A Provincia do Pará de 29 de junho de 1947

de luz, elos efeitos, sem rea– lidade, fora do referido am– biente, porque envelhecem. E o "maquillage" tem uma finalidade - rejuvenescer, em– belezar, mas de maneira quasi natural, ou melhor - o mais natural possível. Um "maquil– lage", assim não dispensa um bom creme nutritivo que, além de servir de base, sirva para substituir na pele aquilo que as glandulas vão escas– seando - a linfa nutritiva que dá à cútis um ar resplan~ descente. Uma leve camada de pó, muito leve, espalhada ha– bilmente, para melhor dissi– mular as rugas. E, do mesmo modo, o colorid0 facial, o la– p\s aos labios, com perfeita harmonia e discreção. aos com permanente, este na01w 1 t1az uma vida n::,va à cabeleira. Não esqueçamos, porém, o aviso de um mestre no assunto : ... "escovar o cabelo, nunca o cou– ro cabeludo". Receita da Semana Pudim delicioso -O bananasd'agua, 1 chícara pe– quena de manteiga, 2 colheres ra– sas de farinha de trigo, 4 ovos, mela chícara de queijo ralado, a– çucar que adoce, 250 gramas de passas. Aferventes as bananas, esma– gue muito bem e junte o restan– te dos ingredientes, misturando muito bem. Em seguida leve pa– ra assar em forno quente, sendo a fôrma untada em manteiga. Quando tirar da fôrma, polvi– lhe com canela misturada com açucar. .El.\1 l •J.TS 'J AO - Estes dois dngeJos modelos devem ser talhados cm ru.-tão São bem simp\ ~s . (J primeiro tem um cir,to em duas côres, como adorno. As .mangas japonesas de todos dois ves- tidos 5ii.o bastante originais ------- 1'~ ·1d e se Recbemos uma grande partida! Casemiras, Tropicais, Tubarões, Rayons, Brins, Caroá, a preços sem concorrentes, \'enàe .a C A S A F L U M I N E .N S E VÊR PARA CRÊR 13 de Maio, 85. ------· ------ - ------ ------- \ .,1 , UM MODELO PARA voct Em linho, tendo como adorno um cinto de crocodilo Preste atenção! ... que a mudança da roupa intima, frequentemente, equi– vale a banhos de limpeza, pois que, com a roupa mudada, se eliminam da pele substâncias que se decompõem. ... que uma alimentação sa– dia, Facional, melhora cem por cento a aparencia das criatu– ras. Os hábitos desregrados na alimentação, assim como as dietas, quando exageradas, pre– judicam a boa função do orga– nismo, e apagam o brilho dos olhos, diminuem o vigor fisico, a alegria de viver ... ... que é muito difícil copiar a naturrna. Por isso, . em ma– téria de ti!ltura de cabelos, ne– nhum tom fica tão sedoso e vivo como o colorido natural. Assim, conserve a côr de seus cabelos à custa de muito zêlo, com bons "shampoos". . . . que as pernas, os braços, na parte superior, mostram as– pereza, o tratamento é o cJ.a pe– dra pome, fina, passada com jeito por toda a região, o que ajudará a despreender as pe– liculas mort3.iS. A escova de banho, passada várias vezes pela pele ensaboada, ativa a circulacão. E termine aplican– do um ·creme emoliente. OUÇAM A: "U.ADIO TUr·'l" CAPí'l'ULO CXV Guillemot afast::m-se ràpida– mente. o rei Luiz XIII e o ci;.rdial de Riche!ieu acharam-se face a :face. - Sire, disse Richelieu inclinan– do-se respeitosamente, minha sur– prêsa foi tão granàe quando soube que o rei saltava À. porta de minha humilde casa. que, em lugar de precipitar-me, com'J devia, à sua presença, .e esperá-lo em baixo da escada, fiquei aqui, com os pés pregadcs no assoalho e que ainda ilê:,;te memento, em sua augusta presença, duvido que seja Sua Majestade que se dignou descer até a mim. O rei olhou err: tôrno. - Est:imos a sós, senhor car- dial ? perguntou êle. - Sàzin!10s, Vossa Majestade. - Estais certo disso ? - Certíssimo. - Podemos falar e!l1 pbna li- 1.,erdade ? · - Com toda a liberdade. - Então, fechai essa port:i e ouvi-me. O cardial inclinou-se, obedeceu, fechou a porta e mostrou ao rei uma poltrona, na qual o rei sen– tou-se, ou melhor, deixou-se cair. O cardial permaneceu de pé e esperou. O rei levantou lentamente os olhos para o cardial e, olhando-o r,or um Instante. disse : - Senhor cardial, errei, quer inseticida conhecido. Lfquldo de ação fortissirnt. em 30 dias, isto é. ap'P.I)U 12 vêzes oor ano 1 -- .U.ns para 419,utu • tani.adu• fllef do Instituto Medicamenta Fontouro S. A. - Aftala& CuUlllo Franca,, '8 - Beltm - hr6 1111 _ _________-___ .. _•_•_r_•_•_.-r_•_u_d_•_aaa_i._ca•au-••••---••------.-~- ----- NUNU DA IILYA & CIA. . ••• •• ••'"- ua-a.- ..._ " FRANCISCO DE LAMARTINE E NILSON MENDONÇA ADVOGADC.S TRAVESSA 7 OE SETEMBRO, 79 - SALA 1 (1785 Me canico l VEZ LAP,ISEIRAS, APARELHOS PARA BARBEAR, BIJOUT ERIAS, ETC, "Du as Cruie " lnd . e Com Lid,e .. A MAIOR FABRICA ESPECIALIZADA DO BRASIL SÃO PAULO - CAIXA POSTAL, 2425 REPRESENTANTE NO PARA': Precisa-se de um com bastante prática de motores de carros tanques· afim de to– mar conta de uma frota desses veículos e caminhões de carga. Dirigir-se à rua Santo Antonio. 92 - _________ 1_.º_ a_n_d_a_r________ 1·, - E AR DO J VI A · - Errastes, sire, em que ? - Em fazer o que fiz. O cardial olhou o rei fixamente, por sua. vez. - Slre, disse êle, uma gra11de explicação, uma dessas explicações claras, limpas, precisas, que não deixam uma dúvida, uma núvem, uma sombra, era, como pensava, necessária entre nós, e as pala– vra.s qUe acaba de pronunciar Vossa Majestade, fazem-me acre– ditar que é chegada a hora dessa explicação. -"-Senhor Cardial, disse Luiz XIII endireitando-se, espero que não esquecereis .. , - Que sois o rei Luiz XIII e que sou seu humilde servidor, o cardial de . Richelien ? Não, sire, podeis ficar tranquilo. ·Porém, mesmo com o profundo respeito que tenho por Vossa Majestade, peço-lhe permissão para dizer tu– do. Se tiver a infelicidade de ma– goá-la, retirar-me-ei para tão longe, ·que nunca terá o incômodo de me vêr, nem mesmo o desagra– do. de. ouvir, para o futuro, pro– nunciar meu nome. Sf, pelo con– trário, admite que minhas razões são bôàs, e que minhas desculpas e lamentações também o sejam, não terá que me dizer com o mes– mo acento com que acabou de ciizer : "Cardial, errei", . não terá que dizer senã::> : "Card!al, ten- . des razão", e deixarcmcs o pas– sado cair no abismo do csqueci– inento, Travessa Frutuoso Guimarães· 21 - 1. 0 andar <22a4 - --- ------------------------ O NOSSO FOLHETIM -------------~ A ESFINGE VERMELHA ItOMANCE IDSTóRICO DE ALEXANDRE DUMAS Inédito na. língua portuguesa - Direitos de tradução e reprodução assegurados à A PROVtNCIA DO PARA em todo o Estado - Cop:yright France-Presse - Fala!, senhor, disse ,o rei, eu vos escuto. · ·- Sire, comecemos, por favor, pelo .que não se pôde d,iscut!r, por meu deslnterêsse e minha probi– dade: - Ataquei-as àlguma vez ? per– guntou o rei. fazer a Vossa Majestade aquelas que achar que merece. O rei levantou-se, bateu o pé, foi de sua poltrona à janela, d::i Janela à porta, da porta à sua ;:ioitrona, olhou Richelleu, que continuou mudo, e acabou pot tornar a sentar-se, dizendo : - Fala!, ponho meu orgulho - Não, mas ·Vossa Majestade, real aos pés ão crucifixo. Estou deixou que as atacassem diante pronto para ouvir tudo. de sf, o que foi um grande êrro - Disse, sire, que começaria por que cometeu; meu desinterêsse e minha PI'.Obi- - Senhor ! fez o rei. dade. Queirais escutar-me. - Sire, ou direi tudo, ou calar- Luiz XIII fez um ~inal :Jom a me-e!. Vossa Majestade ordena- b · ca eça. me que me cale ? -Tenho de meu patri!nônio, - Não "ventre salnt-grls" l co- continuou o cardial, vinte e cinco mo dizia o rei meu pai. Ordeno- mil libras de rendas. o rei rr.e deu vos, pelo contrário; que continueis. 1 seis abadias que acrescentam cen– mas poupai-me as repreensões. .to e vinte e cinco mil libras. Te- - Sou, · no entanto, obrigado a nho, no total, portanto, de nmdas, cento e cinquenta mil libras - Sei disso, disse o rei. - Vossa Majestade sabe tam- bém, sem dúvida. que sou, como ministro, bém entendido, ~c1 cado de conspirações e punhais. ranto que são-me precisos guardas e um capitão para defender-me. - Sei também disso. - Pois bem, sire, recusei >'essen- ta mil libras de pensão que me oferecestes depois da qued!i. ce La Rochelle. - Lembro-me. - Recusei os ordenados àc al- mirantado, quarenta mil iii.Jras Recusei um direito de almh"ante. cem mil escudos, ou melhor, acei~ tei-o, mas fiz presente ao :E\t,ado. Enfim, recusei um milhão que os financistas me ofereceram para não serem perseguidos. Poram perseguidos e forcei-os a vc;,:litar dez milhões nas caixas do rei. - Não há contestação a êsse respeito, senhor cardlal, c1;1cse o rei, levantando o chapéu. E tenho o prazer de dizer que sois o ho– mem mais honesto de meu reino O cardial saudou. - Ora, continuou êle, quajs são os inimigos que tenho jur1to a Vossa Majestade? Quais são aquê– les que me acusam em face da França e caluniam-me aos olhos da Europa ? Aquêles que deveriam ser os prlmeirós a me fazer jus~ tiça como o faz Vossa M" ,is,;tade : sua Alteza Real, mons2;]'.),,r Gas– tão, vosso irmão; Sua Majestade, a. rainha Ana, reinante; Sua Ma– jestade, a rainha-mãe. . O rei deu um susniro. O cardial acabava de•tocar n·o ponto fraco. Continuou: - Sua Alteza Real Monsieur sem,Pre me detestou. Como res– pondi a seu ódio ? No carn de Chalais, tratava-se nada meno~ de assassinar-me. Os interêsses de tôclas as partes, e mesmo da parte de monsenhor. eram claro~ e pre– cisos. Como me vinguei ? Fí-lo desposar a mais rica herdeira do reino, Mlle. de Montpensler, ob– live para êle, de Vossa Majesta– de, o apanágio e o titulo de duque ele Orléans. O sr. Gastão possúe atu2!mente, um m!lhão e melo de ::panágio. - Qt:er dzier que é ' mais rico do que eu, senhor card!al. - O rei. não tem necessidade de 5er rico, póde o que quer; quando o rei tem necessidade de um mi– lhão, pede um milhão e está tudo acab!ido. - É ,·erdade, disse o rei, pois que, anteontem, deste-me quatro e ontem, um e m?io. - i,: preciso c,ue lembre ll V(;ssa i,fajestade quanto me odeia a Rai– nha Ana d 'Austria e tudo o que fez contra mlm ; e qual é meu crime a seus olhos ? O respeito me cerra cs lábios. - Não, falai, senhor cardial, Posso, (\evo, quero ouvir tudo. (Confü1úa)

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