Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.

-81- · Bem cedo foi ·rec;onhecida a impossibil idade de dàf ili.– leira execução á lei quanto ao modo de auxiliar a man u te n– Çãfi'd'esses cx!rang·eiros nos primeiros tempos da insfailação: a concessão 1we11niaria para Pssc fim estabelecida foi subsli_-– l!lida pelo l'urneciu,ettlu dos gern~rr1s destinados ;Í 1nn,nulc1i çrw, rcsn!lunrlu por c:ous,.•~uinle u;n accrcscimo dé despesa. Por oulr-o ludo a reclarn,tçi'io de fovorcs por par[f' de na– cio11acs nppa1·(\:·ia n \.,.,,sce1tl(•n1c11le e a desigualdade ck condi – ções cstab,:lccicla e11lrc cslcs e os cxlrangcirns rlesperl.a-va ani,nosidades contra a prcf'ercnci,i supposla injtHlificavel. O exame de l.orbs estas ci1·cm11slan<.;ias nioti\·ou a lei Ll. ,'):3;3, cm qm' as !J:1ses lon1111 Jixadas para .o serviço geral,accei– !;rndo em ideiilic,1s co:irliçü0s ta11lo os immigrc111tr:s exl ran– g-eiros corno os nacionacs que pretendessem localisar-se conío a8ricultorcs no Estado. O modo pelo qn,1l devi,1rn ser distribnidos os favo r es pres– !arlos pelo Esfa<io foi estabelecido com inteiro rigor tanto 1ia1·;1 os irnmigrantes fixados nos nncleos coloniaes, como para us que pretendessem eng:.ijar-se cm estabelecimentos parlí cu– lnres ou estabelecer se por conta propria. O intuito de prnrnover o desenvol\'imento da propriedade agricola ficarn manifesto. Se, por um lado, ao governo era dado o encargo de estimular esse c1escnvolvimenlo pela ercação cios nuclr!c>s agricolris em que as pequenas proprie– rladc,s rmaes viriam a constilt1ir agrupamentos valiosos, cuja prosµeridade depencler.:..C1 do e;;forço mutuo dos proprios co– ion-os e do nwlhor modo ele rcrnlver a troca ou beneficia– mento dos productos a~ricolas, permi!tindo a sua rapida sa– ltid,1 pelos 1neios mais prnmptos de viação, ou a sua u lil aµ– plieai;rw µela ligaçiio a estabelecimentos inclustriaes, por outro lado . proc11rava-se rlespertar· a iniciativa individual para a e:reilçtio d'esses 1nesmos estabelecimentos, assegurando -lhes vanLagcns cn!lsideraveis não só para a insta llação como para a acquisiçãn dos ag·cntes elo lrab::ilho. \.,,., . Mais do que evidente é hoje que, se a animação r:la agri– cultura ·na mais l:trga escala se imíJõe corno urna necessicla,je impet:scin,livel, afim de que a lroca dos nossos pr-oduc! os ,itwnas se realise tendo por objeclo a importação tlo que entre nós não po&,i.1 ser produzido; se a lém d 'isso 6 um facto in – couleslavt!I qur as corn'lições de fí.'rti!idade do nosso sólo aµrt!Stintam-se de tal mod0 favoravcis que os resullados co– lhidos nos lraball1os agrieolas excedem cxlraordinariarncnlc aos que l'll1 outro, logarcs podem ser ob tidu::i co tn esforços 0--.,

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