Revista do Ensino - v.1, n.2, 15 out 1911
88 REVISTA DO ENSINO l édias em seis annos · da altura de chuva na . ~::: 0fann, Climatologie, 188H p. 350). Janeiro 372 Fevereiro 420 Março 527 Abril 536 Maio 590 Jur.ho 415 Julho 149 Agosto , 45 Setembro 16 Outubro 37 Novembro 76 Dezembro 332 ------- visinha cidade de Cay- Anno 3515 millimetros _ O clima da regiã~ chamad~- das Ilhas comr,rehende o archipelac;o ~~ fóz do Amazonas ( exclusive a regtao de campos do Norte e Le te de i1, rajó e as ilhas da fóz do Amazonas ao Leste da Caviana) até a terra ~r~e de Gurupá, e provavelmente to~a a regiã~ de mat::ts _do affiuentes n:1er1~ 10 ~ n aes do estuario, pelo menos ato as cacboetra ; a capttal pertence cluuattca mente a esta região, caracteri ada pelo verão fracamente accentuado, a pre– dilecção marcada da chuva pelas horas da tarde, e a frequl'ncia das trovoa– das em todo o anuo-: A região dos faros de Breve_ é, certamente, durante 0 anuo inteiro, ainda mais chuvosa do que a de Belcm; o mesmo se dá na ilhas do Guajará no Pinheiro, Mosqueiro e nas primeiras estaçõe ( po1: exemp~o Ananiudeua) da Estrada de ferro de Bragança, onde se desencadeiam m~u– tas trovoadas que não a lcançam a cidade. A Bahia do Sol, perto da v_tlla de Collares, é afamada pela sua chuva. - Na Estrada de ferro bragantrna, n'uma distancia de mais de cem kilometros da capital ( por exemplo em Jan::– bú- assú e na estação experimental de Peixe-boi), inverno o verão ão mais accentuados do que nesta. A margem septentrion11,l da foz do Amazonas tem inverno pezado e verão secco com forti ss imo vento ( como a parte oriental e costa septentrional de M:arajó ); as chuvas parecem cahir de pr3ferencia pela manhan ou de madru– gada, como pude observar em Macapá e ~'Iazagão, cidades que visitei di v~rsa vezes. Nos affluentes clesta_margem~ o clima muda' das cachoeiras para ~1ma; em outubro de 1900, submdo o n~ Ananerapuct't ( tambem chamado no ~a Villanova) e seu afiluente Camah1py, atravez de matas e campo reseqm– dos por meses de verão fortíssimo, alcancei com as cachoeiras as florestas vir– gens humedecidas P?r frequentes chuvas pomeridiana , que provavelmente occupa~ t~da, a r~g 1ã,o entr~ os campos do Aricary e o alto e médio Jary. Submdo o 1mmenso 1·10, entramos ao Oeste da foz do Xin!!'Ú e do Jary no Baixo Amazonas propriamente dito, que é a mais saudavel, e a mai s farta das pa,te, f,anoame~te _aooessivei, da Ama'Onia e po, isto a mais bem pov~– ada de todas. O vera_o e aqtU mais prolongado, sem ser, em geral, d'um n– gor desagradavel i O Inverno é interrompido por frequentes periodcs de bom tempo; o vento é forte sem se tornar incommodo. -Em Almeirim, não muito acima da foz do ,Jary, a grnnde freqt1encia das chuva matinaes lembra ainda o clim~ da foz do Amazonas. De Almeírin a Prainha as chuva di– minuem sens1vel u:ento, sendo a região entre e·ta villa e as cidade de :::;anta– rém e Alemquer cer~amente a mais secca; d'ahi para cima a chuva augmen– ta gradualmente no mverno e no verrw, sendo este, interrompido, de vez em
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