Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911
- REVISTA DO ENSINO 163 TERCEIRA EXPOSIÇÃO ESCOLAR DE 1 DESENHO EPINTURA Relarorlo apresentado pelo Jury da exposlçilo ao Sr. Desembargador Augusto Oivm– plo, Secretario o· Estado 00 Interior, Justiça e lnsrrucçao Publica A exposição escolar ~e desenho , que por iniciativa benemerita do actual govern_o do_"Estado _foi creada_ p_ar~ annualmente se aferir do ro– gresso da ma1~ util e pratica das _ch sc1ph~rns edl~cativas, é um eloqu~ntc attestado do mteresse que a admm,straçao publica vota á instrucção te– chnica, denunciando um~ exacta comprehensão d~ inestimavel valor que ella r epresenta na p~·eparaçao _do povo, para ui:n _n;1ais alto expoente no futuro moral e econom1co da naçao. Prova em defuutiva , consola dizei-o quanto é justa e dilatada a visão d(? seu cre~dor,yugnando pela cultura e 'aperfeiço– amento desse ramo do ensmo publico, nao como uma prenda de luxo como a muitos ainda hoje se afigura, maíl como uma discipliDa preeminente– mente necessa.ria _e indispensavel ªD?- todo o e12sino nacion:à, uma segu 11 da vista á qual convem prestar a max1ma attençao, como aquella que mais effic~zmente póde concorrer para a prosperidade individual e collectiva de seus governados, porque ? ?esenho de boi e será o artefacto de amanhã, e o artefacto é um valor pos1t1vo na formaçao da fortuna publica e privada. o jury julgador do,s trabalhos concorrentes á _3• exposição escolar em 1911 applaude pois, sem r eserva, esse acto de previdente admnistração do Estado. E para que mais profícuo _rezult~ de futuro, reputa de bom alvi– tre fazer sobre o caso algumas cons1deraçoes tendentes a auctorizar uma orientação definida no ensi no publico e particular de tão pondero sa matéria * Lançando um olhar _retrospectivo sobre a~ prec~dentes, resalta á evi– dencia a superioridade relativa da actual,_quanto a qual~dade da escolha dos modelos e ao aper-fe!çoan; ent? da execuç_ao das respectivas r eproducções . Muitos, porem sao am_da o_s senoes do co!1curso,- o mais notavel dos quaes é O do arbítrio docente, isto e; a f~lta d~ umdad~ de um metboao com- ' mum, basilar e harmonico, q_uanto a onent~çao tecbmca ~o ensino. E assim emquanto alguns estabcl~c1mentos e. p_rof_essores p~bl!cos _e particulares enveredam pelo bom cammho de _o mm1stiarem com ~nsophismavel effica– cia, para O real proveito do appren?1zado, o~itros transgr1_9.em as leis raciouaes e praticiis professando um ensmo esten1 pela neg:açao do conhecimento, que tal é O de suj eitar o alumno ao pensamento alheio, permittindo-lhe a co– pia de imageps iá graphadas por qualquer processo, ou o decalque destas, o que ainda e pe10r. . . E ste defeito que maculava a qu~s1 totahdade ~os de~enhos admit- tidos á 1 ,, exposição, attenuou-sc_gradativamente, depoi s, e amda na actual predomina nos provindos do Instituto Lauro Sod1~e, e parte do Gentil Bitten– court Or hanato, Curso do prof. Ga spar, ~olleg10 Stn. Eulalia,,Escola Mu– nicip~l 2 lde Janeiro , Escola de S_ant~ Tbereza, Curso da professora Cloris• Silva 3 ,, e ·cola masculina do 4º d1stncto, Cur~o do prof. Manoel Lacerda Collegio d~ s. da Gloria, dito Santa Rosa d~ Lima e todos os grupos escola~ r es salvos quanto a estes, alg uns numeros isolados , entre os quaes merecem especial r~ferencia quatro df? 1 º gru~o, de alu_m~os da prof~ssora B. Cami• são, orientada no bom sentldo, que e de deseJar de generahze.
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