Revista do Ensino - v.1, n.6, 15 fev 1912

362 . REVISTA DO ENSINO perimentador domina, por assim dizer, o. phen6men_o que provoca; seu principal meio de a~ir, s~~ ma1: fecundo instru- mento de pesquisa e de anályse 0 a v1vIS~cçao. . · A facilidad e do méthodo fel-o quás1 exclusivo em phy- . l ·a e na arte de curar di rige todo o movimento moderno, Sl O o g 1 , , ' · t ! em diagnóstic~ e em ther apêut ica, com a med icina exper 1men a · Alçou inda mais al ém o seu prestígio, penetrando em psycho– logia, e empós na ar te, com o romance experiment~l ?e ~ola, e, em r eligião, com a Hist61'ia das 9eigens do Chns t1amsmo, de Rénan. () terceiro méthodo é a exploração pathológica . Segundo um princípio de Broussais, o es tacló pathol6- gico não differe radicalmen te do es tado physiol6gico, em rel:1 - ção ao qua l não pode cons tituir, sob qualquer aspecto, senao um simples prolongamento mais ou menos extenso dos limites de variação, seja superiores, seja infe r iores, próprios a cada phen6meno do .organismo normal, sem jamais produzir phen6- menos verdadeiramen te novos, que não tenham, em um certo grau, seus análogos puramente phys iol6gicos . D'ahi, o feito de serem os phon6menos mórbidos emi– nentemente próprios a aperfe içoar os estudos rela tivos ao estado normal. A compa1·ação, o mais indirecto e difficil dos méthodos biológicos, é especial á Biolog ia, e, ao lado da doutrina, é o característico de sua autonomia. E ' sómente no estudo, quer estático , quer dynámico, dos corpos vivos que a arte compa– rativa pode tomar o desenvolvimento que a caracteriza. Sob o ponto de vista puramente anatómico, todos os organismos possíveis, as partes quaesquer de cada org an ismo, e os diver sos estados de cada qual apresentam um fundo com– mum de estructura e de composição, d 'onde procedem neces– sariamente as diver sas organi zações mais ou menos secundárias que constituem os tecidos, os órgãos, os apparelhos. . Da _mesma maneira, sob o aspecto physio16g ico, todos os seres vivos, desde a ameba ao homem, considerados em to– dos os actos e em todas as épocas de sua existência, são essencialmente dotados d 'uma certa vitalidade commum , a irri– tabilidade, primeiro fundamento indispensavel dos innúmeros phenómenos que os carac terizam gradualmente. . Os q~e têm criticado a theoria da evolução ou tr ansfor- mismo, os tr1bam-se sobretudo no caracter artificial da experi-

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