Relatorio apresentado ao governador do Estado por Manoel Baena: secretario do governo em fevereiro de 1895
- ·-146-- · ctor,-é a que se presta aos habitos da circulação. Elles vão de preferencia onde ha cargas a transportar. Este é o seu t'unccionamento industrial. «Seria port~\nlo um erro, senP.o urna injustiça, continuar.-se a prolongar esta· estrada por um deserto, com prejuízo qe . . interesses dos povoados intermediarias. "Um traçado directo cm tão grande extensão só se justi– fica entre cidades de primeira ordem, verdadeiros centros de actividade e de cornrnercio. «Infelizmente a estação invernosa obrigou a comrnissão a interromper os trabalhos encetados, cujas despczas até á presente 'data se elevam a rs. 19:391$180. · «Todavia, uma verdade já resalta(dos estudos effecluados e é o poder affirmar-se a possibilidade do traçado por um:'/– zona. rica e povoada." Ra.rna.l pa.:ra. Sa.lin.a.s O rç1mal entre a estação do Castanhal e a villa de Salinas é de 116 kilometros, dos quaes 29 acham-se em construcção e quatorze completamente terminados. Por todo o rnez de Abril pretende a Directoria da estrada abrir ao trafego 16 kilolnetros entre a referida estação do Cas– tanhal e o huego agricola de Marapanim, situado na maÍ'gem do rio ,reste nome.' ' · . Por conta da importancia de 550:000$000, adiantada pelo Thesouro para as despezas até 31" de Janeiro cl'estc anno, já foi despendida a quantia ele 547:066$538. Para o material ela via permanente foram compra.das uma locomotiva e 1292 toneladas de trilhos, chapas de juncçüo, parafuzos, grampos, dos quae3 estão assentes 14.800m. "º ramal para Salinas, pondera o sr. Director, nao será desde logo uma fonte fecunda de· lucros rnonetarios para o Thesomo, como não- será o prolongamento da e::strada para Bràgança, ou o seu ramal para Vigia. Mas porle-se affirmar com certeza que quando esta cidarle estiver ligada. por essa rê.de de caminhos de ferro a todas as comarcas do salgado, a administração çlo Estado tel'á exercido sua progressiva in– fluencia no desenvolvimento da agricultura, na crcação da grande industria, na repartição da população e na organisaçftü administrativa, preparando assim o~ melhores elementos para a granc;le civilisação do Estado.
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