A Provincia do Pará de 22 de junho de 1947

Página 10 1-t PROV!NCIA 00 PARA Domingo, 22 de junho de 194'7 M U N D· O F ANTI ... ___________ ________ , Geografia do Vovô' O vov6 João já, estava de que tem mais de um metro de !'~.'.::a'.jem tomada em um dos c:.ueda dãgua. ~.viõz~ da Cruzeiro do Sul, Outros rios, como o Urarica– quando recebeu um convite pará, o Majari o Pacú o Pa– p a ra ir até o Território do Rio rlmé e muitos' outros, tornam Branco. _ •este Território com uma rêde - Resolv~ atender ao ama- hidrográfica importantlssilna. val convite e k com meus ne- Este Território tem um clima tinhos visitar este novo Terri- magnifico. Vive em uma eter- tório. na primavera. Foi uma ótima viagem. A temperatura é muito agra- D:mtro de duas horas estáva- davel devido às grandes eleva– mos nest.e Território que foi ções que pos.sue. Serras muito d esmembrado do Estado do bonitas como a de Parima e a Amazonas. de Para.calma servirão para os ~le limita ao norte com a Re- ,meus netinhos passarem uma publica da Venezuela; NEN e E, esplendlda férias. com a Guiana Inglesa; a SE, No Terrl,tório do Rio Branco com os Estados do Pará e Ama- vemos em seus rios lindas gar– zonas; a 8 e SW, com o Estado ças, saracuras, inambús, mer– do Amaoono.s; W, ainda, com ~ulhões, cisnes, marrecos gal– o ,Estado do Amazonas e a Re- votas, jacús, pavões e mais de publica da Venezuela. uma centena de lindas aves. 1 O Território do Rio Branco, Nas suas matas vamos en- meus netinhos, é muito maior contrar as traiçoeiras onças do que o Estado de São Paulo. pintada e a preta. TambenÍ Tem 252.365 quilometras qua- encontramos o interessante drados. O Brasil é 33 vezes macaco de cheiro cotias e ou– maior que o Território do Rio tros bichinhos q~e vocês gos– Bra.nco. tarlam de traeer para suas ca- Sua populaçê.o é muito pe- sas. quena. Tem apenas 13. 000 ha- bitantes. Imaginem vocês que Indios não encontramos. a cidade de Sobral, no interior Também podemos citar os Chl– tlo Ceará, é muito mais povoa- rianá, os Maracanarâ, os Sa– da que todo o Território do Rio pará.s e muitos outros que vl- ·Brlj.nco . !vem em contacto com os ho- Um dos principais rios .do mens civ111zados. Quando voltou da Igreja Osvaldo encontrou no lugar de suas modesta casa um magnifico cutelo. A Fada Rosalía MUNDO INFANTIL Aceitamos colaboração de crianças ... té 13 anos . Todos oa m~ premiaremos os colaboradores desta pAgina. Con5Ultas podem ser feitas. Qualquer correspondencla de noaaos letto– res infantis deva ser dirigida para Vov0 João, redação de A PROVINCIA DO PARA'. i -~: ~ --~ BOLINHA E FIFI TERBZA CATARINA MORAES B CASTRO - (9 anoB) Existiam duas gatinhas, uma ti • nha o nome de Bolinha, a outra se chamava Flff, Bolinha, era muito linda, sua dona tinha com ela todo cuida– do. Fifi, coita'1lnha era feia e des– preza.da Por tur'os. Um dia as duas gai;i.illas es– tando a con-versas na beira de um latJo, Bolinha. disse a I•'lfi : romo você é feia e magra; rep11re em l mim. Que diferença! Sou gorda e linda de. cabeça aos pés ! Não faz mal, disse, humilde– , mente, Fiff. E' bem possivel que algum dia eu vá proporcionar multa alegria. Não digas tolices disse a vai– dosa Bolinha, se retirando. A companheira ficou sozl.nl ,a e mirando-se na agua, vendo a sua feiura pensou: já que sou feia, passo ser bOe. e estimada pol" to– dos. E assim :fez Fifi. Pa&1ou a aer estimada. Bolinha. eentlndo inve• ja foi pedir desculpas a compa. nhelra, corrigindo-se do 11eu con– vencimento. N. da R,-Tereza Cristina é ne– ta do conhecido escritor pa~ raense RalmUJldo Moraes, que deixou uma 'f"asta bara.-em U– teraria. Con correneia ~ de Venda 1 CABEÇA ng BONECA - -~ ritOlio de no.- leltóta . . Trindade E' Tlllft, csob1 T •nos A " Liga Contra a Lepra do Pa• ré." tem para vender o seguinte material: ---000--- Um caminhão "Chevrolet ", mo– delo 1939. Pode ser examinado nas oficinas do sr. José Xavier, "Pos~ to Elite", à avenida Independen– cle.. --000-- um onibus pequeno, no ellta– do. Exame na Garage do Estado, à avenida Presidente Pernambu– co, esquina da Gentil Bittencourt. Idade vocts SABIAM QUEc Oranda parte dos !!atados Upl· dos foi compra.da. · à Fr•i· O Estado de Loulstnnia foi • U~l– do à França por altuns nül anNJ de dólares. , · ·· · , ••• '-1 Que \ u, E.stado de · IDUE. comprado à França pelos · . , dos Unidos, existe ' Utn pt, cio, Uma ÚSina de eletricidade, a que tinha sido prepara&, ·· ptloá gás pobre, no estado, localizada franceses para instàlar' Nápólel.o. 110 Educanda.rio EllDlce Weawer, Bonaparte, chl)Ois de sua ~m~~-1; em Val-de-Caru, ondo pode aer Mas este eonho dos p,.trimaa vista. fre.ncesea nlo chegou- a aeir·, uma --000-- 1 realidade, pois o Qrande QOne: mon-eu em Santa llelena. · · .. As propostas, em carta lacrada, · · ,:; , serão abertas na presença dos in- • • • teressados, no dia 30 do corrente, às 16,30 horas, na séde da "Liga", à rua lli de .. embro n. 171, al– tos. (2032 Que uo Dominlo do Ctpa4',. que pertence à. pn>tee~~ lií;;; glaterra., a religião flUe :pre4ol.il1•, Território, é o rio Juaperf. A capital do Território é Neste rio encontramos multas Rio Branco. Fica situada $1. cachoeiras. Em suas margens margem do rio Branco. Seu vivem os terrlveis indios Jua- antigo nome era Bôa Vista. Foi perf§ que nunca tiveram con- fundada pelos padres Carme– tacto com o homem civilizado. litas, em 1721L Muitos homens têm tentado E' uma cidade bem atraza- Existia uma pobre mulher que contrel na mata. Vou colocá-la dido o que Osvaldlnho dissera. E esta,belecer relações c_om estes da, sendo que_· só podemos che- vivia em uma barraca, situada j em um jarro com água, se a ma- Quando o jantar foi servido, D àl la bem dentro da mata. D. Marta mãi consentir. pulou do belo aquarlo e foi sen• s v1co s, mas nunca detam gar lá de avião ou de lancha. desejava mandar 13 eu filho à es-1 _ Para que, meu filho, se en- tar-1Je na cadeira que lhe fora re- COMARCA DA CAPITAL 1 na é a católica. • o: . - ----- T A L resultados favoráveis. Massa- Os navios não podem chegar cola, pois este já e~-tava na idade contrarás muitas outras iguais, serva.da . Citação com O prazo de 30 dias aula proibitiva de afiançar aerla ,.,. , o•. - Sócio da flrm& eomffl1&1. - c:.res horriveis se verificam nesta cidàde, devido a cacheei- de õprender alg•1m,, cousa. Mas quando fores buscar lenha. Eis que de repente a rãzinha lida relativamente a terceiro 1e estl• Prolbl.Qão do contrato. ·- ·J. · 110C1e,. .. •· ~ li d f d · Doutor Sadl Montenegro Duarte, "'Ulad nto • led d f 1 · · · · •· quandó qualquer expedição ra de Caracarai. a miséria ern tamanha qur. o me- - Pode ser, mas nunca será co- se·transforma em uma n a a a ... " qua • llOC • •• e 1e e e- dade comercial n o reas,ontte ·pe.. tenta invadir os dominlos dos · Não existe cinema em Rio nino não.. podia fre.quentar ,.s es- mo esta, que salvei da boca da de uma. beleza sem par, de Un- juiz de direito da terceira vara; cl- tlvamente _eeta não foese benettcla• fiança dada pelO seu 114elo ~1'1·· 110-, , d . i · sa dos olhos v·erde• _e longos cabe• vel da comarca de Bel 6 m, capital da nunca porém quanto ~- pe••~• 1~ 10 de prolblçlO do· · ---•- 10· · Jua...,.ªrÍS. Branco, ·nem lindos pre'diO-". O tudos Tinha que toco 1 ª r e. rapo · · " d Bst · · · - ~R ~ç ...,.... D.., • •~ - fl t' h r g1~•,etoff· de le Consentirei disse D Marta los de ouro. Nunca Oilve.ldlnho O ado do Parã, República doa éos sócios para atos alhtloa à at1v1- c!al, r-tata4o lenlment,"....._. 1rn;• Suas terras . providas de ".tual gover·nador· esta' cons- oresª apan ª ·", · ., · - · · • Estados Unido■ d B 11 ·• •- ... nha vendê-losaosricos,paracom mas sob a condição de que trata- vira um crea.tura tão perfeita. AI O ras · Clade acetal." - (N. 1aao, Pr- 575, ªº"· Porenae, Tol. XOIV,·n> '7fii· grahdes castanha.is, têm des- truindo praças, escolas, hospi- 0 produto da sua venda tirar o rás muito bem o pobre animal- linda fada disse-lhe: Faz saber aos que O presente edl• Trat. de Dlr. Com. Braa., Vol. VI, IB"3). _ A me11ma · rnt■ta::roreri.•e.: pertado a cobiça dos civiliza- tais e outros prédios para dar seu sustento. zln~o. pois não ~..ria justo ti- - Eu sou ur.i.a das fadas da tal com 0 prazo de trinta dias vi- parte II. 1934)-E' claro, pois, que a ,·oi. IXXXI, pari ffl, 11Mó, ~"~•· dos. No ano de 1906, uma ex- um novo aspecto de cidade. um dia, Osvaldinho foi como rares a liberdade dele, para que floresta. Já te conhecia há mui- ·rem, que ª este J'ulz !oi dirigida a sociedade não tirou nem poderá ti- gna : - "Renovação de Loea "Q.lo Pt;... pee.lção policial, invadiu as Em Rio Branco reside uma po-. sempre o. floresta buscar lenha. sofresl!e. to tempo, quando ias buscllr le- petição do teor seautnte : Exmo. sr. i-ar qualquer proveito de tal 11an- dor... Prolblç\'lo de íer .. preiluda PGt terras dos Juaperis, aprisio- pulação de 2.000 habitantes. !Seu fel.xe estava bem grande, Desde aquele dia a abastança nha na mata. Admirava tua co- dr . Juiz de Direito da 2.a Vara - ça: é, desta torma. nul.1, tnexlaten- firma comc:ct~•. _ o &to ·4e ~ ' u ndo ouviu gritos nume. vereda voltou a casa de D . Malta que ragem e teu a.mor ao tral)alho. Simõea de Pina & Cla ., firma comer- te a fiança e sem nlor desde que doa aócloa ou u todoa, tra•el$1n·♦·• nando 18 e matando friamen- Talvez que em Mosqueiro more iróxlma desde a morte de seu marido vivia Desde que te vi pela primeira vez. cial desta praça. estabelecida à ave• Pl'estava com transa-ressão de dispo• do ...a· clf.uaula. NÃO osata:& •. 4: ·te 203 indios, inclusive mulhe- .mais gente do que em Rio Meu Deus O que estará acon• pasaando privações. fiquei querendo-te muito. Tomei n!da. l5 de Agosto n. 96 e Carlos 81- s'.çlio expressa contratual; xn _ Val- soCIEBADE. _ .. ; o co_ntrato ao~· res e crianças! Quasi todos os 1 Braneo. O Ter,tltório, fora su;:i. !tecendo, pensou o pequeno. Será. Com a chegada da rãzinha, nin- a forma de rã para experimen- mões de Pina, português, casado. co- demar Ferreira diz: "Não tem a JJl.alo• c1a1, estabelecendo que cs ·~ot -•~, indios que foram aprisionados ca}!lital, só posisue um!l, outra que algum animal está. em pe- guem sabe como diversas ocorre~- tar. o teu coração . O meu sacrl- 1 merclante, residente nesta capital, à ria e!etlvamente, pelo consignado no podem fazer uso _da .. nnna • fa.11> • morreram de tristeza. na capi- cidade, que é Catrimant. Está rlgo ? elas foram verificadas· U:m dia flclO foi recompensado e és digno ·avenldn Serzedelo correa n. 59, por art. 331. do Código, taculdad• de en• fins excluslvoc da eocledade, n:10 d,C• tal amazonense · s_ituada numa ilha Só exis- Osvaldinho correu imediata- encontraram uma bolsa cheia de de tudo que fiz por ti e pela tua lscu advogado, Inscrito no quadro da tre.r cm operações diversa• daa con- "'" d\lT!d& quanto·• prclltll"8 de '"'. U. d · . · · . mente para o local de onde par- ouro no armaria. Em outro foi mãl. Fui eu quem colocou a bolsa Orc1em doa Advoga.doa do Braall (Sec- nnclonadas no contrato. sem o con• concedida nr.nça, que • ·ato de te• m gran e rio d~ Te~ritórto tem duas _vilas em todo o Ter:- tire. 0 grito. Uma enorme rapose. uma. herança de um parente dis-- de o'!lro :oo arma.rio, como fui çlio do Pari), vêm expor 8 requerer so>ntlmento unê.nlme de todoa 09 16 • Tor, gratuito. _ .1. "naaoa l'rest.a~ é o Rio Branco. E muito Jm- ritório, sa,o as vilas de Murupu acabava de pegar uma rãzinha tante, que pensavam não ma.is também quem enviou a herança a V. :e:. o seguinte: I - os supll- cios .. (pa- 00 Comp de Socleda• por um ou todos . 01 ~loa, .. riam, portante e rico. Este rio é di- e Carac~rai. azul e já ia engoli-la quando o, existir. Com este dinheiro o me- como se fõra de um parente afas- ;cantes foram solicitados pelo ar. ca- cies ·Merca,;_tl&J'. _ em.'nrd&de pois da aocledade, nlo pode ter eomta~, vldido em três partes: o bai;,co O vovô João <i,verá rumar na menino surgiu. Osva.ldinho com nino pôde estudar. Com o correr tado, que ii;ess; rgorrido · bF1J1 ~u mllo Adelino Lells, que, tambem, as- a tl:utç• é n~la quando con~edtd~ tencl& Jurldlca, na hlpóten da Jtflli• rio Branco a zona encachoei- próxima semana para _o Ter- uma pedra. conseg1.1iu fazer a mal• do tempo, Osvaldinho necessitou qu{m 1tam m bie ~ \ sa 6 or ª clna Camtlo Lells, brasileiro ca- em transgressão à expressa detennl• blçlo expressa eo11,tan." . do .. eontrate rada.· e o alto rio Branco. Neste ll'itório do Guaporé, estando no va.da . raposa correr, salvando as- , ir para a capital estudar, pois seus ~id~ f !r~n:~!r-~: :::io~t:~Ji!~ a1odo, comerciante, residente nesta nação aoclal. E no caao aob opre- soctal" , _ XIX _ •• ótm!I, ,ola, rio _nós visitaremos a linda ca- tstado do Pará no dómingo sim ª pobre rã. }conhecimentos t.ornara.m-se sur- pi ti Q ? sina Camilo Lells, brasileiro, c11.11ado, ctação , declal\o a altuação 6 multo que a tlanç& que u da pr..,iada ~ : . _ • • Que linda rãzinha ! disse Os- preendentes. e quer a casar com go. ueres casado, comerciante, residente nesta diversa or cons1 ar ue aerla dada BlmOM de Ptn& t tnutne~t•, • , ~ hoeira da Pancada Grande, (29, dia de São Pedro. va.ldinho vou levá-la pr.ra mi- Cm d. h I q e ão 1 - De certo minha bela :fnda,,·caplt.,al, a prestar-lhe fiança ao con- P d n,:n q ócl e d.e nenhum e!etto. _ Baw.,a • r.J:\e. ca,,i._ - - . f itl~n ! .. ~~ ~i~ ·n~i a n ,._,..!?~ s 1::ieria para mi~~ ~ior ~l~~la, trato oua o m i,Amn lo. ft....,, . P M- - j<1U presta a a ança por um • o

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0