Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911
REVI~TA DO EN~INO 171 gos, meandros, tranças, etc, os nossos alumnos, não per dendo qu alquer qm desses typos classicos escolhi do p ar a ser exucutado obedecendo ao ponto sorteado , acham sempre meios de dispôr as linhas de tal sorte que, combinando os detal hes, obtêm um r esult ado satisfactorio sem nunca r ecorr er a estampa de outrem. O p rogr amma que nos guia nos cursos de desenho geo– m~trico é o que foi determinado pelo Gymn asio Nacional, e, sem delle nos afastarmos theori camente, os nossos a lumnos :,.éham campo illimitado, nos vastos domínios da intelligencia human a, para comporem os mo tivos mais interessantes e ~spontaneos. , Uma vez execu tado todo o desenho a n ankin , temos a dar-lhe aguada colorida. Deixamos plena liberdade a todos os discípulos n a escolha cte tons, e essa li berdade nos perm itte fa . zer um bellissimo estudo psychologico sobr e cada um. Temos muitos exemplos de bondade, do bôa índole, de applicação, r eve– lados pelas colorações br andas,h armoniosas e bem dadas; outros prefer em côr es crúas, empas tadas, principalmente aquelles que querem terminar mais depressa do que é permi ttido para o bom exito do trabalho . E assim por diante. Cer tamente, sem tir ar o caracter de cada tr abalho, lá estamos nós, sempre solícitos, a corrigir, a retocar onde se fa z absolutamente necessar io, mas explicando o motivo da cor re– cção, sem jamais alter ar o que o alumno cr eou. E á proporção que esses tr abalhos, mer amente pra tico'3, vão se fa zendo; v a– mos ensinando a resolução de todos os problemas que se r ela · cionem com o exer cício em via de execução. E ' preciso, a todo transe, que sejam inutilisadas todas as es tampas, afim de que não impeçam o verdadeiro desenvolvi- , mento do ensino do desenho, que, como ministramos aos nos– sos alumnos, servir-lhes-á par a toda a sua vida pratica. E nsin ar a ver, p ar a que ell es per cebam a fórma dos cor– pos, e saib am , assim , r eter n a memor ia todas as composições artísticas applicaveis não importa a que rnetier nem a que des– tino,-eis tudo. Cop iando estampas, o alumno deixará de tr::ibalhar e de saber, no dia em que não houver mais estamp as a recopiar. Toda a, correspondencia, estinada, á, lZe– visra do Ensino de'tTe ser dirigi da, para a, Caixa Postal n. 502-Pal"á-Brasil . ·
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