Relatório apresentado à Assembleia Legislativa Provincial na segunda sessão da 17ª legislatura pelo Dr. Abel Graça Presidente da Província em 15 de agosto de 1871. Pará: Typ. do Diário do Gram - Pará, 1871. 71 p.

( 54 ) :ficuldades para a popufação, que além da epidemia reinante luta com à carestia elevada dos generos de primeira necessidade, cumpre-lhe ,Lo con– tra.rio empregar o seu auxilio em beneficio das classes menos favorecidas da fortuna. Accresce ainda que nemlmm prejuizo resulta para os cofres geraes com a acceitação da proposta alludida,; porque, se a fazenda tivesse de fazer por sua conta o transporte do gado, ou havia de sujeitar-se aos mesmos onus, ou, se não se quisesse sujeitar deixaria de vendel-o; porque como v. s. verbalmente me tem dito, as fazendas naeionaes não têem meios de reunir bois e transportal-os, e antes da crise a fazenda vendia o gado por menos preço elo que vende actualmente ainda mesmo sujeitandc– se ás mencionadas despezas. A pprovando, pois, a proposta para a compra de bois somente, por que não convem que s~jão exportadas as vaccas, póde v. s. fazer o con– tracto com os referidos Penna & Filhos, na fórma do seu citadoJ officio. -Deus guarde a v. s.-ABEL GRAÇA.-Sr. inspector da thesouraria de fazenda. >i Tratando d'este i:rpportante assumpto devo dizer-vos que em execução á lei por vós votada o anno passado, o sr. , co– nego Siqueira Mendes, quando se achava na presidencin., contractou a navegação a vapor para transporte de gado cfa Ilha de Marajó para esta capital. Mas pelo que acaba de dar-se, com relação á escassez de carne, vê-se :·que não é a falta de transporte breve e com– modo, que dá lugar a que sse primeiro genero de alimenta– ção torne-se carissimo e máo entre nós. Outras causas existentes mesmo em Marajó, . como n. mo– lestia que ali dá na cavallaria e. a innundaçã.o que o inverno causa nos campos das fazendas , deYeriam ser removidas de preferencia. Entretanto o fntnro mostrará se tenho ou não razão. CAMARAS 1\lüNICIPAES. O poder municipal esM, entre nós completamente limi– tado , sem meios de acção e sem existencia propria. As nossas leis em vigor collocarn as camaras municipaes na dependencia do governo da provincia e das assembléas pro– vinciaes, á ponto de nada ellas poderem fazer sem solicitar a approvação da presidencia ou do corpo legislatiYo pro– vincial. Isto é um grande mal. As camaras rnunicipaes deviam t er á seu cargo. a rea– lisaçào de certa necessidades do municipios qne repre- •

RkJQdWJsaXNoZXIy MjU4NjU0