Revista do Ensino - v.1, n.6, 15 fev 1912

REVISTA DO ENSINO 373 Parece -me que têm_, e é uma oração ele gerundio , como aquele cantando, elo exrmplo de Camõis . Não compreendo, pois, porque não se separam essas oraçõis sobord inadas de g8rundio , destacando-se, no entanto, das princip ais as subordinadas adj etivas e substantivas. Pelo que se vê, não ha coerencia nem Ioj ica. Argumentam que essas oraçõis de infinitivos e de par– ticípios são meros adjuntos adverbiais. Sem querer combater esse argumento, eu faço umas simples perguntas: -As clauzulas adjetivas não são tambem méros adjun– tos atributivos? Por que se não separam as oraçõis participais e infini– tivas da principal, quando as adjetivas e substanti vas ficam á parte? Falem os en tendidos na materia, que eu sou simples– mente um dicipulo. Manáus-1912. Teodoro Rodrigues. ~~)Jiil> CURIOSIDADES SCIENTÍFICAS Côres protectoras dos animaes A côr dns auimaes é muito vár ia e de lon go tempo já se ha notado que ella està em relação colll o seu modo de vivêr. Assim é, que os ani– maes habitantes das r eg iões áridas e arenosas, como o camello, o leão, os antípodas, ves tem-se de _uma _libré fid va. Em sua memória sôbre a Omitho– logia do norte da Áfrz~a,_ dtz Trtstam que 110 ~cserto, onde não lia ~em árvores nem bosques, e cuJa 1gual_clade de terreno na? o_flereco o menor abrigo , os animaes têm absoluta necesstdade de serem ass1m1lados pela côr, ao solo sobre O qual vivem. Acon tece que a p!tunagem da par te superior de todos os pássaros, sem nenhuma excepi;-ão. como tambem os pello~ ele todos os mamíferos e a pelle de todas as serpentes e lagartos, sào duma mesma côr - amarella queimada. Wallace demonstrou, com numerosos exemplos, que uma grande quanti– dade de animaes deve á côr ele suas vés tias uma efficaz protecção: estas c{) res p1·ot6ctoras serven:-lhes para s~ esconderem d?s seus inimigos. J á se havia notado que os ammaes que v ivem num ambi ente branco, uum pais coberto de novo, por exemplo, reves tem-se as mais das vezes, de côr branca que os favorece, ora para. fug-irem de seus inimi gos, ou ainda, na hypóthese de serem carnívoros, pa.ra lhes permittir de se dissimularem dos

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