A Provincia do Pará 15 de Junho de 1947

I :OOmingo, t5 de junho de 1947 A PROVt~CIA DO PARA ..,._,, ..... ___________________________________ ,"- _________ UMA AN.4. LUCIA E' O NOME ARfTSTICO DA GRACIOSA ESTRE – ; A DE "Ul!IA AVENTURA AOJ 40" A PRÓDUÇA.O DOS CINE– ASTAS, QUE VEIO REVOLUCIONAR O CING,-IIA NACION;l1.. A R. IC. O. Radio infor1na: Frcderick Brisson, produtor executivo da Independent Arttsts rie,: u conhecer os planos de produção daquela companhia. em com~ Lii:açâ,o com a RKO Rádio Pictures. As primei,a, quairo produções representam um total de oito r.3i!ii6es de dólares. A:iterio;-mente se havia anunciado que a em- 1Jr,3: a inverteria 17 milhões de dólares em 10 filmes, c;·ue seriam prv– C::u:::iios nu::i periodo de cinco anso. Espera-se que esta soma au– '.'n(:;nte consideravelmente, u;na vez que a companhia entre ew r,ror'.uç::o. O p:·imeiro filme seré LÍJCKY PENNY, que marcará o regre:wl ce Rcwlind Russel à com.édici, éepois de realizar ALMA El.'l PENA e i :;rmi;-:,ar 1,fOURNING BECOMES ELECTRA, a grande obra de O'Neill,. que se acha atualmente em produção. O segundo, oriJinal de Dudley Nichols, será escrito 'üor Alla?i Rii'.'â:z. O terceiro um melodrama teatral, será THE VELVET TOUCH, orir iu,l Ce rlnnab€l Ross e Wi!liar,i Mercer. Será dirigido por Jac:; Ca'}e. O c.i:w,rto será uma comédia com Rosalind Russell. NINGUE!.! E' FELIZ AT!t O FIM J Nunca um recém-chegado teve tanta sorte ! George Cooper um no.:o ator da KB:O Rádio, consegui:. um bom papel para seu debut r,o c~st de CROSSFIRE, onde figuram astros como Rob~rt Young, Robe1~ Ui~chum e Robert Ryan. Vencendo a competição deste tres {J,a.tcie:J artistas, George conseguiu ser o único homem no íilme qu~ ,...,,.. ....... '-.., "'"" - ~ •_.... ... ,.;,,,_ 1·-..t~ ... _,. . ...--... ...... .- .L---~ ___ .1,_ ~ __ ___ .. - .., • A AOS Somente há pouco tempo a- sunto desta cronica. 1·e~ente-1mos ao público a deUclos:l. sur– trás o cinema brasileiro dei- mente estrelado no "Metro presa que terá fruturamente, xou de ser uma utopi:t para Passeio", foi uma ve:·dadeira guardamo-nos de relatar o ar– t.ornar-se algo que tomcu for- surpresa, pois, à exceção da ex-,gumento inteiro. Limitamo– ma e que. sem perda de conti- periencia de Antonio L':!al., ~11- nos apenas a ressaltar a ori– nuidade, é sempre bem r~cebi- vEoira Sampaio e Mellingf'!', tu- ginalidade do mesmo e o exce– do pelo público. do era novidade: A empresa pcional cuidado com que foi A nossa industria cinmato- - Centauro do Brasil Ci;.1ema- feito o filme, visto que varias grafica tem muitas p,;sslbili- tografica, os interpretes cenas refilmadas !numeras ve– dndes de firmar-se. NáCJ falta FJavio Cordeiro, Nilza Souti- zes, de maneira a emprrstar à iniciativa. De todos os lados sur nho, Aida Carney ... todCts eles pelicula um alto gráu de per– gem elementos capaz~s, argu- ·amadores. O sucesso pro"ocado frição. m.entos interessantes sao leva- pelo filme foi dos melnores já dos à tera e os filmes nacionais obtidos por filmes bra<;ilt!iros. mesmo quando não versam so- 'I'anto assim que uma comissão bre os temas carnavalescos tão de técnicos americanos ora em do gosto do grande público, são visita ao Rio à procura de ele– sempre sucessos de bilheteria. mentas para a realizaç,ío de Muitas figuras contribuiram peliculas no Brasil, considera– para que o cinema nacional ti- ram-no um grande pregresso vesse o desenvolvimento que para o cinema nacional e mul– tem demonstrado, e dentre e- tos de seus elementos como las destaca-se o lutador pers- sendo bastante aproveitaveis. picaz e dedicado, que durante O argumento de "Um&. Aven– t:mtos anos presenteou a his- tnra aos Quarenta" - é esse toria de nossa cinematografia o nome dô filme-é dos mais in cem peliculas que apezar de já teressantes. Ao iniciar-se a pe– remotas, ainda persistem como llcula, está-se no ano cte 1975. ::,,gradavel recordação nara .os, O dr. Carlos Miranda eminen– fans do cinema antigo: que foi' te psiquiatra, interpretndo por Antonio Leal, realilz:a,Jor de 1 Flavio Cordeiro, locutm.· eia Ra– '·:Moreninha", e "Lucioln.", ver- dio Jornal do Brasil e da sões cinematograficas dos fa- PDR-5, descansa aos sons e às mosos romances de Macedo e cenas de um aparelho de tele– Alencar. Esse abnegado técni- vi~ão. O aparelho está ;,intoni– co faleceu há pouco tempo, zado para uma homenagem imerso no trabalho a que de- 1>restada ao ouvinte, em que se dicara a vida: a cinematcgra- conta a· vida "daquel,i gloria :i'.ia. A quando de sua m,,i:te es- de nossa Medicina". O nome– avam em curso os trabalhos de nageado porem não aprE-t>ia lá um fil~e que realizava em co- muito a coisa, e · resclve-se, 1aboraçao com o dr. Silveira num aparte, a contar cr1mo na Sampaio, emérito batalhador verdade se passou sua exlsten– ::lo cinema brasileiro, autor de eia, disso surgindo a "a1•entu– <1.rgumentos como o de "Fute- ra aos quarenta". Assim come– !J0I em Familia", que fe~ tanto ça o originalissimo enredo do sucesso. Esse filme, qu'3 é o as- novo filme. E para não tirar- Quando falamos nos elemen– tos que realizaram o fii>ne. re– ferimo-nos a Mellinger, que foi o substituto de Antoaio Leal, ror motivo do falecimento des– te. Os simpatizantes do cine- 1;1a francês não devem estar esquecidos do grande tPt>nico oue exerceu suas atividades na faramont de Paris e que agora empresta a sua colab'>rai:ão ao cinema brasileiro, leval:':do a cabo, de maneira admiravel a tarefa iniciada por seu ante– cessor na direção do f!lme. Vê-se pelo acima exposto, que, seja pelo elenco - que ~nclue Flavio Cordeiro, uma verdadeira revelação - seja pela originalidade do enredo, ou pelos elementos qu~ o diri– giram e produziram. "Uma Aventura aos Quarenta" está fadado a um sucesso quasi sem precedentes no cinema nacio– nal, pois é um filme, quô alem de todas as outras qual.idades, foi produzido com cuMado, e paciencia. Nosso público pode– rá julgar, logo mais ('l'3 fllmes nacionais exibem-se aqui pou– co tempo depois de estn•arem no Rio) da justeza ou 1,ão de nossos comentarias. C I N EM A- Página 9 FLAVIO CORDEIRO, UM AM!DOR QUE l;E REVELOU VE'-tDADEIRO ASTRO DA TELA O ESPECTRO DA ROSA o "Ballet" famoso -- "O mestre do "cenário" qi;e tan– Espectro da Rosa", ql!-e se e~- tos bons filmes já nos propor– volveu numa das musicas mais cionou, como "Crime sem Pai– oonitas de Carl Maria Werber :xão", como aquele filme de Ca– e que foi a gloria maior do ge- role Lombard que se ~11e,mou nio de Nijinsky (ah, o grnnde no original "Nothing is sa– salto de Nijinsky ! ! - comen- cred", como há pouco, "Quan– tam ainda hoje com emor;ão ào fala o coração" ... Pois é: varias senhoras que frcqucn- Ben Hecht escreveu dirigiu e tavam o Municipal aí do Rio produziu para a Repuhlic um há uns 80 anos !) - es:,e "bal- filme que bem se poderá clas– le~" famoso e que tod0 o bai- sificar como "exquise", mas l'lrino que se prerz:e !az ques- que é, ao mesmo tempo - o tão de ter em seu repert.,,rio, engenho de Hecht o sabichão! :;eja bom ou mau o salto ~o -'- a;,Jropriado para todas as final - inspirou O nosso ami- platéias. Seja-se ou não Pntu– gc Ben Hecht; esse mesmo siasta do "ballet" n5.o se po- derá negar que um filme ins- NOS ESTUDIOS pirado num "ballet" tenha de ser uma coisa bonita - e uma coisa bonita, com algum sen- Correntes ocultas tido profundo, com um pode- "Unde:-current ", ou me!hor, toso estudo muito intimo, foi "Correntes Ocultas", que a Metro- o que Ben Hecht quís fazer e Goldwyn-Mayer vai apresentar, conseguiu escrevendo, <iirlgin– com Katharine Hepburn, Robert do e prodtIBindo nos estudios Taylor e _Rober~ Mitchum nll- in- da Republic esse "O Espectro terpretaçao capital - mas t.anto . ,, , ~t • 1 •· quanto a personalidade dessas três aa Rosa • E" a e aro que. , en- figuras de valor, tem importan- Ôo o;aut!)r <!? en!edo, o r~5p~n- que ainda ai Ben Hecht an– dou em torno da figura da per– sonalidade do genio de Nijin– ky) foi entregue a um atleta, bailarino - Ivan Kirov. Dou os meus parabens a Kirov e a Ben Hecht. Viola Essen, que tambem sabe bailar, foi apro– veitada por Hech para !Im in– tenso papel que ela fez muito bem com toda aquela sua de– licadeza nos olhos e n!'1. voz e principalmente com os pés ala– dos. Nossa amiga Judi~11 En– derson e nosso amigo Mi-::hael Enekhov tambem lá e3'.:6-o -- e está claro, que, diriJ,i,11:0 e produzindo, Ben IIecht r:ão poderia deixar de tirnr u "'.11'.::ior partido de material de,,00 <.•ui– hte. Mas não se enganc'-r. · o filme é antes ·de mais 1iaC1 de Ben Hecht. E' Kirov qué':·;1 !~:!i– la, é Viola Essen que•o t:- l!: a companheira do bailart~ • .. 1 cu– co, lá está Judith A,1C•:-.~on, 1,oderosa personalidacli, l:l. es– tá Chekkov, impres:::L-11:1>,ta, 1i_em~re _em sua ~lma se;;. :,o-

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