Relatório apresentado ao Governo do Estado Exm° Sr° Dr. Augusto Montenegro pelo Dr. José Paes de Carvalho ao deixar a administração em 1° de fevereiro de 1901. Belém: Imprensa Official, 1901. 123 p.
~ioi- mento e prosperidade pal'a, a colonisação e para a agricul- tura. (, Proseguir cm trabalhos de tanto alcance pn,ra o nosso futuro agricola, industrial e economico, é 11m dos melhores 8ervi~.os que podemos prestar aos progre.ssos do R-;tado. SERVIÇO DE SEGURANÇ.\ PUBLH~A TJrna trislt~ vl'r1L1de que tr,1z em sohresalto os espiriL,s que seriamente se prt>occuparn com a solução cios momen– tosos prublt:mas concernentes ás concliçõL'S de vida e dese11- volvirnenlo ' dos Estados, é que !orlas iis clisciµlinas so,'itws debale111-se n'uma alrnosphera de pessimismo e eslel'i lidad e, indicaliv., da existl'ncia de profundas e complexas perturba– ções que trabalham o organismo social. Na csphera economica, as doutrinas que estudam a vida organicn ela sociefade, pregadas com o ardo1· proprio de es– pi•,itos fortemente apaixonados, vão arr:.1stando o porn a juizos erroneos, a opiniões sulwersivas da ordetu estabele– cida. Na esphera juriclica, a par de legislações que nem sem– pre consultam a indole e as netessidades dos povos cujas relações 'pretendem rPr:,,ular e disciplinar, decisões judiciarias ha, principalmente r:om relação a certas categorias de crimes, que revelam da parte elos jurados completa ausencia do senso juridico ou sua perversf10. Na esphera politica, o principio de audoridad,,, que é o elemento constitutivo de todo o organisn10 social, sente-se assaltado por este sopro de anan:hia que pretende negar a sua leiitirnidade e desrnnhecer a sua ne:essidacle. O sentimento religioso, enfraquecido vem a compelen– te cultura, deixou de ser a origem de uma das mais fortes disciplinas mora1•s. v O falseamento do mclhodo no estudo dos µhcnomenos sociaes muito tem concorrido para este dcploravel estaclo dos cspiritos qun,_por cal'erwia ele base scienti(fra a respeito da natureza ela sociedade, de su.1 organisaçFw e dl'stinos, re:,;pi– ram esse tornwntoso ambie11te de erres P preconceitos. O poder publico Lcm necessidade dê s~;r for·tc pela per– feição de sua organisação, 1wla regularidade ele seu funccio– namenlo, pela ophnão que t·t>prescnta, pPla consciencia de
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