Revista do Ensino - v.1, n.5, 15 jan 1912

lV!alazarrte Drama symbólico de GRAÇA ARANTI.A, com i//ustrações de F . MoNTAGNY, ed. Bru– GUIET-Rio. l\ obra de arte nem sémpre é o producto de um labôr demo– rado e silencioso. Os processos em que se dynamisa a ima– ginação criadora podem ser seriados em dois méthodos de inspiração. A intelligéncia duma activiclade sonhadôra, mas ágil em presentir as harmonias dus contrários na Natureza, em es– t abelecer a unidade esthética na multiplicidade chaótica do Universo, sae do devanêio poético, do êxtáse meditativo, a bruscas impulsões revelatrizes, dominada por uma espécie de subconsciência no devenir, fascinada pelá apparéncia de uma abstracta perfeição. --E' o qu e, vulgarmente, se denomina inspira– ção. Outro roéthodo, que me parece o dominante em obras de longa operosidade t échnica, é o da reflexão.-Convem not ar, porem, nesse meandro da psychologia inventiva , que um exame mais perspicaz, minudente e destendido aos r ecónditos da vida interiôr, -nos leva a concluir que esses processos de criação · só na apparéncia se patenteiam antagónicos. A' gênese da obra Tomo 1- 5- Revista do Ensino 15- Jane iro-1912

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