Relatorio apresentado ao Sr. Secretario de obras publicas, terras e viação

-240- Tranquillidade · H espanhoes e cearenses, todos trabalham ha rmoni came nt e pa ra a formação e desenvolvime nto dos factores ela ordem. Nos oito prim e iros mezes da minha missão actual, não se efte– ctuou por falta de causas determinantt:s, prisão alg uma nesta colo nia ; nenhum crime, nenhum <listubrio n '. clamou a inte rve nção policial. Durante todo este tempo a Promotoria ?ublica de Braga nça, não teve occasião de se r despertada sir1uér por uma queixa de co lonos ou contra colonos. t>orem em i\bril. devido a uma conspiração ele ordem política, deu-se uma levante dos colonos cearenses, como sabeis, com o fim de irem pertubar a ordem publica em Bragança, depois de realisa r trope– lias na colonia. Felizmente nada consegui ram, ante a a tti tu cle e nergica com qu e os desviei do caminho errado em que lhes h::ivia inve redado a insens,•– tez de alguns políticos cuja ambição não lhes permitte concilia r a s ua conducta com a sua situação. Passado esse m0111ento desagradavel, e ntrou a colonia em sua calma habitual, continuando os colonos a goza r na q uie titude do la r a doce compensação do seu labor quatidiano. Act11almente as per:iu e nas qu estões que so, em appa recer são to– das de natureza tal qu e esta administração resolve afortunadamente sem deixar re sentimentos a nenhuma das partes e ma nte ndo sempre a mais completa tranquillida<le no se io das familias Causa realme nte admiração a calma em q ue vive es ta popu· lação ja consideravel, e ve r corno elementos he te rogeneos, sob o pon to de vista da nacionalidade, se combinam e se e nt relaçam sem s urg ir um só ameaço á ordem publica da colon ia, todos contri buindo sub o asce ndent~ de seus propri?s in~ sses para o prog resso d0 lugar em que exerc1tam as suas ap tidões. Conclusão Os resultados apresentados nes ta colo ni a mos tram cla rame nte que as exaggeraclas so\111nas gastas pelo Estado, com a s ua creação e desenvolvimento produzir;1m uma reação benefica, faz e ndo revive r a agricultura, nesta parte do seu ube rrimo sólo. O Estado já contempla .:: proficuidade dos esfo rços despendidos pa ra da r o primeiro impulso á nossa industria agricola. a ttrahindo ope · ra ri os para o seu seio, fo rnecendo os ml ins de toda sorte. traçando a ·. melhor directriz; resta a gora a acção con ti n u:tda das classes inte ressadas, fa zendo convergir para ella a maxima sornma de energias uteis. Depois de pres tados os primeiros soccorros aos immig ra ntes que aqui chegâ..m famintos, rotos. acossados pela mise ri a, e bnçados os .fun– dame ntos da nossa industria na t ural, a inda cabe o gove rno o e ncargo de promover o seu dese nvolvimento com auxílios indirectos, org anizando a s obras d e caracter p ublico e garantindo a ordem mate rial.

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0