Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911

REVISTA DO ENSINO 189 < Chamei a ·attenção para a diminuta matricula de alguns dos grupos escolares, quando disse que muitos delles foram creados em localidades que longe estavam de possuir qualidades de merecel-os ; porque, para que qual– quer desses estabeleciment~s comp~n~e ? di~p~ndio que acarreta ao Estado, é iudispensavel que a matricula attmJa a media annual de 200 alumnos. Constituído cada um delleõ por cinco escolas, a divisão daquelle nu– mero dará 40 alumnos por cada aula, ou uma frequeucia média de 26 cri– anças, o que representa '2,/3 da matricula, calculo que não é pessimista. Manter um grupo composto de cinco professC1res, um director, um por te iro e dois se rventes, pagar o aluguel de um predio, custêar despezas de expediente não pequenas, porque são elles verdadeiras repartições pu– blicas ás quaes o governo tudo fornece, desde as pennas, lapis, papel e tinta para os alu?Inos,_até a agua que nell es se_ consom~ e a _vassoura que varre a casa, para mstru1r pequeno numero de crw,nças, e mmto oneroso para os cúfres estaduaes. Parece-me de bom conselho, de:!orrido o anno escolar, extino·uir aquelles onde a matricula fôr, no mínimo, de 20'j alumnos, creando-se 0 nas localidades delles privadas duas escolas unisexuaes >. Isto escrevia eu em Janeiro de 1910 ; pois bem, a media da matricula apurada 1:º tri en nio-1909 a 1910, me habilita a propor- vos hoi,e a extt?cç~o dos_ wupos .qu e fun~cionarn em Anajás, Macap~, Ig_a1_-ape-miry, Intuia , MoJu, Moca1uba, S .. Mi- ·uel do Guama e V 1zeu . . 1 g ' ote- se qu e não ~ou ex1g~ n_te, porqu e se adaptasse com rigor O criterio d::t !?atncula mm1ma d~ 200 alumnos, outros eriam comprehend1dos na proposta. s Como exemplo ao que permanecem, basta a ext incção dos oito que ficam_ apontad?s, que são, r ~almente, os de mais insi gnifica nte matricula, pois, como s_e ".'e do quadro em outro capitulo incluid?, nenhum delles att111giu aquelle numero ou delle se approx1mou. . . . . Não é somente a diminuta matncula qu e apoia a medida extrema que lembre. Com q~tras diffic~ldades lucta a Secreta– ria do Interior para consdeguir o funcc1 1 onamento r egular des- estabelecirnentos, sen o que em a guns, notadamente os ~:s Anajás, Irituia ~ Guamá, por vezes tem sido necessario r eunir sob a regencia de um m~smo a 1 ocente dduas e mais au- l por faltar quem queira servir os ugares e professôres. as, No momento presente, em que a situação_ financeira do tb eso uro .estadual reclama economws, esta medida trará u, 118 d cão de despeza na somma de rs. 208:0?08000 1 papel, an– ~~H~~ente, porqu0 cada grupo de 1• ent ·anc1~ não custa me– nos de 2 6:oooS, po~ ~nno, _sommados os venci_mentos do pes- 1 docente e adm1 mstrat1vo, aluguel do predio e despezas de soa d. t custeio e expe ieo e . Temos pois que co_m a verba de cada grupo extincto, do de todcs se a queira despender, pode o governo crêa r, qua~inimo, doze escolas isoladas. no Ora, em cada um delles apenas estão funccionando qua~

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