Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911
170 REVISTA DO ENSINO Corri a-indo os desenhos, respeitamos sempre a in~enção nosso alunmo, que é, por asslm d_iz er, a sua maneira de do t· p ra no' s todo obJ.ecto póde ser vir de modelo ele desenho, sen ir . a 1 · • • • t s · e e' con1posto de linh as rectas e curvas; aos pn nc1pia n e pois qu · · d.ff . 1 dão-se corpos ou objectos simples de,fórmas, n~as cuJ a i , 1cu.- dade vae-se di a a dia augmentando, a pr oporçao que a cr eança faz a educação' de seus olhos. . . · No 1° numer o da Revistei do Ensino ftz emos uma rapida explicação sobre º. desenho á n:ião liv,:e, tomando p ar a morl elo, a principio, os solldos georn~tri~os, nao com este non~e, mas como objectos de fórmas as mai s simples e em que a per s– pectiva pouco as alterava , não diffí cultando, portanto, a _apren– disaaem; e em seguida, baixos r elevos em branco, el?-sman?o assi1~ fó rmas mais difficeis e cujo claro-escuro incolôr er~ muito mais facil de ser comprehendido pelo alumno, para mais tarde estudar os objectos com a sua côr natural. O curso gymn asial exigia o estudo de desenho geome– trico de accordo com um progr amma detalhadamente desenvol– vido; pàra cada ponto, sej a elle qual fôr, alem do conhecime_!lto theorico, havia uma parte graphica complemento da primell'a- Por exemplo : temos o seguinte ponto a desenvolver theo– rica e praticamente : Arcos de circu,lo concenfricos e tangentes-– Explicada a ma teria, conhecidos os modos de execução, o alumno deve desenhar o motivo dado de accordo com o enunciado do ponto; e fa zemos o seguinte : exigimos, em plena aula, que todos os alumnos façam, cada um em meia folha de papel, U!fl croquis or iginal de uma composição de desenho geometrico CUJO motivo sejam arcos concentricos e tangentes. Com a expl icação theorica e um exemplo schematico feito por nós no quadro ne– gro, escl_a rec~ n.do qualque_r d~vida todos produzem facilmente o croqiiis origmal, que foi obJecto el a lição Termina~os esses trabalhos da classe e de posse delles,· mandamos entao executal-os, com os seus instrumentos , no pa– pel _devi9-am~nte _collocado sob~e a pr ancheta, preoccupando-nos mmto nao so a fiel _ob_servancia do ponto e do croqitis , jul gado ~om, , como a e~acttss1ma exe~ução cto que é puramente linear, 1sto e, que as lmhas se combmem, se ajustem, se limitem, sem que nenhuma ultrapasse d.' um milímetro O seu termino. E ssa limpeza ~o . trabalho, essa nitidez das linhas que justamente fazem a d1fficuldade do desenho geome trico são exiaencias que feli zmente s_ão com facilid ade attendidas. ' º . f amais um alu11_:no nosso (e elles são muitos) ousou co· piar, f?sse de quem fosse , um desenho, uma idéa. Dia a dia o enthus1asmo augll'! eJta, ufanan do-se, cada quàl, de ter inven · tado uma compos1çao, ora tendo como motivos as linhas r ectas ver ticaes , or~ as ~or isontaes. ora a combinação de ambas com as cur va s, sem Jamais achar-se um desenho egual a outro. Mesmo nos assu!fip_!os classicos em que existe um typo pelo qual todas as var1açoes se devem guiar, como por ex.: gre·
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