Pará. Provincia. Relatório apresentado a Assembléia Legislativa Provincial na primeira sessão da 19° legislatura pelo Presidente da Provincia do Pará, o Excellentissimo Senhor Doutor Pedro Vicente de Azevedo em 15 de fevereiro de 1874. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1874. 95 p.

. bo;,; aiumrios niestres ~ concluiram o cul'so ~ tiveram diploma de jJr·ofe~sores-normalist;1, . , Instruc~âó sc«mnda1•Ra.-E' o lycêo paràense o müéo estabelecimento de instrucção secundaria que possue a provincia, n·eue se ensinam actuàlrnente em Pi cadeiras ·differentes, não só os n1r!:<0S de humanidadf's e o do commcrcio. mas tambem o n""mal que lhe foi anuexailo, comü fica óitt~ . freírnentaram as aulas do lycêo 110 anno passado 10i alumnos, rompareceram a exame 90 e foram approvados 84. Tendo pedido exoneração ·o amanuense archivista da respeêtiva secretaria, Antonio ele Deus d'.Oliveira l\1cl!o, foi nom •ado em -virtude de concurso para axercer esse lugar Pedro da Cunha Junior, e em consequencia tlf haver fallecido o anti_go íns1)ector de aimnnos, foi ultimamente nomeado para este c;irgo João .\ntonio da Paixão. O servente do lyc(•o, que tamlJein exerce o mesnw mister na bibiiotheca pubfica e no muzeu paraense, t•1n Yirtude de disposição de uma lei do anno passado, percebe pelos serviços que presta apenas a gratificação de 40/;\000 rs. rnen~:1es; acha o director que, seria de justiça, votasse a Assembléa uma verba ele 800/füOO rs. annuaes para todo esse trabalho . Julga, tambem. inclispensavel que se estabeleça o.u se declare quem deve substituir o porteiro do lyceo nos· seus impedimentos,...– visto como o regulamento é omisso a semelhante respeito . O edificio em que funcciona .a repartição, précisa de alguns repa– ros no telhado e nas vidraças, de caiação e pintura no interior. . Limito-me á esta ligeü-;1 exposição, por não ser possiYel, em tão pouco tempo, a11tes de ter feito o necessario estudo -de todos os re– gub.mentos em vigor. e sempre interrompido com· tantos ramos de serviço publico a que preciso attender, apresentar-vos as medidas mais urgentes de que carece a instrocção publica. O ensino obrigatorio, embora acceito e determinado por lei, não tem produziilo os resultados que tivestes em vista.· Se mesmo n'esta capital, ainda tantos meninos ahi andam vagando sem estarem matri• culados em nenhuma escola, por não haver meios coercitivos que · obriguem a seus paes, tutores ou protectores a obedecerem o pre– ceito legal, podeis fazer idéa do , que se passa no interior, onde ha muitas familias que nem têm residencia certa. Tambem a inspecção das escolas. a cargo dos delegados littera– rios não tem sido efücaz. Seria muito acertpdo adoptar para este fim o systema ctâ fiscalisação por commissões locaes que, pelo me– nos, iria iniciando o povo a tomar por si mesmo interesse em pos– suir boas escolas, não esperando tudo unicamente da acção dó governo, ~ elevando, assim, o elemeuto municipal tão abatido e degenerado. A creação de entrancias nas escolas tem sua conveniencia; uma vez que sejam organisad_as de modo a não constituir uma arma sem– pre levantada contra os professores, a quem e pr.eciso garantir _a •

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