Revista do Ensino - v.1, n.6, 15 fev 1912
. 366 REVISTA DO E NSINO por sua composição, mas de maior fluidez, taes como ~s tl'achytes, os basal tos, as obsidianas , substáncias mineraes que se npproxmrnm, 1elo seu aepe– cto, das lavas vulcánicas modernas. Não sendo intenção nossa especializar- nos em mineralogia, não nos al ongaremos sobre os caracteres parti culares <las roc:bas de qtie acabamos de falar ; mas, attendendo ás sing ularidades que ellas ap resentam, n.itº . nos é possível deixar de dizer algumas palavras sob re as camadas ba,alt1cas, das quaes as mais importan tes, se encon tram em li'rança , no Can tal e no Arcléche. Por um effeito de climi uuição de vol u'!Jc devido ao seu resfriamen to, os basaltos, sol idificando-se, racham-se segt1inclo direcção ver tical, e ess1s ra– chas, entrecrus::rn clo-se de n1 aneira regu lar, recor tam , por assim dizer, a massa total em columuas prismá ticas, e g·eralmente hexagr,uaes, que se apre– sentam mui altaR, quando essa massa é espessa. Quando n os encontramos sobre a su perfície de uma dessas camadas basúlti~,is, calcando aos pés os largos cimos dessas columnas, co llocadas umas após outras, temos a impressão de caminhar num calçamento construido para uso de sêrns superiores ao homem : vem d'aí o nome de calçada de gigantes dado :is rochas que apre• sent.am essa notavel confi g uração. Quando ellas se encont.-am á, be ira- mar, acontece mui tas vezes que as ondas, penetrando en tre os sens interstícios, acabam por ca rregar carreira in teiras ele columnas, fo rmando as iro, en tre as que pel'manecem de pé, um canal, cujú tecto é sustentado por numerosas pilastras. Foi o que aconteceu na célebre gruta ele Fingal, situada na ilha de E~taffo, uma das Híbridas. Outras ve zes as columnas de basalto, quebrrvlas cm al turas cl ifferentes, t rn– zcm á lembrança lU11 orgiio monstruoso. :Muitas outras imagens ellas apresentam, e qualquer que seja a sua ro– sição offerecem sempre o espectáculo mais inesperado, o mai · pi ttú rêsco con– juncto. Os granitos, duran te o período em que vamos entrai', adquirem maior fluid ez, e cobrem as camadas sedimentárias, a través das quaes ell es podaram peuetrar. Assim é, que no Corréze, F rança, encontra-se uma. hulheira em grande parte coberta po r maté ria gran ítica, accidcntc e. te i nteiramente lo– cal, e do qual se não pode con cluir que se deva cavar o granito para. pro– cw-ar bulha; porque sendo o g rani to , como já o sabemos, a mais an ti ga das rochas, abaixo deli e ~e:ia. ainda gra.nito ou rochas análogas que se encon traria, e que se continúa té a immensa cav idade occupa.cla pelo fo go cen tral. Todas as rochas eruptivas das é1)ocas que succcdem á ca rboní– fera, não apresentam sempre o mesmo gráu de fluidez, se bem que seja es te 0 seu carácter particular. A serpentina, por exemplo, em vez de se estender cm camadas, toma, de . ord inário , fórma cón ica arredondada, 0 que basta a indicar ter esta rocha Jorrado de terra em estado pastoso. As serpentinas são roch ~s ma.ssiças, muito duras, refractárins, compostas principalmente de _uma combinação chímica de íliea e de magnésia. Sua ma– neira ele quebrar e análoga á da porcelana; o seu pó é macio e como que
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