Revista do Ensino - v.1, n.5, 15 jan 1912

REVISTA DO ENSINO 305 Montesuma pintaram minuciosamente em telas especiaes de algodão com todos os detalhes elucidadores dos l xercicios de infanterja e artilharia e cavall aria em v i?lenta scena _de bata_Iha si_mulada pelo chefe hespanhol na audienciá concedida aos emba1~adores 1mpenaes antes do assalto e destruição da cidude monumental de Mex1co, a arte colonial teve nascimento em seO'uida a conquista do ir~1perio e ~onstitui ç~o do .vice- reinado por mão de artistas h espanboes attrab1dos a capi tal dos v1ce- re1s o procreou no começo do seculo XVII a sub-escola de Puebla. N O seculo XVI o precursor da escola central foi o padre Gante, mestre de pintura dos indigenas. . São ainda memorados como pmtores nebsa éra ingenua Rodrigo de Cifu entes, companheiro de Cortez, auctor_ ~o retrato d~ Cortez e do significativo B aptismo de lliagi~catzin do paço ~umc1pal de ~~~xico,.documento authentico da primeira cvndição geral da v10len ta e fact~c1a abJuração da fé imposta aos o-entios americanos pela metropole e exercida com apparato publico em meioº da cicfade de Tlascala na pessôa do chefe desses alliados invictos das Cordilheiras sobre cujos h ombros em caravana de quinse mil homens foram transportados em fragmento para o long inquo lago de Mexico os trnse navios sobre os quaes o exer?ito _hespanhol bl~queou e re1:~eu a capital do impe:io desbaratando-lhe a flotilha 1mmonsa de pirogas e aprisionando e condemnando á fogueira seu ultimo impe rador Guatimozi~, tal como outr'ora haviam sido condusidas por terra de Tyro a Babyl?ma as_ qu~renta e sete galeras de Alexandre sobre que Nearco fez o pen plo pnmen·o da India, Alouso Vasquez auctor do Mm·tyrio de Santa Cathai·ina do paço dos vice- reis Andrés 'de Concha (1541), todos hes panhoes, Francisco Zumaya, F rancisc~ Morales, Juan de Rua, discipulo . de Vasquez,_ fallecido em 1628, por fim 0 flamen o-o Simon P ereyns, cuj a presença é exphcada pela encorporação tempo– rm:ia d~s Paizes-Baixos aos domínios de _Carlos V e para escapar ao garrote do tribunal mexicano da Inquisição foi forçado a exec~ltar a Virgern . e 0 Menino ao museu da Academia de Bellas Artes. A csculptura não se manifes tou neste -seculo e no segui~te. Entre QS architectos são nomeados os ~~si:ianhoes 5)laudio de Arciniega (1550 ) Alouso P erez de Castanheda, que m1c1ou e1:1 h>73 no estylo gothico a fund,ação da enorme Cathedral d~ cidade de' Me~co, os _mexicanos Fran– cisco Becerra (1573 ), Melchor Davila (1579 ), Rodngo Davila ( 1586 ). No soculo XVII o pi11tor Baltasar de Echave funda a escola de Mexico e Diego de Borgraf a sub- escola de Puebla sobre a base do criterio italico dominante em R esnanba. A i>intura Joc"al attin~i~ c~mo a_ hespanh_ola ao apogeu declinando em seguida e O es tylo barr?inm1co mvad1u a arcb1tectura. A, escola de . :MeXICO' perten~em o fundador E:,have (16_40 ), de quem 0 museu da Academia possue o C~ns~o no f!ort? e o Sao ]j!,:ancisco das Chagas, suas obras primas, em que ~ v~vac1dade 1b~r1ca do colondo rompe a sabedo– ria de r ytbmo do desenho itahco , Adoraçao dos Magos e Santa Cecilia e ~1artyrio de São L orenço do mesmo m~seu , seu filho Baltasar de Echave (163 2 -l682 ), auctor do E ntevro de ÇJhr~sto e do Mai·tyr io de São Pedro do museu :Manuel de E chave, os paisagistas Daza e Nicolas Angulo Luiz Juare~, que floresceu de 1610 a 1630, auctor do São flde fo nso e do Cas~mento deSanta Catharina do .museu, sobretudo ~ose Ju~rez tl642-1698), famoso mestre naturalista do São Aleixo e da Com 7 nunhao de Sao lh-ancisco e do São Paulo e São Pastor do museu, Sebastian de Ar teaga (1643), introductor do claro-escuro de Ribera no São 1homaz e no Casamento da Virgern do museu. A' sub-escola de Puebla Íe~undaram o fundador Borgraf ( 1635 ), frei Diego Becerra, :Mosen P edro Garcia F ei-rer (1640), tambem architecto, todos

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