PARÁ. Secretaria do Governo do Estado. Relatório apresentado ao governado do estado pelo secretario Manoel Baena em janeiro de 1897. Pará: Typ. do Diário Official, 1897. 288 p.

-276- dores recahio sobre pessoas capazes, que inspiram toda confiança a respeito do resultado do serviço, alem de quti, tratando-se de interesse tambem municipal conto que sereis incansavel pelo bom· exito do recenseamento, quer dando todas as explicações aos ag;entcs, quer velando para que elles se desempenhem com actividade e, sol:-re tudo, com a nnis escrupulosa verdade, de modo que o recen– seamento de 1896 seja de uma exactidão honrosa para o Estado d•J Pará em geral e particuiarmente aos seus municipius. Uma vez recebidos por vós, devidamente enchidos, todos os mappas con– fiados aos agentes recenseadores, vos ~ervircis de fazer um pequeno relatorio comprehendendo a divisão do município em di,tricto~, nomes dos agentes. as diversas occorrencias havidc1s em relação ao serviço, e eBpecialmente o modo pelo qual 0s agentes desernpenh 0 ,rem-se, afim de reconhecer-se a dedicaç,w Jc cada um. Q11anto {1 remuneração, concluidJ o traballi'). serão dadas as conve– nientes provideneias para o respectivo p1ganunto por vo3s0 int,JrmJdio. l'ara maior segurança da remessa irão os mappas pelo correio e soJ r~gistro, e pJc;o– vos que sem dempra accuseis o recebimJnto delle;;. Terminawlo, novamrnt,e vos signifioo a confiança absoluta que tenho no vosso intelligente e patriotico esforço para a realisação do recenseamento.» Como era de prever, e antecipadamente observaram me algun9 Intendentes Municipaes, não foi possível começar em toda p:u·te o serviço rigorosamente a 24 de Fevereiro; todavia creio que o poder executi\O municipal não descci– dou-se no cumprimento da tarefa que acceitou, e assim desde meado de Março chegaram os primeiros mappas do interior, começando pelo~ de Ponta de Pe– dras e seguindo-se lhes os de Quatipurú, Ourem, Collal'lls, Mocajuba, São Do– mingos da Bôa-Vista, Prainha, etc. até o, de Baião e Itaituba, que, em conse– quencia das suas grandes distancias cncachoeiradas, ain la não nicolheram todos os mappas, sendo que de Baião falt:1111 apenas os d,1do, de nm distrieto e de Itaituba os de 20. De Macap,í, o prJpri,i Intendente, em officio n. 150, de 15 de Julho, confe3sou que o reccnseunento procedido no municipio estava a quem da verJad<J, e para isso npr~sentwa r,1zõ 1s, alias improce– dentes, visto que no tocante a despez1s, procurei facilitar tudo au Governo Municipal. Tentei remediar a falta , j{L por acção direct1 desta repartiçã0, já diri– gindo-me a v. exc. como vê-se de um officio n. JU2 de 1O de A~osto do anno passado. Não sei officialmcntc que providenc.;ias ha tom ,do o Intendente Municipal, mas o sr. deputado Joaquim Francisco de }Ien lon ;a J uui0r assegurou-me que, não sómente aquelle funccionario não deixou de responder o meu officio de 21 de Julho de 1896, como trabalha para realis1r um recenseamento exacto da população do seu município. De Itaituba, os mappas até agora recebidos em numero de 17 estão visi– velmente muito longe da realidade. A e.ste respeito garantio-me o sr. deputado José Joaquim de Moraes Sarmento, Intendente d'aquelle município, que o serviço censitario nas cachoeiras é difficil e perigoso e que o pessoal escasso que pode desempenhai-o é avesso a trabalhos desta natureza, de maneira que o unico mei9 de recensear a população do município, pa~sante de dez mil almas, é con– tractar o serviço com um só individuo, idoneo. Neste assu_:npto nlo podendo eu suverintender o serviço do interior, tenho •

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