Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911

140 REVISTA DO ENSINO Como Cmnillo,- quando a creada lhe pergunta se e ·ses g1:andes livras são missaes, - o li.Qguista responde com um sorri o abstracto : - Rapariga, não profanes os roeus clássicos ! . . Nesse mundo a parte, em que o dr. Vasconce ll o se deleita, o um ser vivo O distrae longamente : e o se u gato, toda a domus aurca do archeólog o. E, assii:n, víamol-o sempre immerso entre pape is resomnando, ou em indo– lentes espreguiçamentos sobre o volumes colossaes dos Portugaliae Morw– menta líistorica,como Ramilcar, o princi110 somnolento, guardião nocturno da cidade dos livros, na bibliotbcca de Sylvestre Bonard. · Na primavera dos anno ·, o autor das Canções do Be,.ç0 pnetou om desasombrada elegância e fina ve ruacnlidade. Para que se lhe complete o pe1'fil, tra l:i.clo alguma estrnph es duma epístola-retrato, que envi ou, certa vez, ao dr. Hngo Schucha1·dt, céleb re glottólogo austríaco, professo r de philologi:i. romáu ica na Univers idade de Graz, e pela qual este o reconheceu á descida do combói o : Estatura medianrr.. E, p'ra consôlo Ao minguado cabello, ba1·ba intcfra, Encrespada em aneis, num negro rôlo, Corno silvestl'e matagal da Beira. Embora dia a clia ajeito ás ira& Da astro ()_16e com seu fogo a vida e:tpalha, Jamais sem SONNENSCl:IJ RM ( t) ao pé me vfra&, Nem na cabeça alvo chapéit de palha. E, como desafio ao duro clima Onde vive entre névoas o Eslovaco, Sobraço semp1·e (po·rque mais se estima O suar que o to,Ysir /) grosso ca.çaco. De longa data o dr. Vasconcellos trabalha meticulosamente nu d · · · · D m M- cionarw português. e sua erudição,_ de sua aptidão incomparavel, de seu esforço tenaz no qual se ampara uma mtelliO'ência lucídiss 1 ·mae ·· d · · b . "' , - e esperar que saia a o ra monumental da lexicologia portuguesa. . D~ntre as obras que o escritor ha dado corpo e vulto os Estudos d Phzlologza J.lirandesa b]' d . ' e . . , pu 1ca os a commemorar o descobrimento do caminho das Ind1as, occupam um lugar àe destaque. . O trabalho do foke lorista illustre sobre a língua de Miranda-d -D e uma recons trucção linguístico-literária. o ouro Essa região fica ao ev-tr t d . . "'- emo nor e e Portugal. Coexistem 1· 1 mente, e muandês e o português com o predo . ·. d t p a, actua - , mimo es e. arece que_ do 11 Clt«jlru-de-aol.

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