Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911
1. REVISTA DO ENSINO 175 nas escolas primarias sobre o endereço da correspondencia, as condiçôes de acondicíon amento, o plano geral do serviço postal etc, proporcionando ainda ao~ professores leis e guias postaes, para que estes continuem, pessoalmente, a acção educadora. Tão profícuos têm sido os resul tados, qu(;l um critico ,inglez, Smith, escrevendo na rev ista St. 1fa.rtin' s LQ Grand, um estudo comparativo entre o ser viço postal ing lez e o americano, confessa lea lmente, a p ropos ito, a supe– rioridade d'este, declarando que , sob este ponto de vista, 1t. os nossos amigos amei·icanos estão superiores a nós» . Sim, bem compreh endeu o povo norte- ameri cano que a expansão e a segurança do serviço po tal estão em relação directa cnm o conhecime nto que o povo ti ver da eng reuagem, elo_ alcance e fi ns ociaes do Correio, não lhe creando obices e sabendo aprove itar os eus qesdobramen tos. Dahi pre.– cisamcnte, a busca, a Escola, a Escola modern a, qne é como uma ofJ'icina social, onde se preparam operarios para a grandeza da Patria, elemento insubstitu ivel de progresso de paz e de ordem, e,_principalm~~te de e.ducaçfw nacional, po~eros? ali cerce sobre que devem rep 1 Hsar, como Jª succedeu ao J apão, as nac1onalt– clades bem consti tuídas e precavidas ele seus des tinos. Sim, a Escela, que deveria consti tuir mesmo um11. secção pr9pedeutica do meio social: quando as refo rmas, as g randes idéas, pr incipalmente aquellas que in teressam de perto todas as camadas da sociedade, chegassem a ser discutidas nos Cong ressos Pditicos, deveriam tambem, ao mesmo tempo, transitar , adequadamente, pela Escola, em seus pr incipios elementares, con– fi ados ao Mestre, a quem· não se deve considerar um mero funccionario pu– bli co, mas um verdadeiro sacerdote cl'es e Culto sacratiss imo, que se chama Patria.- Sirn, bem f~z ,o povo norte- americano. es tabelecendo essa alliança intima en tre o banco escolar e o• manipulador de corrcspondencia , entrelaça– dos pela ·1Ja lavra esclarecida, criteriosa e convincente do mestrc- esc0la. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Entre nós, sob o pon to de vista da vul garisação, do Correio no sei o das diffe rentes camadas sociacs, guardo, com patriotico desvanecimento, a lembrança de ter lan r,aclo a idéa, em 19 LO, no Estado de P ernambuco, efle– ciivando- a mesmo, em modico e primeir0 passo, na secção especial de in fo r– mações ao publico, que pretendo tambem intallar aqui , em J.meiro Jlr oxi– mo , ao realizar a remodelação material da repartição, completando medidas espafoaS j á iniciadas. J ulguei opportuno, porém, precedel- a , pelo presente appêllo, que, bem acolhido, como confio, poderlÍ. vir a marcar uma nova epocha, certamen te productiva, ao desenvolvimen to ~o Correio Bi:nsi leiro; podendo ~'este Estado echoar sympathi camente no sei? dos. demais Estados da Umào. Ao emi– nente Governador do Estado, pois, offereço-rne para escrever uma lio·e ira monog raphia sobre_ o Correio, sua ~i storia! ~eu fii1;1, seu progresso ~rn i– vcrsal, com espcciahdade sobre. º. Correio Bra_sile1ro ~estrn ada a uma t iragem, em folheto, pela Imprensa Offi~ial, para o fim de d1ffu~ão pelas escCllas pri• marias, aos cuidados dos r espectivos pro fessores. Não se trata propriament~ _de mscrever o assumpto co programma de ensin o official, mas sim, de habili tar o professor, em m011;1ento oppo rtuno e a proposito, a palestrar com os seus al_umnos sob~·e º. Correio. Ah i fic a a idéa; ~-estando a ~u nha con_sc1enc1a a segurança de que po– derei, ao deixar o serviço postal, dizer convictamente : Feci quocl potuit, f aciant meliora potentes. Virgílio Cardoso de Oliveira, ..ldministrndor dos Coneios do Estado do Pari.
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