A Provincia do Pará de 29 de junho de 1947

0 BEIJO NUPCIAL DE CARMEN MIRANDA -A "south american dancing dynamo" assim é que os ianques costumam chamar à embaixa.triz do samba nos EE. UU. - está agora "amarrada" pelos laços do matrimonio ao produtor de filmes Alfred Sebastian. A cerimonia. (oi celebrada por mons. Patrick J. Cancannon, na Igreja d o Bom Pastor, em Los Angeles. Diante do altar, Carmen se portou como todas as noivas: não dominou esse nervosismo agradavel de felicidade, que as noivas sentem em momento tão solene. Depois veio o beijo nupcial, com um calor que não existe nos beijos cinematográficos. Os fotógrafos vigilan– tes não perderam a cêna tão viva e emocionante, e-orno se vê na gravura acima. A cêna é bem o retrato da felicidade. A madrinha de Carmen foi sua irmã Aurora, agora Mrs. Ri– chard, tendo servido como padrinho mr. M. E. Sebastian, irmão do noivo. - (Foto INS) Correspondencia dos Fans Todas as cartas dirigidas final. Letras é impossível pu- lingua", o mesmo modo de di- a esta secção devem ser blicar-se. dizer piadas. endereçadas para a reda- Bob - (Belém) - Exata- Stela - (Belém) - Cary ção de A PROVINCIA DO mente igual ao que aparece Grant e Claudete Colbert. 1937 PARA' - Secção de cine- i:ios filmes . O mesmo jeitão, a - Frank Capra. Aconter:eu ma - Trav. e. Sales-100, mesma vontade de "morder a naquela noite - JO. Mas teria Ma.rlo e1xoto re1- """'V coo,au; Ol.Uf;•\4 ....... "''6"– to um filme apenas, sem pos- tação, simbolo de que a idéia sibilidade de repetir tão co- não morr(lra. _ mentada realização ? Ainda; desta vez, o filme riao Isto nem ele poderia respun- ifoi realizado por Maria Peixo– der, sem que estivesse nova' to. E um longo tempo se pas– iniciativa no nosso cinema. sou, se.mpre animado pela mes- Em 1931, Mario Peixot=i e jma ideia. cãrmen CSana od nau na ue ~ foi ª~~ 1 1!1 que na~ceu _a Carmen Santos partiram para ideia de Cmco Almas • ~ao a. Marambaia, e lá, num meio é _o filme dileto, a sua reahza– hostil batido pelo sudoeste, çao. como ele próprio diz, mas construiram uma pequena ci- serve para adquirir novo trei– dade entre os pescadores na- ~o afim de poder ª1?,resentar tivas, com todo o conforto, e º nd e ª Terra Acaba · ~mbo– iniciaram a confecção de "On- ra cui~and? da sua proxima de a Terra Acaba" produçao ja está selecionando . _ · os elementos desta outra peli- Meses de solldao, dê traba- cula provavelmente seguindo lho ar~uo e tam~em de mal a seguinte distribuição: Gupí entendidos. No mes de outu- _ carlos Valando; Marco - bro do mesmo ano a filma- Geraldo Gambôa; Cary - gem parou e nunca mais foi Neuse casado e Nyrka Valtase iniciada. e Olga Latour, que nele acha Passaram-se quatro anos. o "tipo que serviria para o pa– Em 1935, Maria conversando pel que foi o de Carmen San– comigo em Ibicuy, foi induzi- tos ... ". do a filmar "Maré Baixa". Nos ·•stilis" preparatórios, figura– vam Silvinha Melo, Timbo (uma morE,na bonita como ja– mais o nosso cinema apresen– taria outra, e que hoje sob seu verdadeiro nome cesou-se e não pensa mais em filmes) e ainda Milton Braga, Alceu Pe– na, cujos desenhos eram ma– ravilhosos, e Rui Costa, o co– laborador de Mario em "Limi– te". O "Correio da Manhã", chegou a publicar uma pagina em rotogravura com cênas do filme, que não chegou a ser rodado porque Maria não pau– de conseguir entrar em enten– dimentos na Cinédia, para um emprestimos de uma câmP.ra, Mas isto é outra história ... Finalmente, em 1937, quan– do Carmen Santos desejava filmar "Inconfidencia Minei– ra", por nosso intermédio foi ··ealizado um entendimento en– tre Carmen Santos e Maria 104, que serão respondidas ----------------------- ~Até "Onde a Terra Acaba", r,rosseguem os preparativos de "Cinco Almas". A sua histó– ria é simples e toda a sua ação passada ao ar livre, sem um vnico interior. São quatro pre– sidiários que fogem. Cesar, um médico fracassado, posado por Geraldo Gambôa; Dunga, o homem mau, com Meuse Ca– sado Simão, o acrobata de cir– co, que é Carlos Valando; e o poeta, Suéka, um est..angeiro, cujo papel estâ para ser deci– aido entre Alcides Mesquita ou Mauro Vasconcelos. Duas mulheres têm papeis princi– pais no filme; a mulher da ci– dade, sem passado, sem futu– ro... é Many Novais, e a ou– tra, aquela que gosta de um dos quatro homens, cuja es– trela não deve ser outra senão Olga Latour, a nova Olga, sem maquilage diferente daquela outra de "Este Mundo E' Um Pandeiro", filme de estréia. Existe ainda um personagem, éhamado Roberto, e por ,inal talvez não seja aproveita.do . porque trabalha no Instituto do Petróleo. na ordem em que forem sendo recebidas. Maninha - (Belém)-Con– tinuamos atendendo ao seu pedido. Inicialmente chama– mos a atenção para o endere– ço da Laraine, que vem de dei– xar a Metro, firmando contra– tó com a RKO Radio, onde tambem estão Loreta, Robert Young, Dana Andrews, J•)hn Wayne, Shirley e Franchote O endereço é RKO Radio Pict.u– res Studios, 780 Gower Street, Los Angeles Cal. Os outros to– elos podem receber cartas na Atlanti<ia Cinematográfica R. 'V is~onde do Rio Branco, t{io c'!e Janeiro Tudo O.K . ? . .J. W. - (Belém) - Não se desespere. As cartas recebidas pelos artistas são respondidas, mai. é preciso considerar que não somente a sua foi dirigida para Ingrid. Portanto, paciencia. Medeiros - (Belém) - Fo– lllm muitas as musicas apre– lentadas em "Dinheiro não dá felicidade". Podemos citar sem maior esforço, "Lave-me", um bonito blue; e "If I h ad a d'.)– zen hearts". aquela canção do Na foto acima vemos duas cênas do filme "O Malandro e a Granfina", com Maria do Céu e Cláudio Nonelli e ainda Silva Filho e Jufüt Dias. E' est:x mih uma pelh:ula nacional ~ritre tantas que e~tão :,urgindo n~a febre de produzir que ora se vei'ifica em nosso país O argumento e direção de Maria Peixoto. O cenário está entregue a Paulo Vanderley, Norina Shearer voltará a filmar HOLLYWOOD, 28 (Reuters) Norma Shearer, brilhante intér– prete, em tempos idos, recusou-se a voltar ao écran, para filmar "Christopher Blake". George San– ders irá a Londres, filmar como astro principal da película "Then and Now", fazendo o importante papel de Machiavelll. O filme é baseado na novela de Somerset Maughan, cujo livro "Fio de Na– ,·alha ", levado à téla, alcançou tão retumbante sucesso em todo o mundo. · A . conhecida estrêla. Susan Pe– ters, famosa por seu desempenho em "Canção . da Rússia" e seu marido Richard Quine, adotaram um menino e u'a menina, : como companheiros para seu outro filho adotivo, de nome Timothy. Desde algum tempo, Susan está. sofren– .do de paral!sía. parcial, Granfina", sob a <11reçao ae Luiz de Barros. O elenco é constituído dos seguintes artis– tas : Laura Suarez, Silva Filho, Claudio Nonelli, Maria do Céu, Iria Del Mar. Julio Dias, João Martins, Zé Trindade, Tulio Berti. Vicente Marchem, Pe– dro Dias e Harnish Jr.. A fo– tografia é de Rui Santos, sen– do o som, nacional, de Vitor de Barros. NEUSF CASADO - l)r:scoberta de Mário Peixoto, para "Cinr.11 Almas" As musicas a serem ouvidas nessa comédia musical são "Sorri'', valsa'. "Cabocla", can– çs.o; Roma.nce a Moderna", fax cançiio ; "E:;quecida", samba; • Zuzu •·, fax ; "Minha Vizinha", samba; "Mercedes", Ean:ha; to– da3 estas de autoria de Clau– dio Luiz e "Nervos de Ar;o", samba de Lupi,;cinio !7-~dri– gues. Ainda serão executadas nessa pelicula as melodias "La Danza" - tarantela de Rossini e uma aria da ópera "Q Bar– beiro de Sevilha''. O fundo mu– sical é de Guerra Peixe, atu::i.n– clo em "O Malandro e a Gran– fina", a orquestra do Teatro l'.1:unicipal e o regional de Clau– dionor Cruz. "O Malandro e a Granfü1a", tem como produtor n,eral Araujo Neto, sendo que r;erá estreada brevemente pe– la · Brasil Vita Filmes. UM FILMEBRASILEIRO Quem imaginou, escreveu Ci enredo e escreveu tudo quanto "Uma aventura aos 40" faz ou– vir - fiquem sabendo que foi um médico, o dr. Silveira Sam– paio, que pode amar muito a medicina mas tambem am:i o Cinema - não conseguiu rea– lizar apenas um filme bre.si– leiro diferente. Dirigindo-o, ~uidando com muita sensibi– lidade, finura e um espirita ieliciosamente malicioso, o ci– neasta que está começando, e 1ue começa muito bem, segun– do já viram "Uma aventura aos 40" - fez questão de dar ao filme muitos ambientes, os mais variados e interessantes ambientes. Acontece, por e– xemplo, que o filme começa em 1975 - o que já é uma for– ma de apresentar ambientes. Depois mostra os ambientes dos primeiros dias do heroi da aventura - seus primeiros cuidados entre as mãos de Ba– bâ, seu primeiro concerto (?) de violino ante a familia en– bevecida, com o papá comovi– do, impertigado, todo engoma– do, retorcendo o petulantissimo bigode, depois o ambiente do grupo escolar, com o classico cigarro fumado "lá dentro, on– de só se vai com a licença do professor". . . Depois os ambi– entes dos primeiros dias da boemia, com as naturais con– sequências. . . Mais tarde, o ambiente de quem está mais ou menos encaminhado na vi– da. , • Depois, o ampiente do De Waldem ar TORRES cavalheiro casado . .. E vem esquecidos facllmente. O fil– então muitos outros ambien- 1 me começa ~endo um "acha– tes antes da "aventura" que do" desde a apresentaçiio on– essa teve ambiente a valer, bem d.e "Os Cineastas", que entre– se vê... gam "Uma aventura aos 40", O que se conclue de tudo, é ao apreço do público, expli– que "Uma aventura aos 40 .. é cam logo que desejavam fa– um filme inteligente com al- zer coisa muito melhor, mas guns defeitos, naturalmente, que não foi pos::;ivel. •• Isso pode ser sincero, mas a ver– mas com qualidades tão mar- dade, tambem, é que O público cantes tão expostas, tão im- ,erá no filme muita coisa que pressionantes, mesmo, aqui e ali, que os defeitos podem ser (Contlnúa na décima pá;:"ina) FJ:ísr'.o Co::delro e Ana .Lucfa numa cêna do filme "Uma aven– tura aos 40". Um passeio pela Guanabara não pt'dia deixar de fa:u·r par.te do roteiro de uma aventura aos 40 ... O mar é um irand~ ~st~u~~~. ou, f;i 4uis~1·~m, inspirador •••

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