A Provincia do Pará 15 de Junho de 1947

~------ , E \ 4a. feira de primeira qualidade, em todas as c-ên~s, a Cr$ 68,00 o metro, acaba de receber a RROl FlYN 1 IA DE I__ . . ·. ·í:J .. .1 LINHOS IRLANDESES parn vestídos, re– cebemos uma grande partida. Façam uma visita à 13 de Maio, 85 V. S. PODERA' FESTEJAR A. Qt;A. DRA JOANCNA NO BAR LUCY LOMAS VALENTINAS, JUNTO A SEDE DO ORAM-PAR,\; PARQUE DE DIVERSÕES PRADO NOVO UMA ... .Continuação ~a s6étl.nu pác.) não crônicas sobre a ;ndepen– dencia ou sobre Clemanceau sobre o Crime e o Suicidio e m~ bre o livro pensamento. A ";;egunda parte intitulada e..scpressivivamente "Aparências e realidades", envolve cronicas mais aproximadas, desse mundo agitado pela guerra que termi·· nou em 1918. Em todas elas, porem, o artis– ta é sempre o mesmo, o pensa– dor não se contraria. Suas pa– ginas sobre Eça de Queróz são, indiscutivelmente, um exemplo dessa sua unidade ps!colog!ca e cultural. Serviriàm elas perfei– tamente para satisfazer às ex!– gencias atuais de todos aqueles que participaram das comemo– rações do gTande escí•itor por– tugu&l. O que escreve Gilber– to Amado sobre ele não é ape– nas para os leitores de 1910, que se deslumbravam diante de Eça de Queiroz como uma descober– ta preciosa. Serve perfeitamente para os nossos dias, quando se renova o problema do significa do do criador do Conselheiro Acácio. Fazendo uma clara dis– tinção entre a ironia e a satlra e mostrando que a sat!ra é ante, de tudo uma forma de luta, de pa!xao, expressa sempre a mobi– lidade, ii esperança, diz a Eça de Queiroz foi o maior escrito, sat!rico da nossa raça. Nós que esta,-..1os a vê-lo, na sua graça e malicia, a maliciar ainda mais r.irn o seu terrível monoculo, - 90.mos, de fato, verificar que é 'rerdadeira a conclusão de Gil– berto Amado, Eça de Queroz foi de fato, depois de Gervantes, quem, na penins'lla, se mostrou o mais forte temperamento, 1 DK.POJUCA N I l TAPAJóS' 1 Héàlco do Instituto de Prote- · çdo e As3isténcia à lnfancia li DOEN(;AS DE CRIANÇAS JUVENIS - Estes dois modelos proprios para mocinha.s, são bem pra– ticos. O primeiro deve s~r feito em "voile", tendo como adorno um babado elo mesmo pano,, com botões cobertos. O outro pol!e ser falt:> em "pois" ou ted:1 estampada, sendo que o enfeite, consta apenas ele uplis!:és" Acabando de regressar da capital do pafs, o professor Sy– <Jot;sUltórlo : 15 de AgoS t o -! 11 ésb Mariano de Aguiar reiniciará suas aulas de inglês, m1- Ed.~. BERN - Salas 25 e 26 ' Distrando-as oartir.ularmcnte, sefc;undo a seguinte tabeh : T .E L E F O N E, 1 4 O 1 '3.º andar - das 8 às 10 ~oras 20Q cruzeiros mensasi ppr pessôa; grupo de 3 pcGsôas, 15G l ltesldência: Praça da Renú- cruzeiros; ma:s de 4, lCO cruzeiros por pessôa. blica, 12 - F O N E : l 9 2 1 o professor Synésio de A~uhr que ministrou ensinamentos (17'14 ee l!1gl'.!s às i,ltas auk ridades federais e estaduais, cm noGs:3 1 r.r1.pitn,J, dur:mte o período c!e guerra, estabelece suas aulas à Co correncia -e-.v-en_i_dª-A-ss-is_c!_e_v_a_sc_o_n_ce-lo_s._17_3_.- ------ de Venda e A L• :. T u L o e I I I · tier, que, sabendo que era cem - -------------------------– A "J"Jiga Contra a Lepra do Pará". tem para vender . o se– guinte material : Um caminhão "Chevrolet ", mo– dêlo 1939. Póde ser examinado nas oficinas do sr. José Xavier, "Pôs- ! to Elite", à avenida Independên– cia. Um ônibus pequeno, no estado. E'xame na Garage elo Estado, à avenida Presidente Pernambuco, esquina da Gentil Blttencourt. Uma usina de eletricidade, a gás pobre, no estado, localizada no Educandário Eunice Weawer, em Val-de-Cans, onde póde l\j,r vista. As propostas, em carta lacrada, serão abertas na presença dos in– teressados, no dia 30 do corrente, às 16,30 horas, na séde da "Liga", à rua 15 de Novembro n. 171, al– tos. (2032 Baradas sabia c;ual a maneira A cada proposta de B1r:1das, o I mis rápida de adormecer o te!. rei tinha aplaudido. 1 Levantou-se, foi buscar a "Con- - E das setecentas e cinquenta , solação Eterna", de Gerson, vol- restantes, que farás ? l tou a sentar-se, não mais sóbre o - Guardá-las-ei como ·dinheiro , leito, mas perto do mesmo, e co– de bols::i e como reserva. Graç:is ; meçou a lêr com uma voz che!:.=t a Dei.;s, sire, continuou Baradas de compunção. A terceira página,– levantan::lo os olhos para o céu, o rei dormia profundamente. O NOSSO FOLHETIM ESFINGE VE ELH It0MM.CE lHSTóRW0 DE ALEXANDRE DUMAS as bôJ.s ações a fazer não faltam Baradas levantou-se na ponta e em tôrl'.ls as estradas encon- dos pés, repôs, o livro em seu lu- tram-se órfãos a socorrer e viú- gr,r, ganhou a porta sem o menor Inédito na língua portuguesa - Direitos de tradução e vas a consolar. ruido, fechou-a e foi continu::r reprodução assegurados à A PROVtNCIA DO PARA -Abraça-me, Baradas, abraça- com Saint-Simon a p:utlda de em todo o Estado - Copyright France-Pre~e m~ ! disse o rei tocado até às lá- dados interrompida. 1 . • grim2s, emprega teu dinheiro co- 1 No dia seguinte, às dez horas, S!-'a MaJestade em pessôa que ti– me, dizªs meu filho e farei cem o rei saía do l/luvre de carrua- n!lam de tratar hoJe, os srs. Lo– qne tei:i 'pequeno te'souro não se gem e às dez e um quarto voltava pez e S0;1scarriêres, disseram que esgote. a êsse gabinête onde, depois de t~arlam el_es mesmos seus relató- - Sire, disse Baradas, s o i s dois dias, tantas coisas de que nos. O rei contenta:•se-á em lêr grande, sois magnífico e sá!)io co- não suspeitava, ou que presumia os. mesmos ou pedirá, caso de– mc, o rei Salomão e possuis sóbre levemente, lhe tinham ap:i.recido seJe, mais amplos esclarec!men– êle a vantagem de não ter tre- debaixo de seu verdadeiro ponto tos. zent~ ~ 1.,...,un1eres e oitccentos. .. àe vista. • -E já os trouxeram? - Que farfa com tantas, se- Encontrou Charpentier, que o - O sr. Lopez está af com o nhor ! exclamou o rei amedron- esperava. seu, mas, para dar tempo a Sua tado, sp com a idéia, e alçando Perguntou se os relatórios ti- Majestade de conversar com êle e os braços para o céu. Mas sómen- nham chegado. de abrir a correspondência do sr. te essa conversação já é um pe- Charpentler ·respondeu que o Card!al, não concedi entrevista a::> cado, Baradas, pois apresenta ao padre José tinha voltado a seu sr. Souscarr1êres, senão pa.ra o espírito, idéias .e até mesmo ob- convento, e que de sua parte não meio-dia. jétcs que repugnam à moral e à tinha relatório, havendo somente - Mandai Lopez entrar. religião. 1 os de Souscarriêres e de Lopez. Charpent!er saiu e alguns ins- - Vossa Majestade tem razão, , - :lllsses relatórios já chegaram? tantes depois, anunciou Lopez. disse Baradas. Quer que. lhe faça 1 - Tive a honra de cli-:er a Sua Lopez entrou com o chapéu na alguma leitura piedosa ? 1 Majestade, respondeu Charpen- mão, saudando até o chão, - EJstá bem, está bem, senhor Lopez, disse o rei. Conheço-vos desde há multo tempo e cu;:;tais– me bastante caro. - Como então, :;lre ? - Não é em vossa casa que a rainha compra suas jóias ? -Sim, sire. - Pois é, anteontem mesmo a rainha me pediu vinte mil libras para a recomposição de um colar de pérolas, recomposição essa que fez em vossa casa. Lopez pôs-se a rir, mostrando dentes que poderia fazer passar por pérolas. - De que rieis t perguntou o rei. - Sire, devo falar-voa como fa– laria ao sr. Cardial ? - Perfeitamente, - Pois bem, há no relatório que coisa a ouvir dêle, encontra-o por devia fazer haje à Bua Eminên- acaso, já que não póde vêr de eia, um pD.rá::;raf::i c::ms:1graclo a outra maneira. êsse colar de pérolas, ou melhor, - E é em vossa casa que êsse às suas consequências. encontro tem lugar ? - Estou às ordens do rei, mas - Com a autorização do sr. Sua Majestade nada com~rccnde- Cardial. ria ~e não lhe désse algum:i.s ex- -De sorte que:,. r~ir',~ r·--- ·,. plicac;os reparatórias. tro:.:-se com o embaixador da Es- - Dai-ma:;. panha ? - A 22 de dezembro último, Sua - Sim, sire. Majestade a rainha aprese:1to,1- - E tivenm uma co:1~crênc:t1. se, efetivamente, e:n mipl1a casa , lona~? com o pretexto de re~cm;:iêr urp -Trc~.::r:::-:1 °·, ... 1,---·~ ~'--,~~s colar de pérolas. palaYras. - Com o pretexto, dissestes ? - Sería preciso saber quais -Com o pretexte,, sim, sire. eram essas p::tlavras. - Qual era então a intenção - O sr. cardial já as cc;-,hece. verdadeira ? -1\(as eu não, pois o s~. Car• - Encontrar-se com o embaixa- dia! é muito discreto. dor da Espanha, sr. Marquês de -Quer dizer, não querl~. at:r– Mirabel, que devia nchar-rn em mentar inutilmente Vossa l'.1:lj'.,s• minha casa como por acaso. tade. - Por acaso ? - E quais foram e2sas pa'.:i.~ - Sem dúvida, sire, é sempre vras ? por acaso que Sua l\hjestade a - Não posso reht2r ,.., Vcs21 rainha, encontra o Marquês de Ma.jestade, senão as que m:: for:::m Mirabel, desde que foi proibido de transmitidas por m~u lapi::l.:rio se apresentar ao Louvre féra <los de diamantes. dias de recepção. - Conhece tle o ecn2nhol ? - Fui eu quem, seguindo o con- - Ensinei-lho, segundo a ordG!!l selho do cardial, lhe dei essa cr- do sr. Cardia!, mas todo mu:1do dem. ac:·ectita que êle não fo.h e --.1 - l!: prec!so, 11sslm, que B,ia lfnguo,. ç'º modo que ninguém C:c~– Majest ade a r2.inha, quand::i t ~m 1 confia dfüe. alguma coisa a dize! ao cmbaix::i- l - E que disseram ? .. _ dor do rei seu irmao, ou alguma. (Con •• n~:-:.)

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0