Revista do Ensino - v.1, n.5, 15 jan 1912

REVISTA DO ENSINO 315 tecto Victor Meno e a 1 1 onte do P asseio Publico de Julho da esculptora Lola Mora. F lorescem simultaneos em obras de toda especie os estylos das diversas escolas eur opéas sem indício de proxima reacção local para triumpho de um conceito homogeneo. . Sua actividade continúa embryonaria no estadio theorico de exploração da agricultura e da pecuaria com lucro incerto e inconstante, apesar de sua liberal organisação da mobilisaçrw da propriedade rural e do credito e da selecção pastor il, por falta de maioridade de educação technica de nacionaes e immigrantes a fim de elaborarem a industria propriamente dita, pois ainda é nirnia à quota de arte iniciada por institutos academicos e museus em que esta se baseie r egularmente e cresça. . A arte anterior a independencia, só ministrada por j esuítas e monjas, fôra, como em toda a colonia luso hispanica, ou rudimentar ou sacra, .do que são typos maiores em Buenos Ayres a Ceia de um pintor índio do mosteiro de São Francisco, onde em 1815 o franciscano Castanheda abrira uma aula de desenho, a Cathedml jonica do fim do seculo XVIII, a esculp tura e esta- tuaria do templos. . No seculo XIX ha noticia dos pintores Gregorio Torres, nascido em 1819, discípulo de Monvoisin na Academia do Chile, auctor da scena historica da Despedida de R ivadavia e Sarmiento, sua obra prima, Sarmiento em San J uan, O Regimento 'de Sandez no Pampa, Tigre dos Llanos, Bernabé Demaria, nas– cido cm 1827, discípulo de Esquive! em Hespanha, Procesa Sarmiento, retra– tista, que floresceu 110 Chile em 1848 e fo i tambem discípula de Monvoisin, Corina Videla, Ignacio Bas, miniaturista, Martin Bonéo, 1 1 eorganisador e dire– ctor da Academia de Buenos .Ayres em 1873. No seculo XX flor~scem os architectos Victor Meno, Dunant, Segrist, Zucker, Scltindler, os extrangeiros Cristophersen, Le l'lionnier, Dumont, Agote, Broggi, Dubois, Dormel, os esculp tores Lola l\fora, Cafferata, auctor da estatua do l ndio em R epouso, Ballerini, os pintores Lucio Correa de l\1orales, discípulo da Academia de Buenos Ay1·es e de Ciseri em F lorença, auctor dos Ga11chos do museu, Angel Della Valie, tambem díscipulo da Academia e de Ciseri, auctor dos Cavallos F u,gindo do I ncendio dos Campos do museu, Juliá Wernicke, auctor do Panorama do Porto do R io de Ja– neiro, Eduardo Schiaffino, director da Academía de Buenos Ayres, Sivori, paisagista, Emilio Ar tiga, Guidice, Alouso de la Cárcova, Rodriguez Etchart, :Mendilakarzu, Irurtia, Lastra, Pueyrrndon, Agr elo, F ranklin Ranson, Colliva– dino, Vela, l\falharro, Dresco, Ripamonte, Ricardo Garcia, Maggiolo, Quirós, dos quaes o museu de Buenos Ayres possue obras. * O Uruguay, onde se fundou l\fontevicléu em 1726, a imprensa foi intro– dusida para os missionarios j esuí tas em 1750 e a primeira aula primaria em 1796. Independente de Hcspanha _e~ 1814_e _do Brasil em 1826 e da Argen– tina em 1852, creou em Montevideu a Bibhotheca em 1816 aboliu a escra– vidão em 184.7, organisou a Universidade em 1849 e poste ri~rment.e O Insti– tuto de Artes e Officios com secção_de ensino de esculptura e pintura e Museu. A Bibl~oteca possua -12.500 livros. Em 1879 havia ~98 escolas para 23.281 alumnos, em 1889 420 para 32.726. Em 1899 possma 56'2 parr 52, 606 e em 1909 possua 800 para 72.854,

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