Revista do Ensino - v.1, n.5, 15 jan 1912

í 68 68 I A ESCOLA --------------- (Par a a s cria n ç a s ) Prometternm-me um di a : -Vou~te metter na escola. Agora é que tu vais pagar o que t ens feito aos t eus bondosos pai s. Lá não encontrarás quem possa rir comtigo.- E eu, tremula, · a pensar no t errível castigo, contra a minha vontade estremeci a. E lá fui. Caminhei sem vontade, chora ndo, e muitas v ezes, quando á memori a me v inha o casti go fer oz, 1 ninguem ouv ia mais a minha debi l voz ! Que ter ror-uma escola! Imaginava ser uma prizão escura, sem ar, cruel, onde nossa alma sé esti ola e se morre de mágoa e de tortura . Só pensava que fos se a mestra alguma fera , alguem aspero e mau, sem um sorri so ao menos para estes coràções no peito tão pequenos e tão grande no amor que tudo proli fe ra. E vim toda assustada assentar-me num banco . As lágri mas estanco e começo a estudar. Pouco a pouco senti que alguma coisa havia em torno , despertando uma viva alegri a, e volvi toda anciosa o meu ávido olhar.

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