Relatório com que o excellentissimo senhor presidente da provincia Conselheiro José Bento da Cunha Figueiredo entregou a administração da Provincia do Gram - Pará ao excellentissimo Senhor 2° vice - presidente Coronel Miguel Antonio Pinto Guimarães em 16 de maio de 1869. Pará: Typographia do Diario do Grama - Pará, 1869. 60 p.
(8) cemiterio da freguezia do Capim; dito do l\fojú; atterro do eúes entre o casteflqjl e o Ver-o-pezo; telheiro e augmento da Ponte de Pedra; reparos da igreja ma– triz de Mazagão, e da gradaria do Jardim Publico; atterro e escada.ria da doca. do Ver-o-pezo. As que mandei come~ar.-Palacete, no largo do ·palacio d~ governo . Como v. exc. sabe, um dos meos antecessores, o fallecido conselheiro Antonio Coelho de Sá e Albuquerque , havia em 1860 mandado lançar os fundamentos de uma grande ca,sa, destinada para as sessões da asssembléa provincial, e ser– viço de diversas repartições publicas. Depois de se haver gasto 114:267$118 ( ..zéis ficou a obra condemnada e alicerces. · Não tanto por aproveitar esse dinheiro perdido, e o que se havia de perdei~ infallivelmente com a indemnisação do terreno~em que fôra edificada, como e sobre tudo pela necessidade de dar uma sala nobre á assembléa provincial, e alojamento a repartições, que estão inteiramente deslocadas em edificios em– prestados ou alugados,•entendi de summa conveniencia mandar continuar essa; edificação, que de mais a mais terá de ornar a bella praça do palacio do gover– no, com muito proveito da boa ordem do expediente publico de diversas repar– tições, qne n'este caso ficarão contiguas ao mesmo palacio. Esta obra, que a principio foi feita por administração, acha-se hoje arrematada , documento n .º 8·. Theatr o pubUco.-Em uma capital tão adiantada e opulenta, eomo j á é ai do Gram-Pará, não podia-se mais tolerar a falta de um estabelecimento de publi– ca distracção, que , sendo bem regulado , pode ser tambem instructivo e constituir certa fonte de receita provincinl. Prevalecendo-me da au torisação da assembléa. provincial, constante da lei n. 574 de 14 de outubro de ! 868 tratei logo de fun– dar na praça de Pedro II o theatro publico com a invocação de Nossa Senhora, l da Paz, em commemoração dos triumphos das nossas armas no Paraguay; trium– phos, que necessariamente nos deverião trazer as delicias de uma paz honrosa e desejada por todo o coração bem formado. A )rOYeitando_o plano do habil en- genheiro José Tifmrcio Pereira de ::Uag~!ks e a mittindo algumas correcções feitas pela repartição das oln·as pu 1cas, ~ i~i~ _Q.faa nor adminis'- j r ação, tendo sidoJ ançada a pedra fundamental no dia e março ultimo, e ar- r emaTuda posteriormente por pessoa, que não~ eço pessoalmente; mas que pode dar conta de si, como me informão, documento nº. 9. Poupei os 70:000$000 r éis, que o ar t. 18 § 8.º ela lei provincial n .º 545 tinh[t destinado para desapropriação do terreno para a edifi cação do theatro, que aliás ficou assentado no melhor lugar, sem dispendio algum da proYincia. Poupei tambem 20:000$000 réis, que pela leipron.ncial n. 0 593 se mandou dar para. refazer o theatrinho Providencia. Novo cães de Bele1n e Imperador.-0 actuaI cáes de marinha, imper– feito e carcomido como se acha, é todavia uma_obra de primeira necessidade para o commercio. O augm nto ra ido da navegação fluyial , a deficiencia de predios ou armazens 'p?oprios para recolher as mercadori as em lugares proxi– mos ao desembarque, tudo concorria para que fossem pedido por aforamento os terrenos de marinha 1 fronteiros ao dito cáes: mas esses pedidos parciaes tra– i·ião provavelmente a de.,ordem no trafego e economia do parto}porque os par– ti culares não edificariào senão com o arbítrio dos seos inter es es, sacrificando e destruindo a symetria do eáes antigo sem proYeito ger al de todo o commercio·, e em detrimento do aformoseamento e commodidade do porto. Depois de ter sido atormentado por alguns pretendentes a esses t errenos 7 mandei r eunir todos os requerimentos , e concebi a ideia de satisfazer a todos sim, mas tendo a mira no interesse da proYincia. Incumbi ao engenheiro T i– b urcio de levanta,r uma planta e orçamento de um nç,vo eáes ger al desde a
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