Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.

-82- superiores; se, demais, não i•xiste inco111palibilidade entre o trabalho reqnerido pela i11duslria exlradirn e o trabalho ngri– cola, seja porque i.1s poucas horas de ~!)rriço por aquella rc• clamadas 11:10 crnbaracern a applicaçi'rô individual á ngricul– !ura nas demais horas do cli:1, sPja porque ,1 ' fertilidade in– dicada exige pal'a esta u111 111ini1110 L'sforçu; o principal dever dos poderes publicas é garantir o fulurn PCOrtomico do E,– taclo animando O rspirito individual pnra :1 applil;açào de todos os elementos capazes de gerar csst! des'l~nvolvilnento ou que se destinem ao benefü.:iarncnlo dos produdos. A lei de 21 de Junho proc-urou satisfazer larg-amr!tile esse intuito. Durnntc o meu ~·overno tive o prazer de ver despertar-se es;:a iniciativa, concorrendo diversos particnl.1res para a fun– dação de eslahülcci11wnlos induslria0s convcnienlemenlc dis– postos de modci a prL'Starem utilidade ás zonas agrícolas em yue for;i rn insta] lados. O interesse co1nrnttm dos proprios colonos não ficou aquem d'e,;sc esforço particuh;r: usinas diversas vieram con– tribuir, favorecidas pelo Governo, para o aproveihimento dos produclos das colonias, que sem ellcs seriam irremissivelmen– te perdidos. fütrgos agricolas in,tituidos com o fim de favorecer as pequenas propriedarles ru ra<':- ligarias :ios estabelecimen I os centraes proc-ma:·,1111 dar aclividade á lavoura , e á industri.1, promovendo, por siw vez, ;i animação da agricultura. A transformaçrw que precisn opernr-se da · acção eslinrn– lada pC'lo Governo e a q,w deve dPrivar do interesse parlicu– la1·, não póde deixar de ser lenl:1, e111 vista do abandono em que jazia a ;igricullura. Sfltnenl1: r!Ppois d~: manifo;;tados os resultados vanf~1jo,-ns que neeess;1ria111er,le virão coroar o~ es– forços dos que se lern abnl.11Jçado áqnellPs utei.s emprehendi– rnen:os, succecl,,•r se-ão, srm ctuvida, novos esforço!! e anima– dos ele maiores c;ir 1 itae;:. A' medida que a inici;1lirn incliridual vá .1s::;irn entrando em acçilo, irá se rr•trahindo a af'çüo governamental que na.o pó' e ser permanente. Emquanto o gráu de prosperidade e o numero dos esla– beleciinentos particulares agricnlas ou industriaes nflo assu– mir ascendencia tal que a rxigcncia dos braços para o traba– lho os obrignc ao encargo da installaç:10 dos i:nrnigrantcs, ou permitta vantagens L.ies que possatn c::;ks isantar-se da lute- f

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