Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.
-83- la do Governo, terá forçosamente de pesar o sen·içu d8.. colo– nisação sobre as despesas orçamentarias. O que se torna prBciso portanto é promover as me lidas i~dispensaveis para a~p::i.rtilha deste encargo entre q11.1ntos devam colher utiliclade do resullaclo a 4ue farnrece o go– verno. A lei n. 581 de 20 ele Junho de 1898, pela qLul foi aucto– rizarla a fundação dCrncleos suburbanos em diversos muni– cípios do Estado, e a lei n. 738 de 7 ele Abril de 1900 aucto– rizando a transferencia rle administraçào e 111ais serviços dos nucleos suburbanos do Acará, Obidos, Alemq11er e .\Iontc– Alegre ás respectivas Intendencias rnunicipaes, inspiraram-se nessa doulrina, que recommenda a con 1·Pr6encia de todos o;, esforços a esse desenvolvirnento que, se rlüve satisfazer ao in– teresse do Estado, mais de perto satisfaz aos das localidades em que é promoviclo. Os effeitos bencficcs da ima1i;;ração e colonís'.l.ç;to vil.o se manifestando sensivelmente entre nó3, como é fiei! de ver-se da expoé>ição que acabo de faz l~r elo,; pro;;res3os qc1:; se verifi– cam nas nossas colonias e do gnwk desc1woh·imcnlo que o Pará tem exµerimentado nos ultimo,; annos. Já disse, e é verdade rcconlH)cicla, 11ma região de vastns climcnsõcê como a que ahrange o nosso Estado, 11m povo que começa ainda a formar-se, como é o nosso, 1no parle pro– gredi'.'. não pode eng1·andeccr-se sem o concurso de outros povos mais adeantaclq;; ou com inclole e tenclencias de lr,1bal110, quE venham 11ovoar os nossos incullos lerritorios, desbravar as nossas terras, cultivar o solo e crear e levan– tar as nossas industrias. Muitos problemas importantes ternos ahi a surgir desses f,:cundos elementos que a naturez,1 dispoz para a grandeza de nossa viria material, para cs de;,tinos de noss:1 existcncia so– cial, soo o ponlo de vista das industrias, do cornmercio e da riqueza publica, base em que eleve assentar o nos:;o aperfei- çoamento moral e inlellectual. """ Cnmo acontec,) cm toclos os paize,, novos, não podemos marchar nas conquistas do pro6 rc>s,,o e da cirilisaçno sC"r'l1 gran,!es tentativas, 111nitas vezes de resultados falliv ('is, ma'I qu,1si s,•mpre.deixando experienci:is e ensinamentos prnv,·i– to,;o, para cmprl·hr•nrlimentns :n ,1is <l e('. isiv::is. 8stá neste easo o prnblema ela imrnigração e colonisaçüo entre nós. N:i.o podemos i111medialamc11te conse~uir os resul– L.1dos que elle ckv,; dar~nos, e leremos 111esmo de sacrificar· ;.:.,
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