A Provincia do Pará 08 de Junho de 1947

'-'UU.l'U &l' , .:,·11.1.1 1 \J.L i:lUU YY t:;;.:OJ.IICO está admiravel. Quando aparec~ em cena, faz convergir para si a atenção de tudos. O filme tem alem disto, otimos detalhes, co– mo o badalar do relogio, que se faz ouvir, a cada instante, no dec:irrer da película. Este re– curso, aliás, já foi usado pelo proprio \'Velles em "Jornada do pavor", filme dirigido por Nor– man Foster, mas superintendido por Orson Welles. Nesse caso, em vez da badalada do relo– gio, era uma vitrola tocando um dis::o estragado para indicar a presença do assassino. O que falta, a "O estranho", é senso 1 .&:'UU ' U~,1.'C.L YYVV:}-l, !,ICJ.t:t, .1.UOVVJ. .t.U,t outro a Hugo Friedhofer, pela parte musical, outro s Daniel Mandell, pela "edição" e outro especial a Harold Russel. REALIDADE Harold Russell, o muti!ado de guerra que faz a sua estréia em "Os melhores anos de nossa ,·1- da", chorou, comovido, ao receber b "Oscar" pela sua int..npreta<;ao naquele filme. Harold faz no fil– me o papel de um mutilado que procura se readaptar, e, como dis:. semos acima, ele é realmente um mutilado. • n,1.~ u,:.,1..1.1.p~-~..... v-- S!Ca de Bronislav Kaper, pâra "0 estranho", com a de Ma:'t Steiner, para o "O grande se– gredo", sente-se que este foi mais preciso, não fazendo de seus fuados musicais uma espe– cle de anuncio da emoção se– guinte. Orson Welles conhece todos os truques de direção e torna– se, por isto, artificial, puramen– te técnico, como o homem que entende todos os elementos da poesia, mas não a sente. Fritz Lang é o artista que sen– te a poesia simples e humana. espalhada em tod!l-5 as co.isas. I J&o poderia deixar de enviar aos meus "fans" tão amigos, o meu abraço desta Lisbôa, pa– ra mim tão ardentemente desejada. E quando me lembro que foi o "papel" d'! r.erefa, por bondade de vocês, ,iue me tem facilitado conhecer Portugal, tão cheio de tradições e be– l,:-::~, reconhecida envio o meu grande abraço e promessa de breve volta - (a.) AI:vlf"E-". ri. r.. - A estrela de "Caração sem Piloto" tem recebido pedldos para posar 110 cinema eu- ropeu, m~s Aimée vai voltar para os nc.sSús estudios, l vt::i.c;:s, 1111:W:S va. .1a.. ·.1;ra1;a-se ae algo ligado a uma criatura a– mavel e o cronista tem especial ! prazer de repetir o assunto ·porque tambem gosta mu!to'' Virgínia Lane está afastada do nosao cinema. Fez suces"8 em Buenos Aires e voltou. Esta foto é recentlsalma, e foi tlratla por Iloracio Vieira, num instante fellclsslmo, especial para os "fans" da formosa. estrela Correspondencia dos 'fans' Todas as cartas dirigidas a esta secção devem ser enviadu para redação de A PROVINCIA DO PARA' - secção de Cine– m:i. - Travessa Campos Sales 100-104, que serão respondidas na ordem em que forem sendo recebidas. DOTTY - (Belém) - June Ha– ver é o nome da lourlnha de que vccê fala. Parece mesmo com Bet– t ; Grable, mas, na nossa opinião, é mais bonita. REGlNALD - (Belém) _:_ Ca– sou há. pouco tempo, aos 30 anos de idade e pela primeira vez, com o produtor e escritor ·Marcus Goodrich. Premiada pela. Acade– mia este ano pelo seu desempenho em "Só .resta uma lagrlma". Pode escrever para Paramount. Picture -5451 Marathon Street - Holly– wood - Cal. - U. 6. A. Voltaremos domingo - JO. NOS ESTUDIOS VERSA.O BRASILJj:IltA Prepara-se, aqui, no Rio, a ver. são brasileira de "M\lslca maes– tro", uma das mais recentes pro– duções de Disney. Também estão sendo preparadas as versões bra– sileiras dos filmes "Fun and Fan– cy Free" e "Song of the south", ciessa criatura: Lana Tumtr. Pois aconteceu - não 1J:r.– P,Orta que . vocês já conheç'.J.m o·caso, repito - aconteceu q.::e a. Escola Superior de Holly– wood tinha uma aluna muito bonita, loura. esbelta, que vi– via sorrindo e que realizava o milagre de ser tambem aluna. aplicada. Estudiosa, atenta, o– bediente, mas gulosa. e talvez melhor fregueza com que con– tava certa confeitaria das vizi– nhanças da Escola Superfor. E estava a. bonita e gentil criatu– ra saboreando um daqueles sor– \·etes que mais parecem allr..o– ços, quando se sentou perto um funcionário do "The Holly wood Reporter", a conhecida revista cinematográfica., diária, editada no Hollywood Boule– vard. Seu nome: B1lly Wilker– son. Aconteceu que o rapaz fez o que costumava fazer todo cs cavalheiros, alguns pouco cavalheirescos, aliás: olhou e tomou a olhar a pequena. E olhou tanto, tanto - que ela ~e sentiu um pouco aborrer.t– da ·com a curiosidade - m<LS justamente quando ia mudar de lugar o rapaJIJ chegou petto e lhe perguntou muito sem ce– rimônia, se ela não queria en– trar para o cinema. A pequeua, oue estava de "sweater" ver– melho, não enrubesceu para ficar igual ao "sweater": nada disso. Ouviu as palavras e mu– dou para uma mesa dos fun– dos. Mas o rapaz desta vez mais polido_ procurou-a mais' uma vez e lhe disse que não levasse a mal - mas que seria natural que ela desejasse uma. "chance" no cinema, que ti– pha tipo para isso, dai a sua idéia. - Darei a você uma carta de apresentação para um dire– tor que é amigo meu, Mervv:n Le Roy, que você deve conhe– cer de nome - acrescentou o rapaz quando viu que a "fera– zinha" de "sweater'' vermelho estava mais acessivel. XX - (Belém) - Não pode– mos fornecer fotografias . O ·ami– go deve escrever diretamente aos artistas, mesmo em português. E' só pedir os endereços que esta– mos às ordens. Quanto a Mary Gonçalves está trabalhando numa "boite" em São Paulo, mas as cartas pod~m ser endereçadas pa– ra Atlantida Cinematografia - Rua Visconde do Rio Branco - Rio de Janeiro. ) JOSE' - (Belém) - Desculpe– nos, mas nada sabemos, nem nos é possivel obter tal classe de in– formações, E cumprindo o prometido, o rapaz escreveu umas linhas <.le de Disney. ____ àpresentação nas costas de um · · cartão de visitas. o BEIJO MAIS COMENTADO Lana não se impressionou CURIOSA - (Belém) - Jo se clrnma Jo. E' solteiro, não nasceu no Pará está à sua disposição para qualquer informação referente a artistas. Quanto à nossa pessoa .•. Bem, chega. FAN N. 1 - (Belém) - Mar– garet - Metro Goldwyn Mayer - Culver City - Ca,J.; Deana, Joan, Irene - Universal Pictures - Universal City - Co.1. ; Dennis - Warner Bros. - Burbank - Cal. o beijo mais falado nestes úl- muito com o ocorrido, mas sua tlmos t;empos. Recordando aquelas mãe opinou que se devia apro– sensacionals sequências amoro- veitar a oportunidade. E se– sas dos filmes de Gilbert x oar- ~ulndo o conselho de amlg0s, bo, os criticas norte-americanos &$ duas procuraram os servi– considera,m o beijo de cary Grant ços de. um agente. E foi com e Ingrid Bergman em · "Interlu- 'ele que Lana fez sua visita a d!o", como o beijo mais sensacxo- Le Roy. nal da tela dest.es últimos tem- o diretor buscava na ocasião pos. Aliás, não é só O beijo mas uma moça que apresentasse o a cêna toda. 1 d ·t· d pape e v1 1ma e um assas1n- DEPOIS DA CEGONHA MIRIAM - (Belém) - Nome verdadeiro: Betty Pretsky. Ex- Bett;e Davis ..:..:. Rex Harrison modelo de famosa casa de mo- foram escolhidos pela Wa,ner das. Estreiou com "Uma aventura Bross, para estrelar '"T'he Afri– na Martinica". Fez ainda "Quan~ can Queen", famosa novela de do os destinos se cruzam", :com C. S. ·Forest.er, cuja .ação :ie pas~a Charles Boyer. Descoberta de Ho- num pequeno barco que navega wa:rd _Haw~s, que, depois de seu pelas costas c;ia· Africa. Este será primeiro filme, volta a dirigi-la o primeiro filme de Bette Davi! 1 em "A beira do abismo" onde a após regressar aos estudlos da estrela trabalha novamente com I Warner Bross, de onGe estev~ seu esposo Bogart. Nasceu em afastada durante meses pelo mo– Nova York City, em 16 de setem- tivo que todos sabem; à, chegada bro, dizem que de 1924. O, K, ? da cegonha,.. · no em um filme. Observou L~.– na dos pés a cabeça, com um desses olhares quase insolen~s que os altos funcionários dos estudios usam muito quando ·.iuerem observar o gráu de per– sonalidade dos novatos - e tornou a olhar mais demon..da– mente. Lana enfrentou o ex,1- me sem temor algum. - Como se chama? - per– guntou Le Roy. - Julia Jean Mildred Fran– ces Turner - respondeu a p~- J,ana Turner aparece aS11lm nas sugestivas cenas «a 1tra~ que _elll vive com John G..rfíeld em "O Destino bate à, Por,ta