PARÁ. Governador. Relatorios da estrada de ferro de Bragança: sua reconstrução e Estrada de ferro de Tocantins.Pará: Officnas graphicas do Instituto Lauro Sodré, 1926. 161 p.

9 Os balanços, bem como a Acta, concernentes aos serviços da Junta, foram encaminhados por intermedio. da Primeira Fiscalização á Inspectoria Federal das Estradas, para os devidos fins, conforme communicação feita a V. Exc:, em officio n. 87, de 22 de Maio de 1925. Dos actos da ,Junta, por parte da Fiscalização, constam as glozas de diversas verbas da despeza, com as quaes esta Directoria não se conformou, e fez o seu immediato protesto, nos termos do Regulamento em vigor. _ E não bastassem os motivos de força maior, pelos quaes esta Directoria auctorizou os pagamentos referidos, ainda occorre dizer-se que taes despezas encontram-se devidamente auctorizadas pelo Gover• no de V. Exc. Impostos da União Os Impostos arrecadados para a União 80:895$430, -assim discriminados : Imposto de transporte terrestre. . . . . Taxa de Viação. . . . . . . . . . . . elevaram se, em 1925, _a 55:367$300 25:528$130 Os valores acima referidos foram todos recolhidos aos cofres da Delegacia Fiscal do 'Thesouro Nacional, neste Estado, de accordo com os dispositivos regulamentares, achando se assim esta Repartição s~m compromisso algum para com os cofres daquelle departamento na– cional. ,.-1 Pela apreciação dos detalhes sob os diversos títulos, nota-se qqe no segundo semestre do anno de 1925-quando mais se intensificaram os trabalhos da reconstrucção da Estrada, a sua vida se tendo modi– ficado inteiramente-deixou-nos a 31 de dezembro desse anno, a per– ·spectiva de virem dias livres de preoccupações durante o anno de 192~. Infelizmente assim não aconteceu. O collapso occorrido no movimento de transportes no segundo trimestre do corrente anno, devido á baixa dos generos das zonas pro– ductoras, veiu perturbar a harmonia conseguida na normalisação dos serviços da Estrada pelos effeitos da reconstrucção, estabelecendo uma situação angustiosa pela falta de «rendas», que é uma consequencia dos transportes que falharam, obrigando-me a soccorrer em parte as necessidades da Estrada, conforme auctorização verbal de V. Exc. fa– zendo-o por meio de vales que se encont.r.am em carteira e que até 15 de julho do corrente perfizeram a importancia de 46:946$200, retirada dos saldos do Governo em poder desta Superintendencia destinados a diversos adeantamentos. São correntes essas alternativas de desvalorização de generos. Ellas, não eó perturbam as organizações da zona productora, como · affectam e desmantelam a vida economica da Estrada, assumindo ora proporções de graYidade, como neste momento, mas correntemente, constantes intermittencias que escravisam a Estrada e não a deixam liberta para prescindir do imprescindível amparo economico por parte do Estado, nas épocas em que declinam as suas rendas, pela ausen– cia das safras, muito embora p. compense o momento das colheitas, com resultados sufficientes para cobrir o seu custeio, ou sejam quaes– quer sacrificios que o mesmo solicite, por adeantamento, nas épocas escassas de transportes . . A meu ver tambem sómente até ahi podem ir as forças econo– micas da Estrada, e ir além, será uma funcção do tempo que, aliás, J

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