Relatório com que o excellentissimo senhor presidente da provincia Conselheiro José Bento da Cunha Figueiredo entregou a administração da Provincia do Gram - Pará ao excellentissimo Senhor 2° vice - presidente Coronel Miguel Antonio Pinto Guimarães em 16 de maio de 1869. Pará: Typographia do Diario do Grama - Pará, 1869. 60 p.
-32- para outro mais conveniente, e rogo a V. Rxc. ª que se digne de tomar o dito officio na con– ~ideração que merecer.-Deos Guarde a V . Exc.ª-- Illm. º e Exm. 0 Sr. Conselheiro Viscon-– . de de Itaborahy, lVIinistro e Secretario d'Estado dos Negocios da Fazencla.-José Bento da Cunha Figueiredo-Conforme. -0 official-maior, Antomo dos Passos lVIiranda. , Copla.-N.º 14.-3." SECÇÃo.-Palacio elo Governo dà Província do Pará, 7 de J~– neiro ele 1869.-Illm. e Exm. S1'.--Passando ás mãos de V. Exc.ª o relatorio que dirige'· a esse lVIinisterio o Capitão ele Fragata, Inspector do Arsenal de Marinha desta Província, poucas considerações tenho a lhe accrescentar, pois que sobre este ramo elo serviço forão· minuciosas e verdadeiras as informações ministradas, e resta-me tão somente instar pela aclopção das medidas reclamadas. O Arsenal de l\Iarinha desta Província, pela natureza dos serviços que reclaina a segu– rança do Paiz, deve ser montado completamente com o pessoal e machinas, que cantão os me– lhores do Imperio, e o eleve ser ainda pelo auxilio qu~ virá a prestar aos estabelecimentos deste gen!3ro, fornecenclo"lhes madeiras e outros artigos para construcção naval. . Até agora todos os meios, que offerece a Província para facilitar as construcções navaes, teem sido desaproveitados a tal ponto, que o estabelecimento não t em sequer o numero preciso de embarcações miudas para o seu serviço. Como sabe V. Exc.a, o Governo t em nesta Província, e á pequena distancia elo Arsenal de :Marinha, mattas vastíssimas e contendo as melhores qualidades ele madeiras d.e construcção, ç quasi .todas á margem dos rios. Preparal-as, g uardal-as convenientemPnte, ouremettel-as para outros Arsenaes, seria, aproveitando melhor os recursos do Paiz, economisar grande– mente sommas que se pagão ao estrangeiro por esse artigo. Occorre ainda que o grande desenvolvimento da navegação nas águas desta Província e as ribeirinhas limitrophes pede aqui um estabelecimento, que seja como uma escóla de construcção, e auxilie os pequenos, que começão a existir mantidos pelo commercio. · Actualmente o Arsenal de ~farinha do Pará mtú pouco, ou quasi nada aproveita acr serviço publico; devidamente montado virá a ser de uma utilidade inealeulavel. - Deus Guarde a V. Exc."- Illm O e Exm.º Sr. Conselheiro Barão ele Cotegipe, l\1inistro e Secre-· tario cl'Estaclo dos Negocios da lVIarinha.~-José Bento da Cwihci Figueiredo.-Conforme.- 0 official-maior, Antonio dos Passos l'IIiranda. Copia.-nlm.º e Exm.º Snr.-Depois ele ter trabalhado seís annos paro attrahir O' Mmmercio ele Goyaz ao Pará, consegui collocar um vapor acima elas cachoeiras para fazer · e set"viço .nas clusentas logoas mais ou menos que o Araguaya tem desembaraçadas, ·e a en– caminhar canôas que lotão ele mil a duas mil arrobas para aquelle rio. Navegada a vapor essa secção, um bote ele duas mil arroba:s gasta na nagem redonda. do Pará a L eopolclina ( que fica a trinta legoas de Goyaz) 2:000jOO() réis, que com mais 2:0006000 réis que despendem as c~u:gas até á capital, dão a despeza total de 4:000i$000 réis ou 26000 por arroba. As mesmas 2:000 arrobas nndas do Rio de Janeiro fazem a despeza de· 24:000)00()– réis, ou 12aooo por arroba. E' claro poi_, que o commercio de Goyaz se encaminhará ao Pará, pois não é possível concurrencia entre frete::, dos quaes um importa em 4:000JOOO, e o outro em 24:00015000 réis para o mesmo pezo. O Governo ele l\fatto-Grosso entendeu, porém. em sua sabedoria que devia suspender o .soldo á guarnição do navio, o que eqtúvale a inutilisal- o. Com isso matava-se a idéa na occasião em que me parecia estar realisada. Não po~· d.endo e nem devendo r csign.ar- me a vêr suffocacla uma empreza., de cuja. utilidade eiit-OQ
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