CARVALHO, João Marques de. Contos do Norte. Belém: A. A. Silva, 1900. 139 p.

ria as ruidosas ovações feitas a outros escriptores, a acceitação de seus livros, a popularidade de seus nomes em todo o paiz. Ten– tava, n'um esforço de energia, vencer a improductividade, forçar a idéa; tornava a molhar a penna, endireitava o papel: tudo era in– util. Estava escripto que nada p@– deria fazer. Deitava•se então, n'u1n clesani- 1110, soprava a luz; ficava na escu– ridão da sua soledade, os olhos escancarados, com um offego de raiva a seccar-lhe a guela. Era justamente isso a sua arrelia. Uma vez deitado, tinha, logo depois, a intelligencia lucic\íssirna: organi– sava as idéas, formulava phrases mentalmente, alinhava períodos inteiros. E, n'un1a crispação, co– nhecia- presentia- que, se es– crevesse assim, teria garantido o agracio publico, que é o vestíbulo da irnrnortalidade para o escri– ptor. Saltava ás pressas petra o chão, accendia a véla, atirava-se á mesa :-mas o encantamento

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