Pará. Provincia. Relatório apresentado a Assembléia Legislativa Provincial na primeira sessão da 19° legislatura pelo Presidente da Provincia do Pará, o Excellentissimo Senhor Doutor Pedro Vicente de Azevedo em 15 de fevereiro de 1874. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1874. 95 p.
-4- Sendo as finanças, cm rigor, a vida das naçõe:-. porque sem ca– pital nada se póde emprehen<ler, foi o meu primeiro cuidaclo infur– mar-mc do estado dos cofres publicas: e, com pezar, vos digo, não foi pequena a minha clecepção, sabeudo tfUO a [)['OYiueia se acha so– brecarregada de uma cfüirla passiva ele quasi clous mil contos de réis a juros de 8 º1., ao armo; 11uantia L·ssa r1ue :-e [Wclel'ia clizer írt– signíticanle se ti\esse sido a]Jplieada e\\'l11sivamente em obras des– tinadas á augmentar as rendas publicas: Pmbora em nm futuro mai:::; ou menos remoto, mas que, empregada em serYiços imfH·olluttivcts, deix_ando alr.az de . :-i rnú1Jrnnentos·de pedra e cal sü destinados a rontar às gerações ríndouras 0 Im:o e rnagniíicencia dos recursos ela epocha, terá · ele influir 1~ialríicarnent.e, e por muit.<} tempo, no desen– rnlvimento e prO(;!Tes~o (le qne tanto e.a re,·er?! as fel'leis regiões de vossa abern;oada -patl'ia. O moltle das estatuas ad111iraYeis, já o dis:-;e um parlainenta.r eloquente, dl)s monumentos JJBrliura\'eis. nTio ú o IJmi·n vulgar, inerte e fragü : são as idé;:is explendidas. são as ge11ero:sa~ acções, são os grandes commetlimontos , de ciYilis,H,:ão. E' preciso. portanto, (lUC, de commu111 ar.rordn, empreguemo~ todo o c:-tticlaclo 1w ' arrecarta1;,ão, tiscalisação e applic.ação da receita 1la pnwincia. para -r111e ella pn::;sa, rlesemliaraçaila, rralisar' em IH·eye tempo o :::;eu grandioso dt1slino. . · Sei que ;:i venlatldra enmomia uão cousiste na alJ:soluta nega\;ãü ,lo gastos, em aferrl)lhar os r:ipitacs, o qne ll'aria ei effeito contrario · ao aogmentu 1la rique7.a que se des<"ja, mas em fazer esses -gastos abrindo as fontes da produq;ão, e eoneorrell(IO para o aperfeiçoamrnto dos individuos e das cousas. Para tndu qw• for de ttWidade publica, lwnesto e jnsto, wnlae com todo o meu apoio e dedicaçffo. Cuuipre elevar u uivel intellec– tual rlas classes operarias, aprowitar E"ssas terras incultils em que nma vegetação desltnulJrante atlesla sua nberilade e l'it[nezas natu– raes, dar impulsu ,1 imrnigraçJo estnrngoir,, e a estudos agronomi– cos que fanun compreheudet~ ;'is populêirões , esparsas 1festa vasta pmvincia que nJ(ré com o:-; hicrl)~ eplH;me1·os r11ie jnlgam encontrar nos ser-ingae:5 insalnbres-qur lião de Sli libertar da pobresa (' dn miseria, e conseguir as t:umrnorlidacles da vida de que lanto preci– sam. .Já . é lempu de rel'.onherer que a i1Hln:;lria exfradiva unicamen– te não lias Li · par;1 rnnsoliciar a fortuna de qualquer paiz," e que, no Part sobretudo enHJum1tn não Sf! cleseuynlYer a agrirnlürra e a co– lonisação, as suas rendas em vez · de augmcularem-se, tel'ão, ao eontrario. de it- 1limirn.dndu em lúdos t>:s ;11111os,1.:omo é far·il de prever, t:rmsiderando o estado f:lll que se ac!Ja aqnella industria e o modo por que l' exercida e· ,l]Jt'rndlada. . · .,..... .Ninguem ckYe fazer COHJO o indi.gcna que derriba a arvnru para ◄'!)lhe!' os frneto~·. e sim preparar os meios tlr- nhtel-os ::'\l'm cxt.in – gnir a tímte 1l'onde elle:S emanam. Ainda'hern qne jú rome(',ún a ~e i11kfar 'traballws ag-rkola~ . em
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