Pará. Provincia. Relatório apresentado a Assembléia Legislativa Provincial na primeira sessão da 19° legislatura pelo Presidente da Provincia do Pará, o Excellentissimo Senhor Doutor Pedro Vicente de Azevedo em 15 de fevereiro de 1874. Pará: Typographia do Diário do Gram Pará, 1874. 95 p.
guem j:Jóde conhecer âs. hcée~l'iidade1: de suà patda e.o tneio de s uppríf►as,~terá de sos êlHlsai• extranhesa desejar eu aindà autori• sação para altt'rar o ensino, 1atilo em nm como em outro gi·áo de :ma classificaçã0. fod:wia, se considrraríles qlle não foram suppridas. ~enão uma pequena parte das exigencias do 111agisterio que se quer aperfeiçoar, que a questão é extensa e offerece variadas ramificações, não recu– sareis rnnceder-me a amplitude ele que careço para providenciar a respeito, e prestar, se 1ne 'fôr possivel, algnm serviço n'esse senti- do ú rnssa adiantada e prosper;i provinda. • Não posso dis·pensar, entretanto, o podernso auxilio de vossa:,; luzes para me senir de guia; pelo que peço que me indiqueis as. vos– sas idt'as e dai-me o frncto dos rossos estmlos. A grande causa da instruc-çãu do povo ~· um assumpto sempre uovo e sempre susceptivel de melhoramentos. A escola é a oflicina , do futuro. Ella tem de decidir da vida das noÇÕBS. Dai ·1uz- aos que se acham na obscuridade; fazei que as classes operarias se desem- , baracem da ignoranda que as atrophia; levantai o espirito publico para os llorisontes que se descobrem ao longe, e teri+, cumprido r. mais sagrada de todas as missões. A questão da escola é a questão du prnfessor. Examinai porque 1 Suissa. os E:~dos-Uniflos flo Norte, a Allemanha e outras nações, apresentam tanto progresso a este respeito, e vereis que em todas ellas os legisladorrs cuiffam eorn zelo e interesse no preparo do pro– fessor. A tarefa do ensino em nosso paiz está em começo. Seu desen– volvimento tem sido fructo unicamente dos ultimos tempos. Ainda temos muitos preceptores que só entendem do antigo reg1men. e que acredHam fazer tudo, empregando uma disciplina mais que ri– gorosa e amedrontando os di:-cipulos, cujas infelligencias são os pri– meiros a embotar, ensinando-lhes pouco e mal, ou, aínita peior, trans– mittindo ao menino vicios e defeitos de grammatica que só uma instrucção superior, que em regra nunca chegam a obter, os poderá corrigir e apagar, com o que, 1·m Yez; de preparadores da mocidà– lle, devem se considerar antes ílesorganisadores do edifkio social. O primeiro cuidado, poi:-. é a habilitação dos mestres; é a direc– ção da officina. Para i::;so. é necessario não só o])rigar esses mes– tres a c_onsegnirem Hias nomeações por concurso O'u exames rigo– rosos, mas lambem offel'ec-c·r-thes os meios de se prepararem para a · profissão. Eis o motivo da creação das escolas norrnaes. Não hasta qne o professor seja instruido. Convém que tenha sido educfülo para a profü~ão: que tenha methodo de ensino, pa– ciencia, r , sobretudo, mr1ita moralidade e reUgião. O mestre é o exemplo ,iYo da escola. -Se quereis consolid<'!LO edificio dos vossos melhoramentos, cuidai de suas bases. O homem previdente, não reproduz a estátua de ouro com pés de barro. inventadá 1~os tempos idos da mythologia. / ,r
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