Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.

-88- l\ào somente sobre a capitnl, mas t::rniliern sobre as ci– dades e villas do interior, convergiram as vistas do governo no se ,tido de vêl-as dotadas das obras as mais indispcnsaveis, iniciando ou concluindo diversas d'ellas, ou promovendo em outras as reparações urgentes reclamadas pelo seu estado ele deleriorac;llo. Em Bragança, Baiao, Faro, Obiclos, Cametá, Breves, Soure e Monte Alegre a acção do governo foi leva– da ('.Otn tal intuito, satisfazendo os interesses locaes. De eleni.do alcance, sem duvida, fot-U'm as auctorizações que o poder legislativo julgou acertado conferir ao meu go– verno para realizar a abertura de estradas diversas, destina– das a facilitar a commu1~icação rapida entre logares de difficil accesso ou de custosos meios de transporte e outros em con– dições mais fa voraveis. A via terrestre pela qual foi rcslabe– leeida a communicação entre a Vigia e a povoaç!\o de Santa Izabel na estrada de Bragança, a de Curuçá ao Abbade, a de Cintra a Malapiquára, como a de Macapá ao Porto Grande, foram incontestavelmente trabalhos €!e utilidade empreheu– didos sob a minha iniciativa. A estrada <lo Castanhal a Curuçá, estudada no inte– resse da colonisaçao, e apenas preparada no primeiro trecho de seu desenvolvimento, assume importancia notavel pelos seus pontos terminaes e pela natureza do sólo fertilíssimo que atravessa, convin<lo incontestavelmente dispôl-a inteira– mente em condições de transito. A estrada que do Castanhal vae ter ao Inhnngapy, a que do Caeté vae terminar no Piriá, reali· das _egualmente para o interesse das Colonias, constituíram melhoramentos consi– deraveis na facilidade de communicações entre os pontos do Estado que ligaram. Considero um dos planos mais interessantes a merecer a cogitaçn,o dos nos<;os homens de governo o que tenha por objecto a combinaçao mais acertada para a ligaçllo das nos– sas vias fluviaes por meio de vias terrestres ferreas ou de ro– dage111, dando accw so á exploração dos productos nas áreas aban lonadas não ribeirinhas, que abrangem a maior superfi– ci ~ <l i Estado, e permittindo a sahida rap ida dos mesmvs pro– dur,l ,~, que valor consiveravel representam. LÍS porque constituiu sempre grande empenho para o meu governo o alargar a somma de conhecirnent"'3 que sobre as zona~ diversas do Estado possam trazer as explorações sci– entificas dirigidas em todos os sentidos. Eis porque, lamentando nao ter assistido ao avançamento ,,,._

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