Relatório apresentado ao Sr. Dr. Lauro Sodré - Governador do Estado do Pará - pelo administrador de Recebedoria de rendas publicas Pedro da Cunha, relativo ao serviço d'essa repartição no anno de 1892. Belém: Typ. do Diario Official, 1893. 49p.

1 10 totla a cloqnencia tlc que 8ftO capazes, uma prõva irrcfutavel tia nossa vitalidade, do no~,o constante progredir, das esperanças que devemos ter em noss.1.s força;; productivas. D'cpendendo estas, porém, de dous factores que nos f~ltam complc– tamentc--o braço e o capital-é bem de ver, que os algnrismos aprese11- tados deverão ser apreciados apenas com simples notas para o calculo de noseas riquezas e futuro ecouomico. Qual o principio regulador do progn,sso cconomico de um Estado? - Verri (J;Jcou. pol.) descobre no c1~scimento da populaçi1o o anunn– cio infallivel do crescilllento da,producção. -Sismondi (Etudes, tomo 2?) objecta, que scS a justa relação entre a população, a producção, a cxportaçi'to e o numerario, const:rvando a todos o commodo, prova a prosperidade de um povo. -Rau (Traité d'econ. pol.) olha como indícios da riqueza de um povo: o modo de viver das classes operaria~, ou o goso que. lhes permittc o sco rendimento; a natureia e importancia das cmprezas em que se intc– rcs;,ão 08 ciuadi1os; a grnnrlcrn das despezas governativas, quando oEstado as supporta sem ruina e sem empobrecimento; distribuição das fortuna, pelo maior numero. -Flôres Estrada (Cour~, &, trad. tle Galib0rt..) julga, que a unica medida exacta por onde se p1dc_apreciar a prosperidade de um paiz é a eleva<;ão dos lucros que dá o seo capital; porriuc essa elevação provém necessariamente, ou da sua industria ser mais produetiva, ou da facul– dade de accumular e augmentar a riqueza e a população ser maior. No desencontro d'estas opiniões como ainda aos de Schmalz, Mal– thus, Smith, J. B. Say, Rock, Stoch e outro3 economistas celebres, ha um testemunho regulador do progresso econornico de um Estado, que nenhum d'ellcs recn,a :-o accrescimo da producção, e a elevação dos pre·ços do3 productos. Não admittc duvida o facto do crescimento de nossa população. Si a falta de um rescenceamento regularmente feito não o demonstra exac– tamcntc, podemos affirmal-o á vista d'essa constante immig-ração nacio- . nal, que nos vem dos Estado3 do Ceará e Rio-Grande do Norte, princi– palmente no tempo da safra da borracha, e que se espalha por esse nosso interior á trabalhar na industria extractiva, encontrando sempre campo aberto á suas explorações, emprego largamente compensador á sua acti– vidade, permittindo-lhe accumular esses peculios transportados :rnnual– mente em elevado valor para a terra natal, onde vão augmentar a riqueza publica. . . FJ' preciso, entrétanto, para conhecer do progresso economico do Estado, estudar qual ha sido o desenvolvimento de sua pmdncção, 11 qaal a relação entre esse desenvolvimento e os preços obtidos nos mercados consumidores. Por mais defeituorns que sejam os dados seguintes, pela irnpnssibili– tladc material de consfguir sem pessoal e cm trw pouco tempo, como o

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