PARÁ. Secretaria do Governo do Estado. Relatório apresentado ao governado do estado pelo secretario Manoel Baena em janeiro de 1897. Pará: Typ. do Diário Official, 1897. 288 p.

-279- augmento de construcção, que aiguns chegam a dizer esp1ntoso, até agora nlo conscguio dará cidade mais de 10.706 predios, dos quacs 684 deshabitados e B.351 simples barracas e telheiros. Por maior que seja o engano dos que julgam enorme a população de Be– lcm, ninguem affirmará. que ella vive agglomerada nas casas como aJontece nas grandes eidades; ju,;tamente porque as exigencias da vida aqui, ainda não silo apertadas, a tendencü1 geral é para cada um viver n sua vontade, rasão pela qual na claf'se media não está introduzido o re,ginien das casas de pensiio e nas camadas inferiores o dos cortiços com o accumulo de gente proprio das cidades pop:ilosas. Isto posto, e espalhada como é a população, não podemos absolutamente contar uma media de 10 habitantes por cada casa, unica maneira de obter 100:000 almas com 10.000 habitaçõ , s como. temos. O recenseamento de l 872 encontrou no município de Belem 63.465 almas. N'esse tempo pertenciam-lhe ainda S. Domingos e Acará, contando 8.775 habitantos e hoje ereutos em municípios independentes; a capital, a séde do município, comprehendendo as parc,chias da Sé, Sant'Anna, Trindade e N~zareth , continh1 apenas 3-!.464. incluindo se □'estas, Jogares como Pinhei– ro, Ilha da; Onças, J anipahuba, Caraparú etc., que ~ommavam mais de 5.000 almas, e qne agora foram recenseados a parte. Conseguintemente não c,mtando eL~ 1872 a área urbana d3 capital, nem 30.000 almas, mesmo com grande des– envolvimento não podia em 24 annos ter mais do que apresento, isto é, 60.000 almas. Na parto do A nn uario relativa a este assumpto, trn:i opportunidade de explanai-o mais minuciosament,e como conrém. Acha se pois concluída em soffriveis condições a mais importante tarefa commettida a esta Directoria, e qne deve servir de ponto basico ás comparações com os outros trabalhos que ella organisar. A maio.r difficuldade que tenl10 enc5mtrado, e que não me canço de rcla– hr ao Governo, é a colheita de elementos, o que eolloca-me n'uma dependen– cia absoluta de .,utros departamentos administrativos e até de simples particu– Ltres, visto que até ag<>ra, apesar do meu continuo esforço, difficilmcntc resol– vem-se á mandar expont:rneamcnte os dados de que carecemos. Em tempo relatarL·Í por miudo todos os tropeços que se me tem deparado, bastando por agora, nol.ar qae o município de Anajás desde 1893, a despeito de constantes requi~ições minhas, de terminantes recnmmendações do Governo e até de pedidos particulares, ainda não mandou um só dos balancetes de sua receita e de~peza. Finalmente, interr ,mpc a Dircctoria, trabalhos interessantes, ou porque os dados <]Ue chega a obter sãfl incompletos, ou porque a sua fonte de informa . ções falha quando 1uenos e,pera-se. Tudavia apruvl'Ítanrlo a regulari,]ade relat.iv ,1 de certos serviços, a reparti– ção com o S811 ,,xiguo pcs,oal ha conseguido após muitas delongas preparar para o proximo numtro do Annuario serviços comi) estes, aos quaes tem presi– dido escrupulosa exactidão : i\Iappas da producção do Estado, relativos a 1893, 1894 e 1895; dito:;; de exportação dos mesmos annos ; ditos das embarcações entradas e '-

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