A Provincia do Pará 15 de Junho de 1947

M u Geografia do Vovô Depo~ de termos percorrido o Araguarf e Vila Nova, t6m forne · Estaclo do Amazonas, o vovei fi• clt:1o multo ouro aos mine1ros·na– ccu de tqmar o navio gaiola para cionai13 e estrangeiros. Apesar de o 1,a~so Estado. Mas n!io foi pos- muito OIR'O já. ter di,do o Ama– sivel, sendo nossa viagem de1ovia- pá., ainda existe ouro qtie cllfá da para o Territorio do Amapá para fazer a fortuna de :muitos Vocês meus net!nos, devem sa- nilneiros, durante multo.1 anos aln– ber que este Territorio já perten- da. Tampem existem diamantes ceu ao Estado do Pará. Com o nesta região. O quartozo, ·gue tam– de:::reto de 13 de Setembro de 1943, bem chamamos cristal de rocha, foram creados 5 novos 'I'erritorios, constitue uma das riquezas do estando incluído o do Amapá.. Amapá. Min~s 1e ferro, ein gr,n- Este Territorio que tem 143.7l;J de qua.ntid~de, um dia M, de ta• quilometras quadrados, é maior ii;er a grandeza deste Territorio. do que muitos Estados do Brasil, Um!!- das fontii11 de riqueza do comp Rlo Grande do Norte, Rio Amapá é a quantidade enorme de de Janeiro, Espirita Santo e ou•. t11rtáru!!'as, que existe em seus tros. O Brasil é quasi 60 vezes rios. maior do que o Territorlo do Ama- Este Territorio limita-se, ao pá. Norte com a Guiana. '.F1fand~11, e Sua população é muito pequena. o Oceano Atlimtico; a E. e NJJ;. Apenas 26.000 habitantes tem es- ainda o Oceano Atlantico; ao 8. te pedaço do Brasil. Se o governo e SE. com o canal do Norte e o !asse dividir igualmente as terras braço do Norte <lo Rio Amazonas, do Territorio do Amapá, daria 6 ja. no Estado do Pará.; ao $0. e ô. quilometras para cada habitante. com as Guinas Francêsa e Holan- Os indios que fazem parte da de;a. população do Territorio, não são O Amapá. é o ponto de direção tão numeroi;os. A principal tribu para os brasileirós, que negociam de índios é a dos Oiampls, loca- com a Guiana Francésa. Ilzados em dois aldeamentos à São poucas as cide.de do Terrl– margem esquerda do rio Oiapo- torio. A principal é Ma.capá, a ca– que. pital do Territorio. Sua população Outras pessoas dão o nome de é d~ cerca de 4 mil habitantes. E' Bana.rés, aos indios Oiampis. Os uma cidade pequena, meus netii;– outros indios do Territorio do nhos, mas de que vocês gostarão.– Amapá, são os Uruculanas, que Sua functaçl!,p data de 176à, pelo vivem nas cabeceiras do rio Ja- governador Francisco Xavier de ri e os Polmeus que vivem à mar- Mendonça Furtado. O primitivo gem do rio Palomeu. nome era ~ão José de Maca.pá, A população do Amapá é cons- sendo então uma v!Jazlnha. No tituida em grande parte de serin- ano de 1866, !ol elevada à catego– gueiros e mineiros. Sim, mineiros, ria de cidade. meus netinhos, pois aquela região A cidade tem ótima luz eletri– do Brasil é multo rica em mine- ca, _uqi bom notei, cip.eina f~ladq, rals. agencia do Banco do Brasil. E' Seria o Territorio do Amapá uma cidade quasf nova, pois, foi que e;;taria localizada a decanta• com sua indicação p11,ta capital da cidade ae Ma:qoa, cujas ruas e do Ten:itorio do Amapá que Ma– edificios seriam de ouro Esta len- capá tomou asi:iecto de cidade. Vo- ' da fez com que muita gente dese- cês visitarão predios modernos, Jnsse ficar com .esta re~iã.o do Bra- como o Hotel•Macap11, 1 o Po,to de sil. A Franr,a manteve uma liUes- Puericufiura, o précUõ da l"refei– tão d_e limite_s com o Brasil, quf! tura,? alacio dp (lQyerno, q. Saú- 66 foi resulv1da 117 anos depois, de Pub ica e Clne-Teatro· :Maca- 0sendo que o Brasil ganhou a q'ues- pá. . tão. De Maonpá, nés iren,os visitar M:as até o ano em que est::i. re- as cidades de Mazagão, An::apá giií.o definitivamente pertencenç!o e Oiapqque. $ão só estas tres çi– ao nosso país, ainda não ti:qha dadiis, fora sua capitaJ, que p Ter– sido encontrado o preciso metal. ritorlo do Amitpá possue. Talvez Mas logo depois, em 1900, a prova na proxima semana, Q vovc). rume efetiva de ouro foi realizada com num dos aviões da Cruzeiro do todo sucesso. Só neste ano 2.liOO Sul, para o nosso Esta.do. O vov~ quilos de ouro sairam pel11, AI- talvez seja obrigado a ir com seus fandega de Caiena, na Guiana netinhos a uma das cfdades do Francêsa. Hoje as bacias do rio nosl,io intei:ior. Até a pi:oxima se– Oiapoque, Cassiporé, Calçoene, mana. MUNDO INFANTIL .Aceitar.10s colaboração de cr!anças :.té 13 a,nq3. Todoli os mêses premiarf)mos os cola;}orn.dores desta páj;ina. Consultas podem ser feitas. Qualquer corresponcep.c!a de noseos liito– res infantis deve ser dirigida para Vové) João, redação de A PROVINCIA DO PMA'. • A P R OV 1 NC I A DO PA:ft ! ----- D o ·I N F A N T I L E à R.:\Il'o"Hà DAS l'ADAS l!:N~fl-BQOU à MILTON, tJ A LARANJA ONn E E$TAVA 4 AQUJ,HA ~tAIS FINA DO MUNDO A agulha, o cachorro e a princesa • . Um velho rei se:nifücJo Qtte Ma,s quem és e para ol'!de l:), morrer, cj:lamqu seus t'rêg v~ts? - filhos e disse: Preciso df.ixar Sou filho do rei da Her:lân– o meu reino ~ um de vocês, dia e andp em bús6a Ja agu– mas como amo a todO;i lgu~l- lha mais fina e da linha tnais mente e :qão posso dar um tro- grQSS\'i, .que polijsa i;er enfiada no ~ cada um resolvi subme- 1;ela. Méus irmãos viajam :wm ter-vos a uma prova. O que este mesmo ilm e :ró:ra.m' :r,ui– fôr capa~ de me trazer àentro to maus em me ahan,.:ioquem de um ano e um dia, a aguil=J.a neste bosque infestado <ta la- mais fina e a linha ip.ais gros- drões. · ·. · sa 9-ue possa ser epflada nela, Não fiques triste. meu r~paz. sel:'E), rei em meu Jug\j,r, '!orne esta laranja qµe deves p_ue partamos e aquele que troux~r a princesa mq,1s boni– ta .sej!l, coroado o r~L O bom monarca ainda desta YfZ co~entiu; dizendo 9.11E' se– r!~ a última pniva. Dépo1s de andàieem durante quase três meses, os dois P~r,. ,. ersos irm~Qs agarraram Mil– tpn e o fe~h?.,ram em nm po~o. Mas a f~!ia Ena. veiu Jo,gi.) em seu auxilio, retirí!,ndo dii.9uele tri:5te lugar. Pen,Juntou ao prtncipe o que mais deseiava ra.m duas princesas tão linda:; ct•mo a lu4, O rei e11tão pergunt,.,u a seu caçula. Onde está tua linda princesa? Espere meu pai, que vou <::hàma-la. . Ouviu..:se um ligeiro bater de asas e, em tima bela car– ruagem puchada por lindos cisnes prétos e brancos, apa– receu a rainha das fac'.i'ts. a ilnda Ena. As outras dua,; pdn– cesas ficaram terrivelmente feias ao lado da linda fada. Exame de Algebra Colaboração de Arthemio GUIMARÃES Sim. Seria aquele o dia em que ele teria de enfrentar o mais .. cruel·• dos professores. o de al– gebra, materia na qual ele era quaE<e um fracasso. e que, sorteado o ponto, tinha ,sua grande oportunidade: sistemas dt equações. Diante da lou!a solucion11va a1 equações com desembaraço lnc:rl• vél e terminado o exame Qbtlnb1 r,ua tão almeljada promo~a.l'l. ~• alegria não seria em sua casa quando seus pais soubessem 11ue ele havia alcanqado a maior nota em a!gebra, cs parabens de seua colegas, e, quando re<:ebla o_s cum– primentos do examinador pela oti– ina imnressiio deixada, despertou. Clle1iara a manhã, e com ela, o dia do exame. Dims lnteiros anteriores aos do.s exames, já estava ele procurando asRimilar as soluções dos proble• mas, m11s que dificulqaõe in– cri vel. Evidentemente, José não dava para aquilo, que confu– s ã o f a z i a m agudas letras ~ m s u b s t. i t u iça o aos nú– meros. E ainda llavia quem dis-. sesse que np.çuela mater!a tudo tinha o i:eu ••porque", a sua razã-0 de ser. Que absurdo tal aflrmati· va. Porem nas dem:i.i~ materfas A hora determinada começa a ele timva a diferença. Em p,,rtu- cham::ida dos alunos, e, agora, o guês, por exemplo, era o maioral. seu numero. - - José dirige-se à banca, é 1or- Que fac!liclade de expressao. Pa• tendo O punt_o, e ... caira sfste- rr.. qualquer aconk.cimento em , cl:rnse l:í. Pfa escolhido para expre mas de equações. Por alguns ,pis~ snr 05 si:,ntimentos cl'.\ t.urma das, tantes, ele não crê em tant& que :::dl::mt.a•.rrm tão sub~tancia- "chaiice ··, mas o examinador c:on– d:>1> con~ecimento. 5 elas outras cl!s- f!rma, e pasr.ado o proble;na,, Jo– ciplimis, se faltavam os P.lemcntos té resolve-o com grande cal~ t fundcme, 1 ta!s prra as ~olm;ões do,; sem receio de errar, pol, era. a problemas de algebra, que era única co!s:t que conseguira apren• c0nsiderapa iliminatoria, e que der. Antes da soiução flua! do pro– naquele dia P.le teria pela frent~ blema, o examinador, bo>:.eado n~ '.l grant'.'." cbstaculo às suas pre- conclusões a que José chog,-va. tenc,õ2s r1e prcmoçio à seria cumprimentou-o e pTemiou-~ ç1nci~inl imedi.ata. Porem, apenas ~:iM a maior nota. óot rr: r,uações poderia ele resol- Era a realidade do sonho ~ 1 :a alf(um problema e confiante vespera. .José chega a crêr, q,uo c;:1 ser cont:!:mpl:ldo pela :sorte, a- sonhava pela segunda vez, ~ fim ele ver coroados os se11s es- não era possível, aquele ambleia,– forços -naquele ano, tinha alguns te era reàl. Ele havia obtido pro• momentos de esperança. Na noite moção. da vespera <l.0 exame, ainda es- De S'2US colegas recebi! os par.,_ ta•;a ele procurando em ultima bens, e, ao chegar em casa os •• instancia assimilar mais alguma braços de seus pai~ e irmãos o coisa. e, com essa imensa força ce estimulam a novas vitorias. E des– vontade, adormeceu debruçado de aquele dia, Jpsé não preciso~ scbre a banca de estudo. mais de "chance", pois passou • sonhou então que havia sid;:i I ter uma verdadeira preclJ!eção Ili• chama'..io à bane!!. examinadora la algebra. Milton, Almir e Evalªº· abr~- guardar cpm cuidado. Vulta ç:u11,m seu velho pai, foram às para o pi,\láciQ de teu pai. Na cocheiras eseolher UJ'll ?:lom hor11 em que chegar o dia par;1, ::avalo, E;__ Seguiriim _vi11,g~~. decidir miem i:<>riá n , ..... 1 dela. · Uma coisa que talvu; nãp ,_.,,.,_ nrn:.s:n.s, n<>r A ndnni><:n mi: i.ls: Os Prh1eipes f!Cí3,ram trnligna- u - --- . . ... - - --- -···- . - . dos. Ainda ficaram ma!s C'Uan- ---------~---

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