Relatorio apresentado ao Sr. Secretario de obras publicas, terras e viação

• -293- sideração os prejuízos que, durante a sua auseuc1a, elle tem causado a inaptidão dos seus empregados. ~ão podendo estar elle constantemente á testa do serviço, em vista dos reclamos de outras occupàções fóra de Bragança, a sua ener– gia não será n'elle vantajosamente applicada, resultando d'ahi uma serie de trabalhos superfluos, para augmentar-lhe o custo kilometrico da estrada. O trecho que atravessa o igapó da Sapucaia e o campo de Cururu– teua é o que mais pesa no custo da estrada, cujo preço da unidade ki– lometrica será plenamente suavisado pelo custo do trecho restante. Por ahi se vê que, por mais elevado que seja esse custo, não poderá attingir a uma. somma tal que torne nullos os lucros do em-· preiteiro. CONCLUSÃO Nessa situação, cujos caracteres acabo de resumir, a estrada não póde passar o inverno proximo, sem grandes prejuízos para o em– preiteiro e para o Estado. Não me é preciso dizer. muito para justificar a necessidade da conclusão dos trabalh,,s de,;sa linha-ferrea, cujas despesas com o ma– terial já se acham realisadas e que nenhuma difficuldade offerece á cons– trucção. . Sem antecipar o progresso offerccido pela facilidade de commu– nicação que d:1 realisação desse notave1 melhoramento resultará irre– vogavelmente, posso dize r, tendo em vista só as reaes probabilidades da renda, que ella satisfará. plenamente o objectivo de conseguir-fun– dos para o seu custeio. Porem, no momento actual da sociedade não é facil encontrar um pessoal convenienternen te apto, por seus attributos moraes e pra– ticas, para chegar a esse fim neccssari.o; por isso se rá mais vantajoso ao Estado arrendai-a, segundo c1s bas L: s que forem apresentadas pelo Governo. - Do estudo desta questão, resultou-me o profundo convenci– mento de que a concurrencia publica, antes de concluida a wnstrucção da linha,. s-crá mallograda, por falta de proponentes, sendo por isso a administração obrigada de construil-a directamente, attenta a sua im– periosa necessidade. A observação calma e minuciosa das circumstancias locaes au– ctorisa-me a accrescentar que o arrematante, que receber a estrada sob condições vantajosos para si e para o Es .ado, tendo sempre em vista ,tue a energia humana só converte-se em trabalho util quando as– sistida por uma orientação sã, auferirá indubitavelmente lucros satis– factorios; porque o desenvolvimento agricola da opulenta região ser– vida por essa ferro-via vae se tornando cado vez mais sensível. Isto é o que se manifesta aos olhos do observador que refira a si os interesses do arrendatario dessa pequena estrada.

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