Revista do Ensino - v.1, n.5, 15 jan 1912

304 REVISTA DO ENSINO Feli e V fulminar em contrario uma ordem sem successo e Pº1'. isso edic~ram .~famente em 1'7Z4 a Grammatica e em 1732 o Vocabulano guarams de ~~:onio Roiz de Montoya na typographia .de Santa Mari~ Mayo~·- Pari: o escambo da sobra dos productos do seu servil trabalho ag_ncola e _mdustr~al, organisado em communhão, _armaram fóra <los fosso~ ~ cidade feiras peno- dicas onde o mercado se fasia sem a presença dos md1~s. . Dentro desse presidio impenetravel de seculo e meio é que foram mai– ormente cultivadas sob o critcrio implicito ao erro de tão vão instituto, com excepção do Mex.ico e Perú, todas as artes indust~·iaes e bellas art_es. Expulsos da colonia em 1767, sua typograph1a de Cordoba foi em 1780 deslocada para Buenos Ayres, onde se fundou em 1771 a Universidade com 0 producto do confisco dos seus bens. Só, porém, em 1860 serio esta-tal o effeito da tradição sobre o espirit_o nacional apesar da independencia- reorga· nisada na base com tendencia a substituir nos programmas de ensino a parte morta das inutilidades immemoriaes pelas necessarias a vida militante. A acção e~ucatíva da metrol!olc, lateral a esse ui:ico s~minario vivo dos jesuitas e monJes e sacerdotes, fôra ou nenhuma ou 1mped1ente. Confiada na virtude da semente e na dos semeadores, só por excepção creou institutos de ensino os entregando a sua guarda. E, interessada na.exploração das minas de ouro e prata, impediu ao Mexico 0 cultivo da seda e ao Perú os da seda e d':l. vinha e da canna de assucar e ao Chile o da vinha e a Argentina o do trigo, que a esse tempo os ingle– ses tentavam com menos vantagens naturaes cultivar nos Estados Unidos. Em 1801 ainda subsistiria na Argentina a prohibição de exportar farinha de trigo. A arte p~tdeceu a mesma omnimoda estreitesa do systhema colonisador. Artistas- e obras d'arte de Hespanha penetraram na colonia. Consta a ex.istencia antiquíssima de obras magistraes de Juan de Joanes, Zurbaran, Alouso Cano, Ribera. De Murillo subsistem na cidade de Mexico a Virg em de Belem da Cathedral e o São J oão de Deus e o São João B aptista da Aca– demia de Bellas Artes, na de Guadalajara a Conceição da Cathedral e a serie de onze scenas da Visão de_São Francisco do Lyceu, na de Caracas a Acloração dos Pastores da Cathedral, na c!e Havana a Missa do Papa e dos Oardeaes no Acto da Partida de Colombo para a America da Cathedral. ~1as estas f?ram intro~usidas por necessidade da propagação immediata da fe metropolitana em signos captadores da attenção e imao-inação da= gran~es mu!tidões da Ame~i~: e nenhum passo daria impunemen~e o artis~a, ao pe do tnbunal da Inqu1s1çao transplantado ás colonias, fóra do seu ideal sacro. A nação da colonia vegetava, pois, na mesma inactividade e inania moral da de Hespanha, condemnada a egual abstinencia de trabalho e ali– mentação regular durante 190 dias do anno. * No Mexico, onde a arch1tectura e pintura preexistentes á conquista européa estavam tão adeantadas e diffund1das que por toda parte onde Cortez passou desde O momento_ do se11: desembarque no c_ontinente em 1519 encontrou iunurneros templ~s arcb1tectomcos com estatuaria sacra e livros para derrubar e arrastar e_ queimar e°:1 nome da fé hespanhola e palacios para aquartelar dentro da~cidades _conquistadas_ o e~ercito co~quistador, ao qual segundo todas as chron1cas antigas os habe1s artistas mexicanos delegados pelo imperador

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