Revista do Ensino - v.1, n.3, 15 nov 1911

4 ' REVISTA DO ENSI ' 0 demos. Outro tanto dizemos do ensino das línguas ou das scienci as pelo registro passivo de regras_ e 11:ais regras, ~e princípios e mais principios, sem ordem nem applicaço s systematicas, fre quent~mente repetidas, tendendo uni camente ao aparelbamento decorativo da , memori a e não ao desenvolvimento de todas as faculdades intellect'uaes. Chega.mos, em conclusão, com Faulleé, a que a educação se baseia numa systematisação : não é simplesmente a quantidade das coisas lidas, entendida , graphadas qne podem aperfei ·oar a _memoria ou multiolicar os conhecimentos, é.,....- o: 1 º a ordem estabe1ecicla pelo pensamento entre as ideias; 2º o interesse que e liga ás ideias. Quanto mais numeroso e mais bem 0rdenados os fa tos asso– ciados om nosso espirito com t al facto, tanto melhor teremos o direito de affirmar que possuímos este facto , assegurando o uso ma is longo desta mesma possessão. Forma-se então uma multidão de estradas <J.Ue se alongam para esse facto e q_ue a elle, qua'.:1-do precisarmos, nos tJan ·portarão : er-nos-á como o centro, a estaçao de multi.plos linlias ferro-viarias ; uma como cidade importante ou uma capital no mappa do no sa cerebro (1) Questões de Grammãtica e hil lagia ERROS DE LINGOAGEM NOUSO QUOTIDIANO Pe o Dr . J. LEITE DE v'ASCONCELLOS . a syntaxe os êrros são infi nitos. e necessitar-se-hia d mmto espaço para disser tar sobre elles. Contentar -nos-he e com po_uco . mos a) Mau emprêgo da preposição em : . . e entr armos numa loja de negocio vem lo o . xeu o perguntar-nos se, quer emos l uvas em' Su 'd ~ um ca1- pall~a, lenço1 em seda, co llarinhos ern linho g~·ae;i'!a,ap eus e!1i pun os em . 1·etanha, e dizer -nos infinitas ~utr b s em_co1·, que patenteiam a corrupção da lin d as obose1ras . didos. Se olharmos para um let. . goa, e ª ? 8 artefactos ven- 1 d r e1ro commerc1al lem '> emp o num a Rua da Palma. em L" b . , os , por ex- . 18 oa · grande va1·iedade IJ Fouilleé: L'enaeguement 1 ou PO 11t de vu• 11 ational.