Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.
V rlo ar; quantidade e distribuição das chuvas; regirnen elos ventos e das aguas correntes. 3? Esludo elas aguas cabi– das sobre solo irnpermeavel; dren::igeu1; elirninação dos pan– l.anos e utilisação ele suas areas. 4? Exgoltos de malerias fe– caes, aguas servidas e pluviaes. 5? Hygiene das construcções e orientação dos novos arruamentos. Como vedes, é todo um vasto plano, exigindo, antes de se pensar em começar a execução de qual_::;.~~e suas par– tes, criteriosos, profundos e mui demorados estudos, o qne não é possível fazer-se no curto periodo ele alguns mezes. Fiz, porém, quanto me competia: encaminhar devidamente a questão e determinar os estudos necessarios para, ultimados estes, poder o Congresso Legislalivo, com pleno conhecimento de causa, aucturizar mais tarde a sua realização no todo ')U por partes. Jamais achei sensato proceder-se diversamente e, a pro– posito, lembrarei aqui as considerações que já submetti á apreciação d'aquella patriotica assembléa em minha men– sagem de 1 de Fevereiro ele ele 1900 : «E' muito louvavel a impaciencia popular, quando arden– temente pede que tudo se faça de um surto, como nos appa– ratosos scenarios dos prestidigitadores. São-lhe, porém, <'!es– conhecidas as difficuldades do problema, e o que lhe parece á primeira vista facil de resolver-o saneamento de uma grande cidade-é nada menos que um desideratum para a sciencia actual. Não podia, poiê, o governo emprehender levianamente a conslrucção de obras dispendiosissirnas e impraticaveis com os recursos ordinarios do orçamento, sem previamente medir o alcance e as vanbgens do plano a adaptar-se, qne ex ige es– tudos positivos e especiaes e mui demorada elaboração. A quem observa a situação da capital do Estado e recor– da a importancia que perante o hygienista assume 2sta cir– cumstancia a que se prende poderosamente a salubrictade p\1blica em qualquer'tidade, não passarão despercebidas as ponderações judiciosas de Fonsagrives quando referindo-se ás cidades fluviaes, dizia : «As cidades que occupam ilhas nos rios, ou aqutllas que por tres lados são por estes estreitadas, são cidade" humidas e demais expostas, se não possuírem cáes convenieÍ1temente estabelecidos e um bom systema de exgottos, a todos os in– convenienles de urna infecção putrida, aggravada ainda pelos estabelecimentos industriaes que encontram vantagens com-
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