricio – 2 vols.;
- 1º Tenente, Ignacio Ernesto Cardim – 2 vols.;
- Sr. Rodolpho de Sá – 3 vols.;
- Sr. Gonçalo José da Costa Cabral – 1 volume;
- Sr. Theodozio Antonio Canovas – 1 volume;
- Sr. Raimundo Joaquim Ramos Espindola – 1 volume.;
- Sr. Manoel José Ferro e Silva – 1 volume;
- Sr. Chefe de divisão, José Antonio de Farias e o Capitão Bernardino José de Queiroz – 42$000 réis.
No dia 04 de fevereiro:
- Dr. Luiz Ferreira de Lemos – 8 vols. E 20$000 réis;
- Dr. Antonio Gonçalves Nunes – 40 vols.;
- Sr. Manoel Pinheiro – 19 vols., e 20$000 réis;
- Sr. Joaquim Ignacio d’Almeida – 20 vols., e 50$000 réis;
- Sr. Jovenianno José Moreira – 20$000 réis.
No dia 06 de fevereiro:
- Sr. José Henriques Cordeiro de Castro – 5 vols., e 20$000 réis;
- Sr. Alfredo Henriques da Serra Aranha – 2 vols.;
- Sr. Raimundo José Maria do Valle – 20$000 réis;
- Sr. Camillo Antonio dos Santos – 10$000 réis.
No dia 09 de fevereiro:
- Sr. Comendador Manoel Antonio Pimenta Bueno – 34 vols.;
- Sr. Eduardo N. Angelim (ex- Presidente cabano) – 26 vols.;
- doação anônima – 14 vols.;
- Sr. Antonio Joaquim de Mattos – 20$000 réis;
- Sr. Januario Antonio da Silva – 50$000 réis;
- Cônego Bernardino H. Diniz – 20$000 réis;
No dia 10 de fevereiro:
- Cônego Luiz Barrozo de Bastos – 28 vols.;
- Sr. João Gomes Ribeiro – 5 volumes.
No dia 11 de fevereiro:
- Sr. José Baptista Ribeiro de Souza – 9 vols.;
- Major José de Carvalho Serzedello – 8 volumes.
No dia 13 de fevereiro:
- Sr. Tenente-Coronel, José de Ó de Almeida – 33 vols.;
- Cônego Dr. Antonio José Bentes – 24 vols.;
- Padre Eutychio Pereira da Rocha – 14 vols.;
- Dr. José Cerqueira de Aguiar Lima – 18 volumes.
No dia 14 de fevereiro:
- Dr. Americo Marques de Santa Rosa – 40 vols.;
- Coronel Antonio Pimenta de Magalhães – 100$000 réis;
- Sr. Manoel Gomes de Amorim – 8 vols.;
- Major Joaquim Victorino de Souza Cabral – 50$000 réis.
No dia 15 de fevereiro:
- Padre Dr. Mancio Caetano Ribeiro – 10 vols.;
- Cônego João Ferreira de Andrade Muniz – 9 volumes.
No dia 16 de fevereiro:
- Padre José Nicolino de Souza – 9 vols., e 20$000 réis;
- Coronel Miguel Antonio Pinto Guimarães – 50$000 réis;
- Sr. Joaquim Francisco Fernandes – 3 vols., e 60$000 réis.
No dia 17 de fevereiro:
- Sr. Antonio Braule Freire da Silva – 5 volumes.
No dia 18 de fevereiro:
- Sr. Capitão Luiz Bernardes Perdigão Roza – 20$000 réis.
No dia 22 de fevereiro:
- Dr. Marcello Lobato de Castro – 13 vols.;
- Sr. Augusto Cezar Sampaio – 23 vols.;
- Sr. Felippe Benicio Gomes Rocha – 6 vols.;
- Cônego Joaquim Antonio da Silva Egues – 20$000 réis;
- Sr. Joaquim C. da Silva Rabello – 10$000 réis.
No dia 25 de fevereiro:
- Dr. João Maria de Moraes – 30 vols.;
- Sr. Gerardo Antonio Alves & Filhos – 44 vols.;
- Capitão Bernardino de Sena Lameira – 7 volumes.
No dia 01 de março:
- Sr. Levindo Antonio Ribeiro – 11 volumes (Obras de Bufon)
No dia 04 de março:
- Sr. Joaquim R. de Souza F. – 64 vols.;
- Dr. Francisco Frisiani – 20 vols.;
- Sr. Bruno H. Seabra – 1 volume;
- Coronel Manoel Ignacio Bricio – 50$000 réis.
No dia 06 de março:
- Dr. Frederico Hermeto Pereira Lima – 12 vols.;
- Sr. José Maria da Silva – 11 volumes.
No dia 11 de março:
- O sr. Comendador Domingos Borges Machado Acatauassú doou 660$000 réis, oriundos de uma subscrição pública realizada por ele na vila de Igarapé-Mirim;
- O vigário Alexandre de Lira Lobato – 15 volumes.
No dia 14 de março:
- Sr. Felippe Honorato da Cunha Meninêa – 16 vols.;
No dia 23 de março:
- Dr. Joaquim Baptista Moreira – 9 vols., e 20$000 réis;
- Sr. Francisco Antonio de Paiva – 6 vols.;
- Sr. Marianno Clito Firmino Andasse – 2 vols.;
- Sr. Antonio Rodrigues de Almeida Pinto – 1 volume;
- Dr. Antonio Joaquim Gomes do Amaral – 20$000 réis.
No dia 24 de março:
- Cônego José P. Marques – 60 vols.;
- Dr. Francisco Carlos Mariano – 38 vols.;
- Sr. Octaviano José de Paiva – 8 vols.;
- Dr. Ambrozio Creão – 20$000 réis.;
- Capitão Antonio Ó de Almeida – 20$000 réis;
- Sr. Manoel José de carvalho & Cia. – 50$000 réis;
- Sr. José Francisco Rodrigues – 20$000 réis.
As doações de obras e de dinheiro continuaram mesmo depois da fundação “oficial” da Biblioteca.
No dia 29 de março:
- Sr. Dr. Arminio Adolpho de Pontes e Souza – 9 vols.
No dia 01 de abril:
- Cônego Jeronimo Fernandes Carneiro – 20$000 réis;
- Sr. Carlos Seidl – 01 volume do “Almanak Adminsitrativo e Mercantil da Provincia do Pará, 1871”;
- Sr. Manoel José de Mello e Freire Barata – 7 vols., e 50$000 réis.
No dia 07 de abril:
- Frei João de santa Cruz – 50$000 réis;
- Padre Domingos Pires Cardoso – 20$000 réis.
No dia 10 de abril:
- Padre Manoel Angelo Tavares Bastos – 20$000 réis;
- Padre Antonio Bernardo de Santa Maria – 20$000.
No dia 18 de abril:
- Padre Alexandre de Lira Lobato – 10 volumes.
No dia 27 de abril:
- Padre Dionizio Antonio Pestana – 30$000 réis;
- Padre Feliciano José pereira – 50$000 réis;
- Padre paulino dos Santos Martyres – 50$000 réis;
- Padre João Pedro Roiz de Carvalho – 100$000 réis;
- Padre José Pedro Baptista Ferreira – 20$000 réis;
- Sr. João Victor G. Campos – 25$000 réis.
No dia 12 de maio:
- Padre Antonio Ferreira da Silva Franco, de Cametá – 30$000 réis.
No dia 07 de julho:
- O sr. Dr. José Coelho da Gama e Abreu – 11 volumes.
O ex-presidente da Província, o Dr. Portella, mesmo do Rio de Janeiro enviou mais obras para a Biblioteca. Conseguiu que o Dr. Cônego Fernandes Pinheiro, secretário do Instituto Histórico do Rio de Janeiro doasse a coleção quase completa de sua revista.
Outro doador de peso foi o geólogo norte-americano, o Dr. Charles Frédéric Hartt, que enviou obras de grande interesse científico para enriquecer a Biblioteca Pública.
Para o novo Presidente da Província, o Sr. Abel Graça (1871-1872), a Biblioteca que até aquele momento era mantida através das doações, deveria ter uma espécie de estipêndio do governo da Província. Para ele, a soma de 4: 000$000 de réis seria suficiente para suprir as necessidades do mesmo estabelecimento.
No entanto, a referida verba aparentemente não foi suficiente para o custeio da Biblioteca, composto pela aquisição de livros bem como do custo com os funcionários.
Em 1874, o Presidente da Província, Pedro Vicente de Azevedo (1874-1875), afirmava que a Biblioteca era o estabelecimento que menos custo trazia para a administração, uma vez que as doações de livros e de dinheiro por particulares constituía a principal fonte de novas obras. O governo da Província somente custeava as despesas do estabelecimento com um bibliotecário, um ajudante e um servente.
A Biblioteca Pública seguiu o seu curso, funcionando no Liceu Paraense até o ano de 1894, pois a partir de 1895 foi transferida para a Travessa Campos Sales, na esquina da Rua 13 de maio. O prédio, que era o ex-Banco Comercial do Pará, custou ao Estado à soma de 155:000$000 de réis, além dos custos adicionais de aparelhamento, para adequá-lo a sua nova finalidade como biblioteca.
Por lei de nº. 164, de 31 de maio de 1894, foi o antigo arquivo da Secretaria de Governo (Colonial até 1840) anexado à Biblioteca. A inauguração da Biblioteca na sua “nova sede” se deu em 1º de fevereiro de 1896.
Aspecto da Biblioteca e Arquivo Público do Pará por volta de 1898. Foto: Album do Pará em 1899.
Aspecto do salão de leitura da Biblioteca e Arquivo Público do Pará em 1899. Foto: Album do Pará em 1899.
Outro aspecto do salão de leituras da Biblioteca Pública do Pará em 1898. Foto: Caccavoni, Album Descrittivo Annuario dello Stato del Pará, 1898.
Em 1878, dos 5472 volumes da Biblioteca, 461 vieram de doações. Em 1880, entraram na Biblioteca 529 volumes, sendo que 523 foram doações de particulares. Em 1882, a Biblioteca quase não recebia recursos do governo do Estado do Pará, dependendo grandemente de doações do povo paraense. Nesse mesmo ano, a viúva Sr.ª Maria Francisca Paiva Meireles de Moraes doou 40 obras, e o Sr. José Coelho da Gama Abreu, o Barão do Marajó, doou 84 obras.
Já nos primeiros dias da biblioteca pública existia a preocupação com a conservação das obras adquiridas pelas doações ou pelas compras. Em dezembro de 1872 temos informações a respeito da encadernação de 59 volumes de obras da B.P., bem como da compra de materiais para a mesma, no valor de 157$500 réis. Em 1877 existem registros da encadernação de mais de 200 volumes, mostrando que a prática era constante para preservação do acervo.
Também existem registros da assinatura de jornais, realizadas por colaboradores da B. P., tais como Carlos Seidl. Este possuia em 1874 a assinatura dos “Jornais do Commercio” do RJ e do “Diario de Pernambuco”, que os repassava para a Biblioteca Pública. Neste caso, o sr. Seidl era reembolsado pelo Tesouro Provincial.
Em 1877 temos informação de que o Diretor Geral da Instrução Pública, autorisava a assinatura de uma revista de educação e ensino, denominada de “Escola”, publicação do Rio de Janeiro. No total de seis assinaturas para diversas instituições de ensino, uma era endereçada para a B. P.
Com a sua mudança para a nova sede, a Biblioteca Pública passou a receber verbas do então governo do Estado do Pará, o que reduziu consideravelmente a necessidade de doação de obras por parte do povo. Contudo, as doações ainda aconteciam quando as verbas oficiais não eram suficientes:
- Em 1906 a Coleção G. Martina foi doada, composta por 42 obras;
- Em 1946, a viúva do Sr. Justo Chermont, doou a sua biblioteca particular composta por 95 obras;
- Em 1950 o Instituto Nacional do Livro (INL), e o então senador Magalhães Barata doaram livros para a Biblioteca;
- Em 1957 foi realizada outra doação de obras pelo então Governador Magalhães Barata, no total de 291 obras.
Aspecto da Biblioteca e Arquivo Público do Pará em 1908, sem o gradil externo. Foto: Album do Estado do Pará, 1908.
Nos anos 50 do século XX, muitas bibliotecas particulares e de personalidades do Pará, foram doadas para a Biblioteca Pública:
- Biblioteca particular do Sr. Amazonas Figueiredo composta por 1545 obras.
- Biblioteca do Sr. Fulgêncio Simões, composta por 46 obras.
- Coleção particular de José Eustáquio de Azevedo, composta por 15 obras.
- Coleção Olavo Nunes, composta por 586 obras.
Nas décadas seguintes as doações de obras diminuíram bastante, muito em parte, por conta da regularidade das verbas para aquisição de obras para a Biblioteca e Arquivo Público.
A partir de 1986 a Biblioteca Pública separou-se do Arquivo Público e foi instalada no edifício do Centur, antiga Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (FCPTN), atual Fundação Cultural do Pará (FCP).
Nos anos 2000 tivemos o incremento de duas grandes coleções:
– A coleção Haroldo Maranhão, foi adquirida em parceria da Secult com a Companhia Vale do Rio Doce em 2001, e depois doada para a FCP para ser disponibilizada para consulta pela Biblioteca Pública Arthur Vianna. Foi adicionada ao acervo do setor de Obras Raras.
– A coleção Ildefonso Guimarães, foi doada por seu filho em 2014, sendo composta por 2608 obras diversas. Atualmente está no acervo de Obras Raras.
A Biblioteca Arthur Vianna possui além das citadas, muitas outras obras que foram doadas ao longo dos seus 154 anos de existência. No entanto, nem todas tiveram o necessário registro de quando foram doadas, nem por quem foram doadas. Dessa forma, tratamos aqui apenas das obras que possuímos informações de, pelo menos, o período em que foram doadas.
Atualmente, muitas obras avulsas doadas juntamente com as bibliotecas particulares (Coleções), se encontram no setor de Obras Raras da Biblioteca Arthur Vianna, disponíveis para consulta dos usuários/pesquisadores.
Fontes utilizadas neste artigo
Ano de 1871:
- Jornal do Pará, sábado 28 de janeiro de 1871, n.º 23, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 01 de fevereiro de 1871, n.º 26, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta feira 02 de fevereiro de 1871, n.º 27, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 04 de fevereiro de 1871, n.º 28, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 05 de fevereiro de 1871, n.º 29, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira, 07 de fevereiro de 1871, n.º 30, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 10 de fevereiro de 1871, n.º 33, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 11 de fevereiro de 1871, n.º 34, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 12 de fevereiro de 1871, n.º 35, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira, 14 de fevereiro de 1871, n.º 36, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 15 de fevereiro de 1871, n.º 37, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 16 de fevereiro de 1871, n.º 38, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 17 de fevereiro de 1871, n.º 39, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 18 de fevereiro de 1871, n.º 40, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 19 de fevereiro de 1871, n.º 41, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira, 21 de fevereiro de 1871, n.º 42, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 23 de fevereiro de 1871, n.º 43, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 26 de fevereiro de 1871, n.º 46, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 02 de março de 1871, n.º 49, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 05 de março de 1871, n.º 51, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira 07 de março de 1871, n.º 52, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 11 de março de 1871, n.º 56, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 15 de março de 1871, n.º 59, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 16 de março de 1871, n.º 60, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 17 de março de 1871, n.º 61, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira 21 de março de 1871, n.º 64, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 24 de março de 1871, n.º 67, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 25 de março de 1871, n.º 68, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 30 de março de 1871, n.º 71, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 01 de abril de 1871, n.º 73, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 02 de abril de 1871, n.º 74, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 06 de abril de 1871, n.º 76, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 08 de abril de 1871, n.º 77, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira 11 de abril de 1871, n.º 78, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 15 de abril de 1871, n.º 82, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 16 de abril de 1871, n.º 83, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira 18 de abril de 1871, n.º 84, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 19 de abril de 1871, n.º 85, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 20 de abril de 1871, n.º 86, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 22 de abril de 1871, n.º 88, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira 25 de abril de 1871, n.º 90, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 26 de abril de 1871, n.º 91, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 28 de abril de 1871, n.º 93, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 29 de abril de 1871, n.º 94, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 30 de abril de 1871, n.º 95, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 03 de maio de 1871, n.º 97, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 04 de maio de 1871, n.º 98, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 05 de maio de 1871, n.º 99, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 10 de maio de 1871, n.º 103, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 12 de maio de 1871, n.º 105, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 13 de maio de 1871, n.º 106, ano IX;
- Jornal do Pará, sexta-feira 02 de junho de 1871, n.º 122, ano IX;
- Jornal do Pará, domingo 11 de junho de 1871, n.º 129, ano IX;
- Jornal do Pará, quinta-feira 22 de junho de 1871, n.º 138, ano IX;
- Jornal do Pará, 0 2 de julho de 1871, n.º 145, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 08 de julho de 1871, n.º 150, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 19 de julho de 1871, n.º 158, ano IX;
- Jornal do Pará, terça-feira 01 de agosto de 1871, n.º 169, ano IX;
- Jornal do Pará, quarta-feira 02 de agosto de 1871, n.º 170, ano IX;
- Jornal do Pará, sábado 19 de agosto de 1871, n.º 184, ano IX;
- Jornal do Pará, 05 de novembro de 1871, n.º 247, ano IX;
Ano de 1872:
- Jornal do Pará, domingo 23 de junho de 1872, n.º 140, ano X;
- Jornal do Pará, sexta-feira 09 de agosto de 1872, n.º 172, ano X;
- Jornal do Pará, sábado 28 de setembro de 1872, n.º 219, ano X;
- Jornal do Pará, domingo 24 de novembro de 1872, n.º 267, ano X;
- Jornal do Pará, 18 de dezembro de 1872, n.º 286, ano X;
Ano de 1873:
- Jornal do Pará, domingo 11 de maio de 1873, n.º 105, ano XI;
Ano de 1874:
- Jornal do Pará, sábado 22 de agosto de 1874, n.º 188, ano XII;
- Jornal do Pará, quinta-feira 03 de setembro de 1874, n.º 198, ano XII;
- Jornal do Pará, quinta-feira 10 de setembro de 1874, n.º 208, ano XII;
- Jornal do Pará, terça-feira 06 de outubro de 1874, n.º 224, ano XII;
- Jornal do Pará, quarta-feira 14 de outubro de 1874, n.º 231, ano XII;
- Jornal do Pará, quinta-feira 05 de novembro de 1874, n.º 250, ano XII;
Ano de 1875:
- Jornal do Pará, domingo 14 de março de 1875, n.º 59, ano XIII;
- Jornal do Pará, terça-feira 16 de março de 1875, n. 60, ano XIII;
- Jornal do Pará, sábado 10 de abril de 1875, n.º 80, ano XIII;
Ano 1876:
- Jornal do Pará, sexta-feira 21 de janeiro de 1876, n.º 16, ano XIV;
- Jornal do Pará, quarta-feira 23 de fevereiro de 1876, n.º 43, ano XIV;
- Jornal do Pará, sábado 11 de março de 1876, n.º 57, ano XIV;
- Jornal do Pará, quinta-feira 04 de maio de 1876, n.º 99, ano XIV;
- Jornal do Pará, terça-feira 22 de agosto de 1876, n.º 188, ano XIV;
- Jornal do Pará, sexta-feira 25 de agosto de 1876, n.º 191, ano XIV;
- Jornal do Pará, quarta-feira 13 de setembro de 1876, n.º 205, ano XIV;
- Jornal do Pará, terça-feira 19 de setembro de 1876, n.º 210, ano XIV;
- Jornal do Pará, sexta-feira 22 de setembro de 1876, n.º 213, ano XIV;
- Jornal do Pará, quinta-feira 19 de outubro de 1876, n.º 236, ano XIV;
- Jornal do Pará, quinta-feira 30 de novembro de 1876, n.º 271, ano XIV;
Ano de 1877:
- Jornal do Pará, sábado 20 de janeiro de 1877, n.º 13, ano XV;
- Jornal do Pará, domingo 04 de março de 1877, n.º 50, ano XV;
- Jornal do Pará, quarta-feira 21 de março de 1877, n.º 64, ano XV;
- Jornal do Pará, sábado 07 de abril de 1877, n.º 77, ano XV;
- Jornal do Pará, domingo 29 de abril de 1877, n.º 96, ano XV;
- Jornal do Pará, quinta-feira 17 de maio de 1877, n.º 110, ano XV;
- Jornal do Pará, terça-feira 29 de maio de 1877, n.º 120, ano XV;
- Jornal do Pará, terça-feira 19 de junho de 1877, n.º 137, ano XV;
- Jornal do Pará, quinta-feira 28 de junho de 1877, n.º 145, ano XV;
- Jornal do Pará, domingo 01 de julho de 1877, n.º 147, ano XV;
- Jornal do Pará, sexta-feira 06 de julho de 1877, n.º 151, ano XV;
- Jornal do Pará, sábado 14 de julho de 1877, n.º 158, ano XV;
- Jornal do Pará, sexta-feira 20 de julho de 1877, n.º 163, ano XV;
- Jornal do Pará, domingo 16 de setembro de 1877, n.º 210, ano XV;
- Jornal “Diario do Gram-Pará”, terça-feira 28 de março de 1871, ano XIX, n.º ?;
- Jornal “Diario de Belém”, terça-feira 28 de março de 1871, ano IV, n.º 87;
- Jornal “O Liberal do Pará”, terça-feira 28 de março de 1871, ano III, n.º 69, p. 02.
- Collecção das Leis da Provincia do Gram-Pará, tomo XVII, 1855, parte 1ª. Pará: Typ. de Santos & Filhos, 1856.
- Collecção das Leis da Provincia do Gram-Pará, tomo XXIII, 1861, 2ª parte. Pará: Typ. de Fred. Carlos Rhosard, 1862.
- Collecção de Leis do Estado do Pará 1891-1892. Pará: Typ. do Diario Official, 1893.
- Collecção de Leis do estado do Pará de 1897. Belém: Imprensa Official, 1899.
- Leis, Actos e Decisões do Governo do Estado do Pará 1894. Belém: Typ. do Diario Official, 1895.
- Collecção de Leis do Estado do Pará do anno de 1928. Pará: oficinas Gráficas do I. L. S., 1929.
- Collecção de Leis do Estado do Pará do anno de 1926. Pará: Oficinas Gráficas do I. L. S., 1927.
- Collecção de Leis do Estado do Pará do anno de 1925. Pará: Oficinas Gráficas do I. L. S., 1926.
- Rellatorio com que o Excellentissimo Senhor Presidente da Provincia Conselheiro José Bento da Cunha Figueiredo entregou a administração da Provincia do Gram-Pará ao Exc. Sr. 2º Vice-Presidente Coronel Miguel Antonio Pinto Guimarães em 16 de maio de 1869. Pará: Typ. do Diario do Gram-Pará, 1869.
- Rellatorio apresentado à Assembléa Legislativa da Provincia do Pará na primeira sessão da XIII Legislatura pelo Exmo. Sr. Presidente da Provincia Dr. Francisco Carlos de Araujo Brusque em 1 de setembro de 1862. Belém: Typ. Fred. Carlos Rhosard, 1862.
As fotografias utilizadas neste artigo foram extraídas das seguintes publicações:
CACCAVONI, Arthur. Album Descrittivo Annuario dello Stato del Para 1898. Genova: F. Armanino [1898?].
PARÁ. Governador (1897-1901: J. P. de Carvalho). Album do Pará em 1899. [S.l.: s.n] [1899].
PARÁ. (Governador 1901-1909: A. Montenegro). Album do Estado do Pará. Paris: Chaponet, 1908.
PARÁ, Governo do Estado do. Belém da Saudade: a memória da Belém do início do século em cartões postais. Belém: SECULT, 1996.