Revista do Ensino - v.1, n.1, 07 set 1911
18 REVISTA DO ENSINO se adaptam e soffrem mo~ificações mais ou menos profund~s: ai, separados do tronco primitivo, não mais se c~uzam. com elle, evolvem isoladamente e te~– minam assim num typo especifico d1fferente. Certos podem mudar de regi– me e afazer- se a outros modos de alimentação; nesse novo estado de coisas, 0 processo da con~orrência vital vai ~ontinuar: os 1;1ais aptos ao novo r~gi– me persistirão sozmhos, e a nova lmhagem se aJustará cada , ez mais a seu gênero de vida. Emfim, outro~ podem ainda mudar de meio physico, e, de terrestres que eram, tornar-se aquáticos ou aéreos. ,Por esse facto natural de que só os sujnitos favorecidos conseguem ter descendência, verifica- se que a segunda geraçí10 differe da primeira; nella, certos indivíduos, se niío todos, possuirão por via de herança a vantagem que fez triumphar seus paes sobre os compet.idores. Alem d'isso, quando um caracter foi assim legado durante uma série de ger.'lÇões, não se trans– mitte mais simplesmente como era na origem, mas se accentua e augmenta sem cessar, para chegar! alfim, na última g~r~ção, a um tl"Lo grande poder, que a differencia essencialmente da fonte or1gmal ( Haeckel ). Assim, a sclecc;ão natural, actuando exclusivamente por conservar as modificações de estructura aproveita.veis, e cada vez mais se complicando as condições vitaes em cada zon_a á medi~ª- que as iórmas que a habitam aug– mentam, estas elevem tender a adqumr uma conformação cada vez mais perfeita. Ás pequenas variações dos seres _organizados apparecem, no estado de natureza, pClr uma mudança nas condiçõe~ ambientes, ou por uma causa qual– q_nér que nos ~scap~- Se, n~ curso elos scc_ulos, surgem var iações hereditá– r'.as de. qualquer fe1t10 vantnJos~s nas relaçoes complexas e variayeis do meio c1r~umdante, o combate sem tregua nem. m~rcê pela existência terá conse– gm~o conserEv~r e fazer prev11l~cerd11s vanaçoe 1 s fnvoraveis, eliminando as que 0 nao eram. • essa conservaça1:, urante a ucta pela vida, das variedades quedtê':1 um 11 '.1- :7an_tngem quadlq~er de estructura, de constituição, de instincto ou e mte 1geuc1a, que se _es1g:na com.º _nome de selecção natural. E, como a. concorrência vital contmua a influir sobre "s g . - · t· · · d d " eiaçoes suc- cess_,vas, a o 1 rhmaéorg~n1~a se a adpta c~ a vez mais ao meio onde vive no regime que e proprlCl, crean o assim a espécie Estn ndapt à t ' t • · • · " n aç o ornou- se, cm cer as espcc1es, prC1gress1vamente tão absoluta q 11 e p "d d d • ·t dº - , arecem ter s1 0 crea as e propos1 o para as con 1çoes no meio dns quaes h ll actualmente. · se ac am co ocadas Em dado momento do estado evolutivo da te . . de variabilidade das espécies é produzida pela acção rra. b_gut de fixidez e e da adaptação: da hereditariedade depende a fixu dom 1 ! 1 ª a da h erança da adaptação, as suas metamorphoses. · ra as formas específicas; A concorrência vital não faz tão somente · . espécies ás suas condições primeiras da existê . (l~ st ar_ prog ressivamente as segundo Darwin, as variações collateraes Co nci;, ·t ermitte tambem explicar, aes que asseguram a sobrevivência pode~ s: t ed_o, os caracteres individu– tre os indivíduos riyaes, uns são mais a o-eis 1 0 ~~- iver?as naturezas. Se, en– f~rtes, sendo esse& d1fferentes predicados ; u~l tos mais as~tos, outros mais vida, vão fixar-se e desenvolver-se ind! en-:t1ente favorave1s na lucta pela a formação do tros raças, depois de tres P . ~ntemente, acarretando assim mais. e~pecies, que divergirão cada vez Os estudos da archeologin rehistó . . dos selvagens_act-uaes, trouxeram ~ rand n1, _ap~ox1mados do conhecimento ção da humanidade. e esc mecimento a respeito da evolu- Como se sabe, a. 11,rcheolo i . . randes período, : g a perm1tt1u dividir a prehisl,Ória em quatro
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