Revista do Ensino - v.1, n.6, 15 fev 1912

REVISTA DO ENSINO 381 . offerece de prog ramma . .A reforma da Escola Normal, no que ella mais 1mp~rt~nt~, se r esume na boa o rganisação do de cada d1sc1plma e no methodo de ensinal-o. Deve_ ser mant\do o c\lrso em 4 annos; pois para en– curtal-o sena necessano r eduzir o numero de materias, defic i– entando a cultura do professor, que antes deve de ser alargada com o estudo desenvolvido de noções de cousas e com os de . ' canto e gymnastica , matenas comprehe ndiclas no curso pri - maria e de qu e o normal não cuida. Para ministral-as não se faz mister senão o acrescimo de duas cadeinis, porque as noções de cousas podem ser lec– cionadas na cadeira de pedagogia. Esta materi a, uma das mais importantes do curso nor– mal, deve merecer especia l cuidado no seu ens inamento . Li algures que por toda parte esta disciplina é a mais negligenciada, ape~ar de esta r a ~rte de ensinar subme"ttida a r egras, que é preciso estu_dar seriamente, porque são ellas que dão aos mestres o conhecimento e a pratica dos melhores me- thod0s. ão conheço organisação do curso normal, em paiz al- gum adiant ado, que_não ~omp_rebenda o ensino de c~nto. Elle hoje integra e ensrno pnmano e exerce poderosa influencia no espirita da puericia. A gymnastica, praticada como vae sendo nas escoia~ prima ri ;:;.s, é elem~nto de yalor e_le·1aclo na edu cação physica das crianças; e _sena u~n .crime deixar esta_ des~urada. . Seria curioso ex igir dos mes tres pnmanos o ens1110 de canto e gymnastica, · nã.9 se ~ompr~b endend? no c~rs_o yior– mal a aprendizagem de tao uteis, qua-o recreativas d1sc1phnas. , Um dos óbices que se antepõem a uma reforma vanta– josa do ensino no rmal entre nós, é a defic ien~ia de espaço no edificio que serve a e~se _fim. Apesar de ampli ado na admi– nistração passada, o pred1_0 arnda se re~ent e de certa ~streiteza, qu e não permitte dar maior desenvol vimento ao ens rno. Não estivesse a p~rte terrea occupada pelo 3.º g rupo es– colar, destin: do á prat ica dos alumn~s-mest res , podessemos cn trega l-o á E:,co la No rm a!, gn nhar-se-1a espaço nccessa rio ao desd bramento de um mà1s vasto programma de e nsin o. Te– mos que curva~-nos an te es ta impussibi lidãdc,_p rque n O dis- pomos de predw para onde ?ºs~a s~_r transfen<l o grupo, nem elo seu concurso podemos p1escrndu . . Sua utilidade para as au las praticas, nas quaes ensaiarão 0 exer cicio da p1ofissãC? de mestre ~guelles que a ella se des– tinam , é manifesta, assim s~ o pr::Jtlque séria e proficuamente. A falta de accomodaçao amp la no ed ifici o J a Escola di- fücultará o _ensino da gy1ni1astica e do canto , que deve' ser ministrado em commum . Não podemos, se i-o bem, collocar nossa Escola Normal em nivel igual a outras que funccionam em pontos adiantados

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