Revista do Ensino - v.1, n.1, 07 set 1911
-- 2(\ REVISTA DO ENSINO teria sido ext~aordinariamente fugidio. Mas sobre esse ponto ainda, a cabeça de Forbes-Qu:trry deve fazer renunciar. a certos exagg?ros... E' ás tribus menos adiantadas de nossos contemporaneos, aos Bosch1manos, aos Austra– lianos, que se póde comparar o homem de Canstadt. > Hnl,1y mostrou que, em uma tribu australiana da circumvizinhança de Port--Western, a cabeça óssea apresenta todr>s os caracteres médios da dos homens de Canstadt, excepto a maxilla superior, que é notavelmente prog-– natha. «Posto que reste ainda muito que aprender sobre os homen~ da e– dade da pedra, os factos já conhecidos, como alguns traços dados por um desenhist,a habil, fornecem--nos os elementos d'um esboço. Se reportarmos nossa imaginaçiio ao passado, veremos, nas costas baixas do archipélago di– narmaquês, uma raça d'homens de pequena estaturn, de sobrance1has cerradas e espessas, de cabeça redonda, de rosto que se assemelh3: provavelmente muito aos Lapões actuaes, > ( Lubhock ). . . . Reparahd? nos nossos contempor~ne?~• ev1den~ia-se que o homem está actualmente sujeito a uma grande var1ab1lidade. Nu.o ha numa raça, salvo em casos ele parentesco, ou esp~rái!icos, dois indivíduos completamente se– melhantes. Podemos comparar milhões de rostos, todos são distinctos, quando menos em particularidades, em signaes pouco evidentes, mas reaes. Uma g randA diversidade se nota, por egual, nas proporçõe., e dimensões das dif– ferentes partes do corpo. As. ra~s ~urnanas_ civi)izach 2 s variam ~ais do que os selvagens, por causa da mfluenc1a da divers1fieaçao das condições nos países mais cultos onde os indivíduos occupam catego_rias diversas, e se entregam ·a occupa: ções varütdas, apresentando um con1uncto de caracteres mais numerosos que entre os povc,s bárbaros. Actu~lmento, os sel_vagens augmentam pouco de número, e os moti– vos da falta d_'esse acc::-ésc1mo de gente são a fome, a miséria, a moléstia, as difficuldades. m~postas ao ~asam~n;o_ emquanto o moço não póde sustllntar mulher, e prmc1palmente o ~1fa.nt1c~d1?, largamente praticado entre elles, com 0 fim de manter a populaçao em limites constantes por causa da difliculdade de alimentação. Se lançarmos o o]har a uma épocha extremamente remota antes / o homem tenha adquirido a dignidade de ser humano elle devia de dt' .· _que - · · · t 1 ' ng1r-se entao mais por mstmc o, e menos pe a razão, do que os actuaes sei E tr · ·r · h vagens. sses nos~o; a~c~di aes pr1m1 1vos _se~1- umanos não praticavam provavel- mente o 1.n ant1c1 t~'d pois que osd rn~ 1 tmct~s dos animaes inferiores não são nun_ca assas perver I os para con uz1 -os a destruição da progenitura. Não deviam tampouco estabelecer para o casamento empecilhos de pr dê · · · 1· · u ncia e os sexo~ se un11t1\ 1vrement~dmmto cêdo. Os ancestraes do homem tende- ram, pois, a mu tlp 1car-se rap1 amente... (Darwin). Os antepassados do homem actual devem ter tido tambe t . . ã d 1 . 1· m, como to.dos o~ oêu r?s atmm~des, a p1opens 1 o e mu t1p 1car-se alem de seus meios de sub- s1st ncia: er s1 _o occas1011a. me~te expostos a uma lucta pela vida . dos Jogares habitados para se dispersar por toda a superfici·e d te ' e ª sair t · t · - . . a rra1 sendo expos os, nessas mcessan es m1gr11çoes as mais differentes · á • Os habitantes da Terra do Fogo, do 'cabo da Bôa Es circudmst nmas. · d h · h · · perança e a Tasmá ma, em um os em1sp enos, e das regiões árcticas no t - tamente por muitos climas e modificaram muitas veze ou ro, pahss.ab~ am cer- tas de attingir o habitat actual. s os seus a 1tos an- N'essas mudança1; de poiso variações vanta' d · d • diram, foram occasional ou habit~almente conse Jots 8 ~- º. genero sur– civas. Assim foi ee dando a selecção. rva as, 8 e nn1nadas as no-
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