Revista do Ensino - v.1, n.5, 15 jan 1912

Penetrava aos meus ouvid~s, como um trinado, a voz das crianças gentis. E por cima da meza estavam confundidos livros, lapis, tinteiro, a regua, a penna, o giz. E trabalhei toda esquecida do que me tinham dito. O meu terror cedeu á luz de uma outra vida de um vario encant0 s1eductor. Meu espirita então foi percebendo tudo, e agor~ vejo quanto é bello o estudo, quanto immenso prazer sente-se abrindo um livro e o que elle diz saber. E que vejo afinal dessa escola maldita? Ah! como eu fui então tristemente illudida ! Aqui da illustração toda a causa palpita, inunàando de sol os caminhos da vida. Aqui vim encontrar em cada livro aberto constellações de luz; na mestra, um3: alma idéal, florejando á aridez deste immenso des·erto da ignorancia cruel, causadora d.o mal. Oh! salve para sempre a escola sacrosanta ! o templo augusto do saber! Dentro do coração um culto se levanta a quem me mostra o céu, a que me ensina a ler! 89 Yo Teodoro Rodrigues Jt ~ ~'t --@----%~~~

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