Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.
-86- poderes pnblicos elo Estado: o povo'.lme,-:lo e proveito~a 11ti– lisaçflo do vasto territorio que os nossos direitos e a capaci– dade e o patriotismo do benemerito cJ3arüo cio Hio BrJnco acaba de restituir ao dorninio brasil,!iro, e que já voltou a fazer parte constituinte do no~so Estado. Quanto á venda rle terras devolutas, a que j:í alraz me refori, será medida acertacb só consentir nella depois de feitas as demarcaçõc's necessarias, maxirne c,o prolon;,samenlo da Estrada de Feno de Bragança e nas zunas proximas. Deve– mos seguir o exemplo do governo americ:rno, que .:;ó ns man– da vender em hasta p11hlica, depois que as commissi'•es pro– fissionacs levantam a planta clo; terrenos, diviclindo-os cm lotes de varias dimensões, segundo se destinam á peqtwna ou á granrle propriedade, ou á industria pastoril. St.·1 intuitivas as vantagens rl'este systema q11e concorre para o augrnento das rendas. e evita, o que vac entre nó;; snccedendo, que, por sim– ples occupação ele alguns p0sseiros clesicliosos e atrawclos, vá a proclucção se eslerilis:inclo, com prr>j11iso elo Eslaclo, cm 2x– r·ellentes terrns já muito valoris,1cl:ls, não só rrns margens da estrada ele ferro, corno cm outrns zonas elo intL~rior. Expostos as3im cs serviços e as questões que s,! prendem ao rn:1gno problcm'..l ela i111111igração e da coloni-:açãn, eslou convencido que ern Yo~sa niticla orienbçüo aclmin islt'illi va rc– reis rp1e só com o seu amplo rlr>scnvolrimento e c;olução p1·a– t.ica se pnrlerá curar dos mais vitnrs interc:;scs da prospera es– tabilidade futura ele nossa:e: inc1 1 1strias . comrnercio e fmança;;, prevenindo c·rises q11c por ,·cHlura nb-s 1·énltarn ainda resultar da cxplornç:10 ele uma unica inclustri~, como é a da cxlrc1cção da horracha. OBRAS PUBLICAS Em um Est~ corno o nosso , cujo desenvolvimento ma– terial apenas se inicia, pode-se as:im dizer, pois que de pou– cgs annos vem o impul,;o a que h:n-cm:1s to lo:; assistidll, pe– sa-í·á ainda fortemente e 11or longo te111pn na vcrba_orçamcnla– rict a de;;pesa desti11:1da a acudir á renlisação rlas obras a; rn r1is indispens:wcis. L De tal modo inrnerios,t sP :-:nrescnLt a exccuç,lo das que apenas se destinam ás rnais urg;ntes e imprescindiveis insta] lações, que sente-se ncc0ssariarnente rctrahido o Governo no emprehendimento de outras q11e, embora de reconhecida con- . ......
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